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10 vinhos que marcam a diferença e que vale a pena conhecer

Percorra a fotogaleria para ver os vinhos destacados pelo crítico Fernando Melo.
Rebouça Nande’s Alvarinho e Loureiro Verde branco 2018 (12%) | Luís Rodrigues 70% Alvarinho, 30% Loureiro. Vinho de estrutura muito bem urdida, acidez afinada e tudo no bom ponto, na combinação de castas que preenche o imaginário minhoto e que tem, como se vê, muito ainda para dar. Classificação: 16/20 Preço: 8 euros
Pequenos Rebentos Ancestral Loureiro Pet Nat Minho branco 2018 (12%) | Márcio Lopes Uma experiência feita por Márcio Lopes nunca acontece por acaso nem se deve deixar passar em branco. É um dos mais geniais criadores de vinhos do país e aqui traz uma proposta de regresso ao básico e às raízes do vinho. Não é para corações frágeis e exige que o preconceito fique à porta. Classificação: 16/20 Preço: 14,90 euros
Manoella Douro branco 2018 (11,5%) | Wine & Soul Gouveio, Viosinho, Rabigato, e Códega do Larinho. Micro-terroir único, vinha com mais de 50 anos, solo granítico, virada a norte. Sandra Tavares da Silva e Jorge Serôdio Borges têm pergaminhos enológicos confirmados e sempre buscaram frescura e equilíbrio nos vinhos que fazem. Este vinho é delicioso e incorpora tudo isso. Classificação: 18/20 Preço: 13 euros
Casa 1927 Reserva Douro tinto 2014 (13,5%) | Casa de 1927 Uvas de S. João da Pesqueira, blend tradicional de base Touriga Nacional e Touriga Franca, e esta última sente-se muito na prova, o que denuncia o terroir certo para a casta, e a ciência de o ter encontrado. Ainda vamos provar grandes vinhos deste produtor. Classificação: 16,5/20 Preço: 8 euros
Herdade Grande Gerações Colheita Seleccionada Alentejo branco 2017 (13%) | António M. Lança O experiente Diogo Lopes sucede a Luís Duarte na enologia da que é uma das mais clássicas casas do Baixo Alentejo. Este vinho representa na perfeição o legado transmitido, e o respeito pelas diferenças conceptuais e técnicas entre cada um. Equilíbrio, é a palavra de ordem. Conseguido. Classificação: 17/20 Preço: 9 euros
Aveleda Reserva da Família Alvarinho Minho branco 2017 (12,5%) | Aveleda Foi-nos dado há pouco tempo ver a revolução que a que é uma das mais clássicas famílias do vinho português está a fazer em termos de viticultura e enologia. Perfis inteiramente novos e interessantes, e ao mesmo tempo total discrição. Este vinho é notável e é disso um bom exemplo. Classificação: 17/20 Preço: 10 euros
Gravidade Douro tinto 2016 (14,2%) | Gravina e Trindade Tinta Barroca, Touriga Franca e Tinta Roriz, vinha de 40 anos em Cambres, virada a nascente, que o enólogo Paulo Trindade e sua mulher Carolina Gravina transformaram num dos mais originais vinhos durienses do momento. Da concatenação dos apelidos nasceu o nome do vinho. Classificação: 17,5/20 Preço: 16 euros
Marquês de Borba Vinhas Velhas Alentejo tinto (14,5%) | João Portugal Ramos Nesta casa, pai e filho mantêm viva a tradição de grande talante e capacidade de guarda nos vinhos que fazem. A interpretação do terroir das vinhas velhas da propriedade resultou num vinho de taninos muito finos, ligeireza notável no palato. Curiosamente, mostra as notas balsâmicas que a marca tradicionalmente tem. Classificação: 17,5/20 Preço: 12,5
Quinta das Ratoeiras Vinho de Talha Alentejo tinto 2018 (13%) | Pedro Castro Há vinhos e vinhos, há talhas e talhas, por isso há vinhos de talha e vinhos de talha. Pedro Castro tem em Vila de Frades uma instalação familiar, onde tudo é feito de forma minimalista. Quem quiser perceber o que é vinho de talha tem de conferir dois ou três vinhos e este é um deles. Classificação: 17/20 Preço: 8 euros
Monte Velho Alentejo branco 2018 (13,5%) | Esporão Antão Vaz, Roupeiro e Perrum. A senda biológica que o Esporão está a seguir vai-se fazendo sentir, e mesmo nos títulos mais populares a diferença é notória. Impressão de grande conforto na boca, talvez menos exuberante no ataque inicial mas mais gastronómico. É vinho para comprar à caixa e guardar pelo menos um ano. Classificação: 16,5/20 Preço: 5,5 euros

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O linear de um hipermercado mostra hoje bem a profusão de marcas, estilos e proveniências à passagem simples com o carrinho de compras. Nas garrafeiras, temos muitas vezes a mesma sensação, e acabamos por nos render aos produtores e marcas que conhecemos e refugiamo-nos neles. Encurta a visita e sobretudo limita o factor novidade que é o pressuposto afinal da visita ao cantinho especializado em vinhos.

Enquanto não há lojas nem departamentos de vinhos diferentes e identificados como tal, vamos nós assumindo aqui essa função. A região dos vinhos verdes tem grandes intérpretes e inovadores, damos-lhe conta de três, um dos quais – Márcio Lopes – a ousar reproduzir a técnica mais ancestral para produzir um espumante da categoria pet nat -pétillant naturel -, uma das muitas experiências que fez e que no caso mostra uma outra face da incrível casta Loureiro. Há o caso também da Quinta da Aveleda, onde está em curso uma revolução grande, assente em viticultura e enologia de vanguarda, e a inquietude da Rebouça a propor néctares de grande prazer a beber. Estreia absoluta no
Douro, o Gravidade, que a paixão de um casal fez nascer, notável o grande Manoella branco, também duriense. Outro projecto que merece destaque é o da Casa de 1927 pela abordagem multirregiões que comporta, E o imenso Alentejo, donde vêm quatro boas surpresas. Boas provas!

 

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