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12 tradições de Ano Novo para quem acredita na sorte

Percorra a fotogaleria para conhecer em detalhe 12 tradições de ano novo. Na fotografia: o fogo de artifício na Praça do Comércio, em Lisboa. (Fotografia de António Pedro Santos/GI)
1. Vestir roupa interior azul Todos os anos depois do Natal há uma corrida às lojas de roupa interior para comprar cuecas azuis. Esta cor, que se crê dar sorte a todo o ano que entra, associa-se também à harmonia e é a preferida da maioria dos ocidentais. Os portugueses gostam de estrear cuecas azuis, mas também há quem as vista de outras cores, como vermelho (simboliza amor e paixão), cor de rosa (romance e harmonia), branco (paz e tranquilidade) ou verde (bem-estar e contacto com a natureza). Uma tradição com maior importância em Itália, por exemplo, onde é costume oferecer-se cuecas vermelhas às mulheres, desejando-lhes um ano feliz. (Fotografias: DR)
2. Estrear uma peça de roupa É fácil cumprir esta tradição de ano novo. Se o requisito é vestir roupa nova, cumpre-se com as cuecas coloridas, mas há quem leve tudo mais a sério, estreando duas ou mais peças. Para começar o ano com segurança monetária não se deve vestir roupas descosidas, rasgadas, apertadas ou sem botões. Outra superstição diz ainda que fazer a cama com lençóis novos atrai boa sorte e amor.
3. Comer 12 passas e pedir desejos É a tradição de ano novo mais popularizada, apesar de o sabor das passas estar longe de colher consensos. Quem as come durante as 12 badaladas vai pedindo desejos para os 365 dias seguintes, nos quais se costuma incluir os habituais paz, saúde, amor, trabalho, família e felicidade. A tradição, essa, terá começado em Madrid, no final do século XIX, quando os espanhóis se começaram a reunir e a comer passas em vez de uvas em protesto contra uma taxa criada pelo município para quem queria celebrar o Dia dos Reis Magos antes de tempo (na altura não se celebrava o ano novo no dia 31 de dezembro, mas sim o Dia de Reis a 5 de janeiro). O protesto tornou-se uma tradição, a ponto de hoje muitas pessoas só comprarem pacotes de passas para comerem na passagem de ano. (Fotografia de Gerardo Santos/GI)
04. Brindar com espumante ou champanhe Doze passas na mão, copo de espumante ou champanhe na outra. Garrafa atrás de garrafa, só os menores de idade não bebem álcool na maior noite do ano. Acredita-se que brindar com champanhe (e de preferência em flutes) traz vitalidade e saúde, e que para reforçar as boas energias se deve guardar a rolha da garrafa e só deitá-la fora no ano seguinte. Também é comum ver os copos ao alto e grupos de foliões a brindar pelas mais variadas razões. (Fotografias: DR)
05. Subir a uma cadeira com o pé direito Subir para uma cadeira ou um ponto alto também dá sorte. Pelo menos é nisso que acreditam as pessoas que brindam ao novo ano com um ponto de vista mais elevado (especialmente útil nos aglomerados de gente à frente de um palco ou debaixo do fogo de artifício). Mas atenção: segundo a tradição, tem de se subir com o pé direito (habitualmente associado à sorte) e com uma nota na mão, para garantir prosperidade durante o novo ano. Pular com o pé direito à meia-noite três vezes e com um copo de champanhe na mão e dançar ao ar livre em torno de uma árvore também surte (teoricamente) o mesmo efeito.
06. Passar o ano com dinheiro na mão, no bolso ou nos pés Seguindo a crença oriental de que a energia entra pelo corpo através dos pés, muitos são os que não dispensam passar a meia-noite com uma nota no sapato, no bolso ou na mão. Aliás, há quem faça a primeira compra do ano com essa nota. Já a ideia de ter moedas na mão como sinal de boa sorte terá surgido da tradição do Dia do Cuco, do século XIX, segundo a qual quem visse aquela ave migratória (símbolo da primavera) e encontrasse dinheiro no bolso teria um ano de riqueza. (Fotografia: DR)
07. Fazer barulho com loiça ou panelas Não chega aos decibéis do estouro do fogo de artifício, mas consegue ser igualmente ruidoso. Ao toque das doze badaladas, basta estar em casa ou na rua para ouvir panelas a bater, tambores, apitos e buzinas. Nos anos 1950 e 1960, a tradição em Lisboa escalou de nível, com pratos e tachos velhos atirados pela janela - e por razões óbvias foi proibida. Quem faz barulho no ano novo - uma tradição mais forte no sul do país e que remonta a antigos rituais pagãos - acredita estar a afugentar os maus espíritos do ano anterior. Limpar a casa de objetos velhos, mais do que dar sorte, é também uma boa tarefa doméstica.
08. Abrir todas as portas e acender todas as luzes Fazer a passagem de ano em casa, além de ser menos dispendioso, permite ainda cumprir outras superstições sem as quais, crê-se, a sorte do novo ano pode ficar comprometida. É o caso de atirar dinheiro para dentro de casa, contar as doze badaladas com o pé direito no chão, acender todas as luzes e abrir todas as portas, sair do local e voltar a entrar. Nada que incomode os vizinhos, pois nessa noite todo o prédio está em festa.
09. Beijar a cara metade É uma imagem muito americana a que povoa o nosso imaginário: a de centenas de casais a beijarem-se debaixo de uma chuva de conffetis coloridos na Times Square, em Nova Iorque, depois de a célebre bola de cristais assinalar a meia-noite. Não se sabe ao certo onde terá surgido esta tradição: admite-se que estará ligada a um festival romano em honra de Saturno, que se fazia numa época muito próxima à da atual passagem de ano, e em que todos se beijavam como ato de celebração.
10. Assistir ao fogo de artifício Atração garantida em todo o mundo é o lançamento de grandes espetáculos de fogo de artifício sobre as baías, pontes e cidades. Os países situados no centro do Pacífico Sul (com um fuso horário de mais 13 horas) são os primeiros a entrar no novo ano - só para dar um exemplo, às 11h00 de Lisboa do dia 31 de dezembro já a Nova Zelândia entrou no dia 1 de janeiro. Em Portugal, são dezenas os municípios que proporcionam espetáculos pirotécnicos, normalmente associados a concertos em grandes palcos ao ar livre. Para muitos portugueses, esta é a principal atração da noite. (Fotografia de Miguel Pereira/GI)
11. Tomar o primeiro banho de mar do ano O que é que leva dezenas de pessoas a ir à praia e entrar na água gelada na manhã de 1 de janeiro, em vez de ficarem na cama? Só a crença de que a experiência enrijece os ossos, dá saúde e purifica o espírito. É isto que fazem dezenas de portugueses em Carcavelos, Vila do Conde e Faial, nos Açores, para cumprir a tradição do primeiro banho do ano. (Fotografia de Orlando Almeida/GI)
12. Cantar as Janeiras A tradição das Janeiras, que representam peditórios cantados na noite de Natal, de Ano Novo e de Reis, foi herdada de cultos pagãos. Os cânticos remetem para tempos remotos, em que se celebravam deuses e divindades pagãs ou eram pedidas ou oferecidas dádivas no início do ano comum. Eram símbolo de bom augúrio quer para quem as pedia, quer para quem as doava. A tradição, espalhada por muitos países europeus, vê-se em Portugal com grupos de homens e mulheres a cantar na rua ou às portas das casas, desejando às pessoas um feliz ano novo. (Fotografia de João Manuel Ribeiro/GI)

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Sabia que em Lisboa foi costume, nos anos 1950 e 1960, atirar pratos e tachos velhos pelas janelas? Ou porque é que se deve entrar no novo ano com dinheiro no sapato ou nas mãos? E onde surgiu o hábito de comer 12 passas à meia-noite? A passagem de ano, um pouco por todo o mundo, está repleta destes e outros rituais, tradições ou superstições – é o que cada um lhes quiser chamar.

Umas têm origens seculares, outras parecem comportamentos estranhos. Há quem as cumpra criteriosamente, enquanto outros não perdem tempo a desacreditá-las. Certo é que a maioria de nós cumpre pelo menos uma tradição na passagem de ano: comer 12 passas e pedir 12 desejos à meia-noite, de copo de champanhe na mão. Tudo para entrar (literalmente) com o pé direito no novo ano. Neste caso, em 2021. Percorra a fotogaleria acima para conhecer em detalhe 12 tradições de ano novo.