Publicidade Continue a leitura a seguir

8 templos do café de especialidade no Grande Porto

Percorra a fotogaleria para conhecer 8 sítios no Grande Porto onde pode provar e comprar café de especialidade. Na fotografia: Mesa 325 (Fotografia: Igor Martins/GI)
1. C'Alma Em cerca de uma hora, qualquer pessoa pode aprender o básico para fazer um bom café de filtro em casa. Por isso, a cafetaria C’Alma, no Ateneu Comercial do Porto, começou este mês workshops de home brewing (fará também de degustação e de desenvolvimento de palato). «Dar a conhecer os métodos de extração, com dicas úteis» é o que acontece nestas oficinas – que se realizam às segundas-feiras, quando está encerrado ao público, para grupos de cinco a oito pessoas. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)
1. C'Alma Tudo acontece num ambiente informal e descontraído, que, de resto, caracteriza o charmoso espaço, aberto no verão do ano passado por Renato Andrade e Susana Ribeiro, onde antigamente funcionou o salão de chá do Ateneu Comercial do Porto. Desde o início que quiseram mostrar à cidade o trabalho de «diferentes torradores». O seu blend de espresso foi criado a partir dos grãos torrados por David Coelho, torrador e barista da 7GRoasters, em Gaia. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)
2. Combi Do grão verde até á chávena. Este podia ser o lema do Combi, cafetaria de especialidade que torra no local os grãos que compra e serve-os depois aos clientes nas mais diferentes formas. Começou também já a abastecer alguns dos cafés e restaurantes da cidade com as suas torras, atividade que os clientes podem apreciar, pois o torrador fica na sala ao fundo, separada por um vidro e de portas abertas. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)
2. Combi O blend da casa é composto por uma mistura de arábicas de Brasil, Colômbia e Guatemala. Depois de torrado, o café tem de ficar a descansar três dias antes de ser servido ou embalado. É com este blend que são preparadas as bebidas: espresso e bebidas à base de espresso, como cappuccino, flat white ou macchiato, e os cafés de filtro, elaborados nas V60, prensa francesa ou Aeropress, entre outras. (Fotografia: Rui Oliveira/GI)
3. Bird of Passage É entre a Praça da Batalha e São Lázaro que fica a mais recente cafetaria de especialidade do Porto. A Bird of Passage é um projeto do belga Paolo Guffens, que no verão passado abriu este espaço na cidade onde escolheu viver, para ter um «ritmo de vida» que lhe agradasse mais. «Tinha amigos cá e vim conhecer o país para perceber qual a cidade de que mais me gostava», conta. Decidiu-se pelo Porto por causa da dimensão, do mar, e por querer servir «gente local» e não só turistas. Paolo controla tudo com grande precisão quando prepara um café: pesa os grãos, mede a temperatura da água, controla a pressão, programa os segundos de extração do café. Isto porque todos os cafés são diferentes e todos têm a sua receita. «Só trabalho com cafés de torras leves que revelam acidez e aromas de fruta», explica. (Fotografia: Fábio Poço/GI)
3. Bird of Passage Desde que abriu portas já aumentaram a oferta, principalmente de bebidas. Agora, além do café de especialidade, têm também cervejas artesanais portuguesas, que vão rodando todas as semanas. Outra novidade é o beetroot latte, bebida à base de beterraba. Também já têm uma bebida de assinatura: o café cortado Birdy, um double shot servido num copo especial, com leite. A cozinha está nas mãos de Monica Bloch, cozinheira polaca que Paolo conheceu em Antuérpia. A carta foi um pouco alterada. Continua a servir-se a sanduíche de pastrami (com uma composição diferente), mas acrescentou-se o breggfast burger (beringela grelhada, tomate, queijo, compota de cebola e ovo) e o bomelete (com ovos, cogumelos, queijo azul e compota de cebola e cebolinho). (Fotografia: Fábio Poço/GI)
4. 7G Roaster Aqui, o café chega verde e é torrado no local. Projeto de Carla Pinho, que ficou com o espaço de um armazém na zona histórica de Gaia, o 7GRoaster nasceu em 2017 logo com os melhores na área. Carla foi buscar David Coelho, que no ano anterior tinha vencido o campeonato nacional de baristas. Neste espaço, além de ser o barista principal é também o torrador principal. Mas todos sabem o que estão a fazer. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)
4. 7G Roaster Até porque é preciso controlar todo o processo do café, que chega da Etiópia, do Panamá e do Brasil, entre outros países. Toda a equipa está preparada para servir café das mais variadas formas. Seja numa Chemex, numa Hario V60, em prensa francesa, Aeropress ou, claro, extraído na máquina de espresso. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)
5. Booínga - Oporto Coffee Roasters Carlos Vieira começou a interessar-se pelos cafés de especialidade depois de ter trabalhado durante 20 anos como engenheiro e gestor. Pediu reforma antecipada para abrir, no verão passado, um espaço de cafés em Matosinhos. E não é por acaso que o café lhe é tão querido. Carlos nasceu em Angola, tal como a mãe e a avó, e a família chegou a ter uma fazenda. «Quando íamos fazer a primeira colheita de café, em 1961, começou a guerra, por isso o investimento foi todo perdido», recorda. O seu avô materno também esteve ligado ao café, em São Tomé, e a irmã e o sobrinho importam e vendem café verde. (Fotografia: João Manuel Ribeiro/GI)
5. Booínga - Oporto Coffee Roasters A pergunta surgiu naturalmente: «Porque não montar um negócio de café?» Primeiro, apostou na formação, fazendo vários cursos na Academia do Café, depois abriu o Booínga, que se foca no café de especialidade. No espaço, também faz torrefação e os seus blends. Podem pedir-se vários cafés de especialidade single origin da Etiópia, Costa Rica, Panamá, Colômbia e El Salvador. O café é servidos em espresso, V60 ou Chemex (3 euros, três chávenas). Para acompanhar estão disponíveis alguns bolos. (Fotografia: João Manuel Ribeiro/GI)
6. Noshi Café A aposta numa boa carta de cafés foi uma prioridade para Paula Fernandes, quando decidiu abrir o Noshi, casa dedicada a comida «alternativa», com uma carta repleta de saladas, pratos com couscous, quinoa ou bulgur, papas, taças, ovos mexidos, queijos, panquecas, batidos e sumos naturais. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)
6. Noshi Café Nos cafés, a proprietária não quis deixar nada ao acaso, por isso, fez formação de barista e de brewing na Academia do Café, em Lisboa. A carta é composta por cafés de especialidade de Brasil, Guatemala, Etiópia, Colômbia e Quénia. E outro, que não sendo de especialidade, é premium: o Jamaica Blue Mountain, plantado a 2300 metros de altitude. Servidos aqui em expresso ficam 3,50 e 5 euros, em filtro 7,50 e 10 euros, respetivamente. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)
7. Spirito Cupcakes & Coffee Foi com uma combinação de três arábicas – do Brasil, da Colômbia e do Panamá – que David Coelho, da 7GRoasters, criou o blend de especialidade exclusivo da Spirito Cupcakes & Coffee. «O café era o nosso ponto fraco, ao contrário da pastelaria e dos gelados», afirma Nuno Freitas, dono da Spirito, confeitaria que abriu em Braga, em 2011, e que está na Praça Gomes Teixeira, mais conhecida como Praça dos Leões, no Porto, desde finais de 2016. Nuno percebeu que o café comercial que servia não estava ao nível dos outros produtos. (Fotografia: Rui Oliveira/GI)
7. Spirito Cupcakes & Coffee A solução foi convidar David Coelho e da parceria nasceu um blend, equilibrado entre aromas de chocolate (de leite e negro), frutos secos e mel. David optou por uma acidez suave, visto os portugueses «não estarem habituados a comida ácida», explica. Os bolos da Spirito que levam café começaram também a ser produzidos com este lote, bem como os gelados. O café está disponível nas lojas de Braga e do Porto, sem alteração de preço, para «tentar democratizar o café de especialidade». (Fotografia: Artur Machado/GI)
8. Mesa 325 Foi das primeiras cafetarias do Porto a servir café de especialidade e a ter grande variedade de bebidas de café e de formas de servir - Chemex, V60 e prensa francesa. (Fotografia: Igor Martins/GI)
8. Mesa 325 Trabalham principalmente com dois cafés, ambos de torradores portugueses e do norte: a Vernazza, de Gianpiero Zignoni, também ele um dos primeiros torradores de especialidade portugueses, e a Luso Coffee Roasters, de Diogo Amorim. O espaço é acolhedor e luminoso e tem grande variedade de comida para pequeno-almoço e lanche. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)

Publicidade Continue a leitura a seguir

O consumo de café está a mudar. Se antes era apenas uma tendência, hoje o café de especialidade é uma certeza. Além da regular abertura de moradas onde saboreá-lo ou comprá-lo para fazer em casa, há também um movimento de curiosos pelo assunto – e peritos dispostos a transmitir o seu conhecimento, uma chávena de cada vez.

O café de especialidade distingue-se do chamado café comercial pela sua alta qualidade, avaliada através da análise aos defeitos do grão, ao seu aroma e sabor.

Mas não é apenas isto que o define. Para Diogo Amorim, torrador da Luso Coffee Roasters, «o processo do café de especialidade só termina quando se entrega a chávena ao cliente». Por isso, todos os passos são importantes. A produção da planta é feita normalmente em pequenas fazendas familiares que têm de cumprir critérios de responsabilidade social e ambiental.

No processo de colheita, manual, apenas as «cerejas» livres de defeitos são aproveitadas. Após passar por um dos processos de extração dos grãos, o café é vendido verde para ser torrado em pequenas quantidades. Aqui, já passou pela avaliação dos Q-graders (avaliadores de qualidade) para ser certificado. Depois, a arte de torrar deve «maximizar o potencial do café, não basta comprar café de especialidade», defende Diogo. Fica nas mãos do barista e do brewer a responsabilidade última de extrair a melhor bebida possível.

Percorra a fotogaleria acima para conhecer alguns espaços no Grande Porto dedicados ao café de especialidade.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

Leia também:

A Spirito já tem café de especialidade, exclusivo da marca
Porto: 6 novos espaços de café de especialidade e doces
Porto: Café de especialidade e vários petiscos