No Lágrima Wine Bar, de portas abertas desde abril, só há lugar para vinhos nacionais, a descansar nas prateleiras dos grandes armários em madeira que forram uma das paredes, reaproveitados da antiga loja de malas que ali funcionou.
O projeto tem assinatura de dois irmãos, Ana e Nuno Ribeiro. Ela com larga experiência em catering e ele com o sonho antigo de abrir um bar voltado para a cidade. «Sou do Porto e queria fazer um bar para pessoas daqui, com bons vinhos portugueses e bons produtos, mas não sendo proibitivo em termos de preços», explica Nuno.
Tábua mista (Fotografia: Pedro Kirilos/GI)
Para servir a copo há sempre três referências à escolha, a partir de 3 euros, e que vão alternando de entre uma seleção que atravessa todo o país, de Trás-os-Montes ao Alentejo, ainda com vantagem para o Douro. Há espaço para tintos, brancos, rosés e espumantes, e também um lugar privilegiado para os vinhos do porto.
Para um serão entre amigos mais vale pedir a garrafa e juntar alguns petiscos, como as tábuas. Entre as mais pedidas está a mista, com enchidos transmontanos, queijos nacionais e internacionais, que chegam da Queijaria do Almada, ali muito perto, e ainda pesto, mel, azeite e pão.
Para estar um lugar mais intimista, basta subir ao mezanino, com sofás e vista alargada para a sala e para a parede forrada a retratos. Ao centro destaca-se o dos avós de Ana e Nuno, mas também de vários artistas da música. É o caso da fotografia de Jimi Hendrix a beber Mateus Rosé e uma outra da Amália Rodrigues, que em parte inspirou o nome do bar, com o seu fado ‘Lágrima’. «Também pensamos nas lágrimas que escorrem pelo copo de vinho», esclarece Nuno.
Nem tudo é vinho
Na carta de bebidas também há cervejas artesanais, nacionais e internacionais, cocktails, gin, whiskey, vermute e vários licores.
Longitude : -8.61153390000004
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