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Conhecer Caldas da Rainha nos passos de Bordallo Pinheiro

Percorra a fotogaleria para conhecer alguns dos lugares por onde passa o espetáculo. (Fotografia: Diana Quintela/GI)
1. Parque D. Carlos I É o pulmão da cidade, inserido na mata da rainha D. Leonor, e funcionou em tempos como um anexo ao hospital termal, onde os doentes podiam passear a convalescer. No século XIX viu as suas vinhas e olivais transformados num jardim romântico, com um grande lago ao centro, frondosas árvores, um coreto e várias esculturas. Tem ainda parque de merendas e um campo de ténis, e é ladeado a nascente pelos imponentes pavilhões do hospital termal, construídos em 1889, onde o grupo Visabeira vai instalar o futuro hotel Montebelo Bordallo Pinheiro. (Fotografia: Orlando Almeida/GI)
2. Museu José Malhoa Dentro do Parque D. Carlos I há um outro lugar que vale uma visita. O Museu José Malhoa, inaugurado em 1934, foi idealizado pelo escritor António Montês, como homenagem ao pintor que lhe cede o nome e que é considerado «o pai do naturalismo português». Nele estão reunidas importantes coleções de pintura e escultura dos séculos XIX e XX, que têm por base a coleção privada do patrono do museu. Há ainda um núcleo dedicado à cerâmica da região e até dia 3 de março está patente a exposição «Impasse» de Carlos No, sobre a escravatura laboral em Portugal. (Fotografia: Carlos Manique/GI)
3. Hospital Termal Rainha D. Leonor Diz a lenda que ao viajar com a sua comitiva de Óbidos para a Batalha, em 1484, a rainha D. Leonor passou por um local onde várias pessoas se banhavam em águas quentes, que diziam ter poderes curativos. Depois de comprovar ela mesma as propriedades da água mandou ali construir um hospital termal, inaugurado em 1488 - considerado o mais antigo do mundo -, e que deu origem à cidade das Caldas da Rainha. Encontra-se encerrado desde 2013, mas o município já tem planos para o reabrir. (Fotografia: Paulo Spranger/GI)
4. Praça da Fruta Desde o século XVI, que a antiga Praça do Rossio, mais conhecida hoje por Praça da Fruta, é morada do mercado diário da cidade. Conta a lenda que o local foi cedido pela rainha D. Leonor aos agricultores da região, para ali venderem os seus produtos, e desde essa altura, todas as manhãs são ali montadas as coloridas bancas de frutas e legumes, e que tanto inspiraram Bordallo Pinheiro nas suas louças. (Fotografia: Orlando Almeida/GI)

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No espetáculo itinerante Alter Egos de Bordallo Pinheiro, as atrizes Inês Fouto e Mariana Calaça Baptista, da companhia de teatro Cenas, convidam visitantes e locais a conhecer a vida e obra de Bordallo Pinheiro num passeio pelo centro histórico da cidade, recordando a época em que por ali passou o ceramista, no século XIX.

(Fotografia: Diana Quintela/GI)

O Parque D. Carlos I é ponto de partida deste roteiro teatral, e de encontro com a primeira de três personagens, que narram, em jeito de memória, as peripécias de Bordallo. Representam alter egos do artista, e encarnam «a personalidade, as motivações e a paixão do mestre Raphael Bordallo Pinheiro», explica Mariana. O gato Pires, animal de estimação do ceramista, dá início à cena, num banco de jardim, de fraque negro, bengala e fartos bigodes, como era muitas vezes representado nas autocaricaturas de Bordallo, que, não sendo um gato, «não tinha sete vidas, mas antes sete ofícios» – diz a certa altura o personagem. É que além de ceramista e caricaturista Raphael foi também artesão, encenador, jornalista e até professor.

Chegou a Caldas da Rainha, como outros tantos, atraído pelas águas sulfúreas do hospital termal – onde se encontra outra das personagens do espetáculo, a Marquesa, eterna apaixonada de Bordallo – e ali acabou por instalar uma fábrica de faianças, em 1884, com a ajuda dos irmãos, Feliciano e Columbano, tornando-se num dos nomes maiores do concelho e o principal responsável pela industrialização do setor.

O tom satírico de Raphael dá o mote para a terceira e última personagem, a Maria «Pontos Nos Is», uma crítica da sociedade atual. Mas para a conhecer há que primeiro passar pela emblemática Praça da Fruta, lugar que tanto inspirou o artista na criação de algumas das peças de cerâmica mais icónicas da marca, a louça em forma de frutas e legumes.

Rota Bordalliana
Por toda a cidade encontram-se réplicas agigantadas de alguns dos personagens mais característicos dos desenhos de Raphael, que compõem a Rota Bordalliana, inaugurada pelo município em 2015.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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