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Dormir na natureza: guia para campismo de norte a sul

Percorra a fotogaleria para ficar a conhecer estas sugestões de campismo e glamping de norte a sul do país.
1. Nomad Planet (Montalegre) “Stress free zone”, lê-se no portão da Nomad Planet. Passando-o, rapidamente se percebe que a 900 metros de altitude, tendo como cenário a Serra do Gerês, a Serra Amarela, a Barragem de Paradela e uma paleta de diferentes tons de verde que pintam as montanhas em frente, as palavras fazem sentido. Foi neste lugar de impressionante beleza, a 20 minutos de Montalegre, que Marie Marchand Afonso e Vítor Barroso Afonso decidiram assentar arraiais depois de deixarem os Alpes Suíços. Atraídos pela natureza, chegaram a Fiães do Rio, onde Vítor tem família, para criar um projeto de eco-turismo que permitisse aos hóspedes “desligar”. (Fotografia: Cristiana Milhão/GI)
1. Nomad Planet (Montalegre) O resultado são quatro yurts - tendas redondas originais da Mongólia -, que acolhem entre uma a quatro pessoas, uma casa na árvore - a Toca do Lobo -, e uma tenda tipi, que funciona como área comum onde os hóspedes podem cozinhar comodamente. No pequeno-almoço, opcional, não faltam panquecas, crepes, bolos, fruta, pão de centeio da terra. As casas de banho, para descanso de muitos hóspedes, são convencionais e há chuveiros de água quente. Cada yurt, feito apenas com madeira, algodão e lã, tem uma cor diferente e os desenhos que os embelezam, representam diferentes famílias na Mongólia, de onde vieram também os móveis.
2. Lima Escape (Ponte da Barca) Na esplanada do Lima Escape, no Parque de Campismo de Entre Ambos-os-Rios, só se ouve a música dos pássaros. E nos bungalows e tendas de glamour não existe televisão nem Internet, porque se procura ligar as pessoas ao que as rodeia. Para ficar – os animais de estimação também são bem-vindos -, basta escolher entre o campismo tradicional, em tendas e caravanas, ou doses mais elevadas de conforto. Uma novidade deste ano é a casa do pastor, um T1 sobre rodas decorado em estilo rústico. Há ainda cinco bungalows, de tipologias T1 e T1+1, nascidos de contentores marítimos transformados; a casa de floresta, uma moradia T1+1; e quatro tendas, duas tipi e duas bell tents, que são como quartos de hotel na natureza, pelo que dão direito a pequeno-almoço levado em cesta.
2. Lima Escape (Ponte da Barca) O Lima Escape, que fica dentro dos limites do Parque Nacional da Peneda-Gerês, tem muitas sombras e proximidade à água, o que permite praticar atividades como canoagem ou stand up paddle. O pôr do sol no rio Lima enriquece aquele cenário verde e azul, acessível a todos, independentemente de se estar numa pequena tenda ou num bungalow no ponto mais alto do parque, que, por sinal, tem a forma de um coração.
3. Parque da Quinta de Pentieiros (Ponte de Lima) Inserido numa quinta integrada na área protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, este parque foi pensado para quem quer passar uns dias longe da confusão citadina e ter contacto com a ruralidade. Atividades como «Um Dia no Mundo Rural», onde se pode andar a cavalo, tosquiar ovelhas ou cuidar da horta, fazem parte da vida deste paraíso minhoto a cinco quilómetros de Ponte de Lima. Para passar a noite há vários bungalows disponíveis (também há zona de campismo e caravanismo), feitos em madeira, sem luxos mas confortáveis. (Fotografia: Paulo Jorge Magalhães/GI)
3. Parque da Quinta de Pentieiros (Ponte de Lima) Muito solicitada é a Casa da Árvore, construída à volta do tronco e dos ramos de um antigo carvalho. Para se conhecer os cantos à quinta basta um passeio de um par de horas, durante o qual vale a pena passar pelo estábulo para conhecer os garranos, bem como cabras bravias, galinhas amarelas, entre outros animais autóctones. A um quilómetro de distância da quinta estão os percursos pedestres à volta das lagoas de Bertiandos e São Pedro d' Arcos. Para serem percorridos com tempo e espírito de descoberta.
4. O Homem Verde (Penela) O ponto de referência é a casa avermelhada junto à estrada nacional, na localidade de Relvas, concelho de Penela. É lá que mora O Homem Verde, um projeto de glamping de Chris Smith e Maria Ribeiro, ele britânico, ela portuguesa. O casal conheceu-se em Inglaterra, país mais familiarizado com o homem verde que dá nome ao espaço. Trata-se de uma figura que representa a primavera, o renascimento. Faz sentido, porque ali recarrega-se baterias em estreita ligação com a natureza, procurando provocar nela o mínimo impacto possível. A residência de Chris e Maria tem um quarto com casa de banho à disposição, no sótão, mas as atenções centram-se na zona verde das traseiras, onde se erguem dois yurts (tendas típicas da Mongólia), com eletricidade e cozinha em varanda coberta. Um deles foi a morada da família, durante dois anos, enquanto decorriam obras na casa. (Fotografia: Maria João Gala/GI)
4. O Homem Verde (Penela) Há ainda uma tenda moura (bell tent) com iluminação solar e estruturas de apoio onde foram instalados chuveiros e latrinas secas. O pequeno-almoço é fornecido, a pedido, por um valor extra (5 euros por pessoa, metade se for criança). Pão, compotas, cereais, sumo de laranja natural, leite e café são entregues num cesto. Tão próximo se está do meio natural, na serra do Espinhal, que existe a possibilidade de se avistar esquilos, veados e outros animais, embora seja mais certo encontrar os gatos Branquinho e Mãe, que circulam tranquilamente entre os campistas.
5. Parque de Campismo da Penha (Guimarães) É sob a densa folhagem dos grandes carvalhos, sobreiros e outras espécies arbóreas da montanha da Penha que se encontra instalado o parque, aberto ao público desde a década de 1950 e já por dois anos consecutivos distinguido com a Green Key, um galardão de turismo sustentável. Distribuído por socalcos, tem espaço para acolher confortavelmente 600 pessoas, com uma área reservada a tendas, uma outra mista, onde também se podem instalar caravanas e ainda uma casa-abrigo com todas as comodidades.
5. Parque de Campismo da Penha (Guimarães) E se a sombra impera por quase todo o terreno, há um lugar onde é o sol que faz as honras. Chegou a ser um antigo campo de tiro, mas é neste pátio soalheiro que agora se vai a banhos na piscina. Em frente há um bar, com esplanada. Também funciona como mercearia, e todos os dias tem pão fresco pela manhã. À disposição dos campistas estão ainda várias mesas em madeira, espalhadas pelo parque e que podem facilmente ser transportadas para qualquer lado, seja para partilhar uma refeição ou uma partida de sueca, envolvido pela frescura e tranquilidade da montanha, mas a dois passos da cidade.
6. Quinta do Figo Verde (Arcos de Valdevez) É preciso tempo para apreciar toda a experiência que a Quinta do Figo Verde tem para oferecer. «Por isso é que estabelecemos as três noites de estadia mínima obrigatória, para que as pessoas realmente consigam aproveitar», explica Ben. É natural de Weymouth, no sul de Inglaterra, e foi em 2012 que se deixou encantar pelo norte de Portugal, em particular por este local à porta do Parque Nacional Peneda-Gerês. Aqui tudo é sossego. Descansa-se junto ao pequeno lago das rãs, o banho toma-se sob as estrelas e dorme-se numa das quatro tendas Bell, espaçosas e todas decoradas com um elemento diferenciador, como um xilofone em madeira ou uma cadeira afegã. (Paulo Jorge Magalhães/GI)
6. Quinta do Figo Verde (Arcos de Valdevez) Ao chegar, os hóspedes encontram sempre uma jarra com flores e água na mesinha de cabeceira. Pormenores de Ana Soromento, que há dois anos deixou Lisboa para se juntar à vida e ao projeto de Ben, todo ele pensado e feito de maneira a ser o mais sustentável possível. As casas de banho secas, ou de compostagem, são exemplo disso mesmo, assim como o recurso a energia solar, a partir da qual é produzida toda a eletricidade e aquecida a água do chuveiro, que é depois usada para regar as pequenas hortas de que se podem servir os hóspedes. É também à horta que Ben vai buscar grande parte dos ingredientes para a popular Noite da Pizza, organizada a cada estadia.
7. Parque de Campismo Cerdeira (Terras de Bouro) «O parque, inicialmente, era composto por duas quintas familiares, uma dos meus avós maternos e outra dos paternos», conta José Carlos Pires. Já nessa altura não faltava quem, atraído pela montanha e pelas condições naturais do lugar, ocupasse clandestinamente as terras. Foi em 1992 que o Parque Cerdeira abriu portas, e é ainda hoje considerado um dos melhores do país. Além das zonas destinadas ao campismo e caravanismo, o parque dispõe de 12 bungalows, T1 e T2, equipados com casa de banho, cozinha, lareira e aquecimento central, já que o alojamento funciona todo o ano, e no inverno a serra faz-se severa. (Fotografia: Gonçalo Delgado/GI)
7. Parque de Campismo Cerdeira (Terras de Bouro) Se o objetivo for mesmo a aventura há que experimentar dormir no ar, numa das tendas suspensas nas árvores. Há um lugar, no entanto, onde «só se pode deitar a dormir uma sesta», lembra José. Trata-se do prado, onde ao longo de todo ano crescem mais de 30 espécies de flores, para identificar com ajuda do guia rápido disponível na receção. Além disso, há mini-golfe, campo de jogos, tiro ao alvo, escalada, um circuito de arvorismo com slide e rapel, e ainda uma piscina. É só escolher.
8. Azenhas da Seda, Mora Onze grandes tendas, com camas de casal ao longo da orla de uma ribeira são o cenário da Azenhas da Seda, em Mora. O glamping inserido na natureza e especializado em aquaturismo funciona há seis anos, já depois de Luís Lucas e a mulher, Inês Ferreira, terem trocado o corre-corre do Bairro Alto, em Lisboa, por 10 hectares de terra entre Pavia e Cabeção. «Há 12 anos fazíamos aqui atividades dentro de água, sempre para empresas, teambuilding e eventos privados. Depois, os clientes obrigaram-nos a ter alojamento», ri-se Luís, o aventureiro por detrás deste projeto e o primeiro a admitir que a sorte também se faz. (Fotografia: Filipa Bernardo/GI)
8. Azenhas da Seda, Mora Cada visitante tem uma prateleira no frigorífico, um armário com utensílios de cozinha e pode ainda encomendar uma cesta de pequeno-almoço. As refeições fazem-se no parque de merendas ali ao lado, junto à praia fluvial, que tem também várias espreguiçadeiras à disposição e um escorrega dentro de água. É aliás, com os pés e o corpo de molho que se passa boa parte do tempo neste glamping. Canoagem em lua cheia, canoa raft e hike & swim são apenas algumas das 14 atividades que se pode fazer por aqui. Não é por acaso que o lema é Alentejo em estado líquido. (Fotografia: Filipa Bernardo/GI)
9. Parque dos Monges, Alcobaça Atravessar o Parque dos Monges em direção ao lago é por si só uma experiência única. É como se se entrasse numa floresta encantada, povoada por monges de Cister que ensinam a fazer bolachas e sabonetes a quem quiser aprender. Mas tudo se torna mais mágico quando cai a noite e brilham pirilampos por toda a parte. O glamping do Parque dos Monges, em Alcobaça, é um dos segredos mais bem guardados do oeste. Quem o descobre sente-se afortunado e regressa, amiúde, para repetir a experiência de dormir numa das 10 cabanas, com destaque para aquela que fica no meio da ilha - e para onde só é possível ir de jangada. (Fotografia: Maria João Gala/GI)
9. Parque dos Monges, Alcobaça Está agora em construção a primeira piscina de um complexo, o que o tornará ainda mais atrativo. Por ora, acampar significa entrar numa cabana (para 2, 4 ou 6 pessoas) equipada com cama de casal (aquecida no inverno), casa de banho, luz elétrica e toda a comodidade. (Fotografia: Maria João Gala/GI)
10. EcoParque do Outão, Setúbal Entre o verde da Serra da Arrábida e o azul do Sado só se ouvem os sons da natureza ou um ou outro barco a passar. A vista, essa, é aberta para o rio para quem dormir num dos cinco bungalows de madeira que já estão a funcionar no EcoParque do Outão, único equipamento do género em Setúbal. As casas T1, com capacidade para um casal e uma criança até aos 14 anos, foram decoradas pelo setubalense João Maria com motivos marinhos e da serra, o que lhes dá o conforto e sofisticação próximos dos de um turismo rural. Vistas de fora, quase se escondem entre as árvores, e apesar de estarem próximas garantem privacidade, tanto na «varanda» em deck como no interior. (Fotografia: A-gosto.com/GI)
10. EcoParque do Outão, Setúbal A luz natural brinda as divisórias, do quarto à casa-de banho (com uma claraboia), passando pela sala e cozinha totalmente equipada. O EcoParque do Outão, porém, não é um parque de campismo focado apenas no «glamping». Aceita autocaravanas - com balneários próprios e uma zona de serviço - e em breve começará a receber tendas, todas defronte para o rio. À disposição dos visitantes haverá balneários com duches, lava-pés e lavandaria, grelhadores sociais, zona de merendas, mercearia, salão de jogos, sala de convívio e campo de futebol de praia. (Fotografia: A-gosto.com/GI)
11. Portugal Nature Lodge, Troviscais, Odemira Nasceram perto de Amesterdão, Holanda, viajaram pelo mundo fora e apaixonaram-se pela Costa Vicentina. Já lá vão 12 anos desde que venderam a casa e deixaram os empregos. Mas Peter Minnaar e Soke Geertsma, não têm dúvidas. «Levámos o cartão de crédito e mais nada. Foi a melhor sensação», conta Peter. Daí até ao Portugal Nature Lodge foi um passo. Este tranquilo glamping fica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, em Troviscais, a meio caminho entre a Zambujeira do Mar e Odemira. O projeto nasceu há uma década, mas tem este ano uma novidade: uma piscina natural. (Fotografia: Paulo Spranger/GI)
11. Portugal Nature Lodge, Troviscais, Odemira As quatro tendas são confortáveis e espaçosas, suficientes para 4 a 5 pessoas cada, pelo que as famílias são o principal alvo deste glamping. Todas têm casa de banho partilhada e cozinha equipada. Além disso, estão relativamente afastadas umas das outras para dar uma noção de privacidade. «Já me disseram muitas vezes para colocar mais tendas, mas não quero estragar este ambiente», diz Peter, 54 anos. Ao todo, o Portugal Nature Lodge aloja 18 pessoas de cada vez. De manhã, o pequeno-almoço é colocado à entrada da tenda. (Fotografia: Paulo Spranger/GI)
12. A Terra Eco Camping, Odemira Bastam poucos minutos para se perceber que aqui existe um espírito de comunidade. Não só por ser muito frequentado por famílias mas também pelos «clientes fiéis que voltam todos os anos». O mérito é do casal Francisco e Claudia de Brion. Ele é português, ela é inglesa. Apaixonaram-se por terras de Sua Majestade, por lá casaram, mas decidiram largar tudo para viverem rodeados de natureza. «Não tenho saudades nenhumas de Lisboa», diz Francisco. Para além de ser a casa do casal, A Terra Eco Camping é há sete anos uma das ofertas da Costa Vicentina para o campismo de luxo. Fica situado num vale em Corgo da Casca, a dois passos de São Teotónio e a pouco mais de 15 quilómetros da Zambujeira do Mar. (Fotografia: Paulo Spranger/GI)
12. A Terra Eco Camping, Odemira Existem oito tendas, para duas a quatro pessoas, e o mínimo de cinco dias de reserva (dois fora dos meses de verão), para garantir uma experiência calma e ligada à natureza. Junto às macieiras, às oliveiras e à horta está a zona de refeições, com várias mesas, almofadas e puffs. Seguindo-se por um curto caminho de terra batida vai dar-se a um pequeno oásis. Uma zona de sombras para yoga e meditação e uma lagoa apoiada por um bar de cocktails para mergulhar ou andar de caiaque, sem custos. (Fotografia: Paulo Spranger/GI)
13. Camping São Miguel, Odeceixe O Camping São Miguel, a um quilómetro de Odeceixe, é um dos parques de campismo mais antigos do país, com os seus mais de 30 anos, e não há quem não o conheça naquela zona. Os 34 bungalows T1 e T2 (que alojam de duas a cinco pessoas) estão espalhados pelos sete hectares do espaço, com cozinha equipada. À entrada de cada um, para além de estacionamento, há uma rede presa entre duas árvores. A este tipo de alojamento juntam-se seis tendas yurt e uma zona para se montar a tenda no chão, para os mais aventureiros. (Fotografia: Paulo Spranger/GI)
13. Camping São Miguel, Odeceixe Se a temperatura subir, a piscina exterior funciona entre as 09h00 e as 20h00 e é em seu redor que se juntam os vários serviços. Do restaurante self-service ao bar, à pizaria, ao supermercado, campo de ténis e parque infantil. Todos os dias, há atividades garantidas. De manhã, aulas de yoga ao ar livre, bem como as sessões de cinema ao relento, todas as noites. (Fotografia: Paulo Spranger/GI)

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Passar os dias ao ar livre e no meio da natureza é a opção de muitos para as férias de verão. Nos últimos anos a oferta de campismo diversificou-se e muitas vezes já nem é preciso andar de tenda às costas. Alternativas como bungalows, yurts ou tipis são cada vez mais procuradas. De norte a sul do país há parques para todos os gostos e carteiras. Para ficar com todas as comodidades.

Veja ao longo da fotogaleria algumas sugestões para acampar de norte a sul do país.

 

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