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Passear pelo Alentejo e Ribatejo, nos novos Caminhos de Santiago no Sul

Salvaterra de Magos, (Fotografia de Leonardo Negrão/Global Imagens)

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Ao todo, são 1400 os quilómetros que compõe os novos Caminhos de Santiago no Sul, inaugurados há um ano pelas mãos da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, e que liga mais de 40 localidades nestas duas regiões como Alcoutim, Grândola, Mértola, Alandroal, Marvão, Odemira e Golegã. Agora, chega o primeiro programa turístico que dá a conhecer, a pé, a presença e influência da Ordem de Santiago por estes lados, com visitas a património religioso, cultural, histórico e de culto, ou não fosse esta a responsável pela conquista de grande parte do território português a sul do Tejo.

Os Caminhos de Santiago no Sul levam a conhecer a pé locais no Alentejo e Ribatejo ligados à Ordem de Santiago. (Fotografias: Leonardo Negrão/GI)

Trata-se do primeiro de um pacote de tours de autor, especializados numa temática e sempre na presença de um especialista. Na companhia do historiador Paulo Almeida Fernandes, com obra publicada sobre este tema, a Evasões visitou alguns alguns dos locais desta viagem que durou sete dias, em Santarém e Salvaterra de Magos, destinada não só a peregrinos mas a quem gosta do contacto com a natureza ou simplesmente pretende conhecer melhor o país. “O trabalho de levantamento destas viagens é moroso, mas muito grafiticante”, explica Catherine Freitas, responsável pela Try Portugal, amante das caminhadas. “Fiz os Caminhos de Santiago em 2002 e nunca mais parei”, remata. Para o futuro, a Try já tem pensadas viagens guiadas pelas conquistas dos Templários, ou pelos Caminhos de Fátima.

 

O QUE VISITAR

Falcoaria Real

Há onze anos que se visita mas o edifício remonta ao século XVII, construído para albergar centenas de falcões de D. José I, que se deslocava a Salvaterra de Magos de propósito para caçar. Para além de vídeos e exposições sobre a arte da falcoaria, assiste-se ao voo das aves, no jardim ou em espaço fechado, consoante o tempo. Nesta altura, vivem aqui 35 falcões, que chegam a ter sete mil penas cada, e com idades entre os sete meses e os 15 anos. Rui Carvalho, falcoeiro há uma década, guia-nos pela visita.

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Portas do Sol e Porta de Santiago
“O Ribatejo deve ser visto das Portas do Sol de Santarém, num dia de cheia”, já dizia Miguel Torga, sobre o jardim homónimo entre muralhas com ampla vista para o Tejo e campos agrícolas da Lezíria a perder de vista. O miradouro com sombras, zonas de descanso e cafetaria é um dos locais de visita obrigatória em Santarém, tal como a vizinha Porta de Santiago, um dos exemplos do que resta da presença da Ordem de Santiago na cidade, que era antes uma das entradas principais da então vila e na qual se observa um brasão de armas fernandino.

 

Sé de Santarém
A catedral é imponente, unindo estilo barroco e neoclássico, com altares trabalhados ao detalhe em mármores nacionais que nos fazem perder a noção de tempo. Situada no principal largo de Santarém, a sé e museu interino – que chegou há seis anos – promovem ao longo do ano uma programação eclética que vai de visitas guiadas sobre as lendas da cidade a observação astronómica, workshops, jantares temáticos e provas de doçaria conventual. À saída, vale a pena provar os doces pampilhos da Pastelaria Bijou, mesmo ao lado.

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ONDE COMER

Restaurante Escaroupim

Doses generosas, cozinha tradicional, junto à margem do Tejo. Não é de estranhar que o restaurante da aldeia piscatória de Escaroupim, às portas de Salvaterra, emoldurado entre um pitoresco cais e casario antigo e colorido, tenha sempre a casa composta. À mesa chegam as enguias, ora fritas com arroz de feijão ora num ensopado, o lombo de bacalhau à lagareiro, a tarte de perdiz e os secretos de porco preto. A forma como recebem bem que chega para comer é a cereja no topo do bolo.

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