Caldas: Restaurante-bar dá vida ao parque da cidade

Aberto há pouco mais de um ano, o restaurante e cocktail bar Raízes devolveu a vida à histórica esplanada do parque D. Carlos, hoje de novo um dos locais mais concorridos da cidade de Caldas da Rainha.

Antes de se atirar para os tachos e panelas, Manuel Dias teve uma outra vida, como engenheiro informático, mas o amor à cozinha falou mais alto e largou tudo para a ele se dedicar. Depois de trabalhar em restaurantes em Itália e tirar um curso de pastelaria criativa em Barcelona, regressou a Portugal, para ser o chef do Maratona (ainda hoje uma das maiores referências da restauração caldense), sendo depois responsável pelo restaurante do hotel Surfers Lodge, em Peniche.

Faltava-lhe, no entanto, concretizar o sonho de ter um espaço próprio, que cumpriu há pouco mais de um ano, num dos locais mais emblemáticos da sua cidade natal. Em parceria com o pai, Carlos (que gere o espaço) e o irmão José, responsável pela carta de cocktails, recuperou o antigo bar e esplanada do parque D. Carlos e criou este Raízes, um espaço, como o nome indica, que tem como objetivo «celebrar os ingredientes que nos ligam à terra».

E são bem longas estas raízes, ligando sabores locais às mais distantes latitudes, num exercício de criatividade bem patente na carta e que tem como melhor exemplo a recentemente implementada «barra do chefe», onde os clientes se entregam por completo nas mãos dos dois irmãos. A degustação começa com um Caldas Garden, o cocktail da casa, feito com gin seco, sumo de lima, gema de ovo e manjericão, seguindo-se um amuse bouche de puré de funcho, maçã verde, boqueirões e rabanete, servido numa pequena colher de pau.

Acompanhados de um copo de Bridão branco do Ribatejo, chegam à mesa os primeiros pratos: arroz de sushi, salada de algas e atum braseado e Bao recheado com enguia, «pescada na lagoa de Óbidos e fumada na casa», explica Manuel. O vinho muda entretanto para um Bridão tinto syrah, de 2015, que casa na perfeição com o carpaccio de novilho com molho de mostarda e queijo old de Amesterdão e com o crepe de pato à Pequim, decorado com ervas, gomos de tangerina, flores e aipo.

Para sobremesa, veio um abade de priscos e citrinos e uma bolacha de caramelo salgado, com banana caramelizada e noz. A terminar e em vez do tradicional café, chega uma espécie de expresso desconstruído, sob a forma de um cocktail feito de café frio, licor de café e vodka. Assim vale a pena confiar.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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