Publicidade Continue a leitura a seguir

10 espumantes que o vão fazer borbulhar de alegria

Percorra a fotogaleria para ver 10 espumantes recomendados pelo crítico de comida e vinhos Fernando Melo. (Fotografias: DR)
Collet Brut Champagne | Maison Collet Patrimonial em diversos aspectos, sobretudo na forma inefável com que, por ser seco e ter bolha muito fina, o engolirmos praticamente sem sentir que se trata de um líquido. Para comer ostras ao natural, gratinadas ou com piripiri, grande companheiro de jornada. Preço: 29 euros
Quinta do Poço do Lobo Arinto & Chardonnay Espumante Bairrada branco 2015 | Caves de São João Mais um blanc de blancs de bom nível, preparado para desafios com peixes fumados, queijos curados e frutos secos. Prazer garantido, ideal para um fim de tarde soalheiro, e ao mesmo tempo é vinho para guardar por um par de anos, para aumentar a complexidade. Preço: 8,50 euros
Ruinart Brut Champagne | Ruinart É um standard do mundo dos champanhes de qualidade superior, bom por isso para servir de padrão ou termo de comparação em provas. Bolha muito fina, notas de brioche e pão torrado com manteiga, liga bem com caviar ou ostras ao natural. Clássico. Preço: 59 euros
Murganheira Cuvée Reserva Especial Bruto DOC Távora-Varosa | Murganheira Casa venerável, com um leque invejável de títulos, todos os anos renovados, além de possuir as caves entalhadas na rocha, onde repousam dezenas de milhares de garrafas. Esta, em especial, gosta da mesa clássica e tanto acompanha um pregado com alcaparras no forno como cabrito assado. Preço: 22 euros
Água Viva Espumante Bairrada Bruto 2013 | Niepoort É um blanc de blancs notável, ideal para quem quer aferir a qualidade do vinho espumante com a mão de Dirk Niepoort. Produzido a partir das castas Maria Gomes, BIcal, Cercial e Chardonnay. Manipulação mínima, resulta num prazer grande a beber. Notas clássicas de champanhe. Preço: 19 euros
Hibernus Grande Cuvée Bruto Nature Espumante Bairrada branco 2014 | José Carvalheira Chardonnay, Arinto e Baga, compõem este espumante único, por demonstrar a elevado nível enológico do produtor e enólogo que o criou. É um vinho que devemos ter sempre à mão, com um desempenho bom à mesa, sobretudo em pratos complexos. Preço: 25 euros
Piper Heidsieck Cuvée Brut Champagne | Piper Heidsieck Convivial e festivo, é em si mesmo óptima companhia, servido bem frio. Resolve bem o sushi e outras orientalidades, pela complexidade que apresenta. As carnes frias também gostam muito da sua companhia. Preço: 25 euros
Elpídio 80 Espumante Bairrada | Caves Solar São Domingos Produzido a partir de uvas das castas Pinot Noir e Pinot Blanc, tem um perfil floral que seduz no primeiro contacto, boca surpreendentemente estruturada depois, bolha muito fina. É vinho para guardar por muitos anos. Preço: 29 euros
Casa de Santar Vinha dos Amores Touriga Nacional Espumante Dão | Global Wines Um blanc de noirs de antologia. Osvaldo Amado é um dos grandes artífices de espumantes de Portugal, palmarés que liga como nenhum outro a brancos e tintos de antologia. Neste caso, há que ter em conta que qualidade assim num espumante é rara entre nós. Preço: 30 euros
Vértice Cuvée 2017 | Caves Transmontanas Muito boa relação preço/qualidade. Gouveio, Malvasia Fina, Rabigato, Viosinho, Códega e Touriga Franca, um elenco notável de castas durienses, trabalho de enologia irrepreensível, numa marca que tem apresentado sempre bom desempenho, em diversas situações de consumo. Preço: 14 euros

Publicidade Continue a leitura a seguir

Chamamos champanhe ao vinho efervescente a que tiramos a rolha sem saca-rolhas pela pressão a que se encontra dentro da garrafa. Em rigor, devia reservar-se a designação para o que é produzido apenas na região francesa de Champagne, ao nosso e de toda a parte devíamos chamar simplesmente espumante.

O princípio de produção – método champanhês – é basicamente o mesmo. Produz-se um vinho de base a partir de uvas normalmente ainda não totalmente maduras, engarrafa-se juntamente com leveduras que induzem uma segunda fermentação, com o duplo efeito da efervescência criada na garrafa a indução da complexidade que faz toda a diferença. No instante derradeiro faz-se o dégorgement, substituindo-se a carica pela rolha de cortiça aramada que vemos nas garrafas de espumante. Estágio, castas, estilos e tempos de estágio – que pode ser de vários anos – fazem com que cada casa tenha a sua assinatura própria. E tal como o vinho do Porto Vintage, tudo se desenrola dentro da garrafa. Vamos pelo nosso gosto, como em tudo, e vamos bem, mas há imperativos de um bom espumante que devemos procurar. Os mais importantes são a complexidade e a a bolha fina. Cordão mais ou menos veloz, a sequência hipnotizante das bolhas no copo deve ser ligada e consistente, como se de uma nascente infinita se tratasse. A complexidade é um aspecto mais subjectivo, e está ligada a técnicas ancestrais e a questões de património de vinhas, cultura e hábitos. Quando são utilizadas apenas uvas brancas, dizemos tratar-se de um blanc de blancs e é o perfil mais festivo e aberto e directo que encontramos.

Por oposição, quando temos um espumante feito a partir de castas tintas no regime chamado de bica aberta, conseguimos chegar ao supremo da complexidade, blanc de noirs. O recém-criado espumante Baga Bairrada enquadra-se nesse perfil e devemos olhar para ele mais de perto. Deixamos uma pequena selecção para fazer as suas próprias experiências e decidir por si. Sirva sempre entre os 5ºC e os 7ºC.

 

Leia também:

3 em 1: restaurante, pastelaria e loja em Setúbal
Porto: há um novo espaço de cachorros quentes na Foz
7 vinhos brilhantes para nos fazerem brilhar entre amigos