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Açores: uma nova era para o vinho português

Veja mais clicando nas setas da fotogaleria.
Arinto dos Açores Pico branco 2017 | Azores Wine Company Preço: 24 euros Classificação: 17 Frescura, mineralidade e salinidade, vinho muito flexível à mesa, corte impressionantes de gorduras e proteína pela acidez elevada, abrangência pela complexidade conseguida. Depois de o expor ao marisco ao natural, nunca mais se quer outro.
Arinto dos Açores Sur Lies Pico branco 2017 | Azores Wine Company Preço: 31 euros Classificação: 17,5 A casta Arinto dos Açores trabalhada aqui com maceração e estágio nas borras, forma de tornar o vinho capaz de empreitadas gastronómicas mais ambiciosas, ao mesmo tempo que o configura para pratos com leguminosas, incluindo a feijoada tradicional.
Verdelho “O Original” Pico branco 2017 | Azores Wine Company Preço: 24 euros Classificação: 18 Monumento de elegância e afinação, enologia de grande gabarito, a encontrar o equilíbrio perfeito entre força e elegância. Fala alto o solo vulcânico que lhe está na génese, evocativo dos grandes brancos do norte da Europa.
Terrantez do Pico branco 2017 | Azores Wine Company Preço: 45 euros Classificação: 18,5 Taninos muito finos, estrutura de filigrana urdida pelo binómio criado entre acidez e polifenóis, quase apetece esperar pelo menos dez anos para o beber, altura em que estará no seu zénite. Exercício contudo impossível, face à intensidade de sabor.
Vinha Centenária Pico branco 2016 | Azores Wine Company Preço: 75 euros Classificação: 19 Excelência entre excelentes, pequenos talhões bem identificados e acompanhados pela empresa tornaram possível a produção deste vinho único, candidato natural e por direito próprios a melhor branco nacional. Produção ínfima, trabalho notável digno de ourives.
Sabor(z)inho Pico tinto 2015 | Azores Wine Company Preço: 100 euros Classificação: 18,5 A casta Saborinho tem sinonímia com as castas Tinta Negra da Madeira e Molar de Colares e não goza tradicionalmente de grande reputação. A experiência e aprumo técnico de António Maçanita são os trunfos decisivos para nos fazer pensar duas vezes. Obrigatório provar.

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António Maçanita, Filipe Rocha e Paulo Machado são os três bravos que a história há de confirmar como os que ousaram comprometer-se por gerações para com o que é provavelmente o mais inóspito dos lugares de vinha do mundo. Rendimentos ridiculamente baixos, cepas por vezes muradas para resistir aos ventos salinos avassaladores, tratamentos insanos para conseguir uvas sãs, o Pico conquistou o trio maravilha por dentro, a ponto de lhes dedicarem, tempo, dinheiro e vida.

Visto não se acredita, suplanta em muito a loucura grande que outrora representava Colares, com as cepas na areia protegidas por redes e véus. O areal dá lugar ao basalto rugoso, cenário lunar negro possível apenas em ficção científica, configurando a viagem que enófilo português algum pode deixar de fazer pelo menos uma vez na vida.

Provas, idas ao terreno e debate ocorridos por altura da cerimónia da primeira pedra da que irá ser a adega da Azores Wine Company no Pico não deixam margens para dúvida. A loucura por vezes faz todo o sentido. Aqui fica uma seleção de vinhos do território insular de todos os prodígios.

Veja seis referências vínicas da Azores Wine Company na fotogaleria acima, com os respetivos preços e classificações.

 

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