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O regresso do comércio de rua: lojas em Lisboa que vale a pena conhecer

(Paulo Spranger/GI)

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Rei do Bacalhau
É uma das poucas sobreviventes da venda de bacalhau na Rua do Arsenal, perto do Cais do Sodré, mas a casa de Fernando Dias mantém a vivacidade há mais de 60 anos. Com ou sem pandemia.

Passou a aderir às entregas ao domicílio, mas não chegou a fechar durante o estado de emergência. O público fidelizado assim o ditou, nesta que é uma sobrevivente do comércio de bairro e também na venda de bacalhau, há mais de 60 anos. Está situada na Rua do Arsenal, a artéria que chegou a estar cheia de espaços deste género, noutros tempos. O nome não engana. Fernando Dias, gerente da casa há três décadas, continua a vender aqui o fiél amigo, islandês e norueguês, do crescido ao graúdo, especial e ao especial mais, incluindo uma nova gama com cura em flor de sal. A principal mais-valia do bacalhau, explica o dono, é a sua “versatilidade”. “Pode ser feito todos os dias, de forma diferente”, diz Fernando. Mas também se vendem bolachas artesanais, compotas, leguminosas a granel, dezenas de referências vínicas, enchidos e queijos DOP, como o de serra da Estrela e o de Azeitão. NC

Rei do Bacalhau. (Fotografia: Paulo Spranger/GI)

 

Manteigaria Silva
No coração de Lisboa, esta mercearia nunca fechou. Há queijos de cura própria, bacalhau, vinhos, enchidos, conservas e quatro paredes com 130 anos de vida, no Rossio.

É uma das mercearias mais antigas – talvez até a mais, há algumas dúvidas em relação a isto – de Lisboa ainda em funcionamento. O facto de se ter mantido de portas abertas durante a pandemia, ainda que com horário reduzido e limite de entrada de pessoas, é mais uma prova da garra de José Taboaço Branco, dono, e dos filhos, José e Laura, responsáveis por esta casa centenária, com 130 anos. Na altura, era dos poucos espaços autorizados a vender manteiga avulso. Entre a Praça do Rossio e a da Figueira, há hoje mais de 70 queijos, curados pelo próprio dono numa câmara específica, presunto, bacalhau, vinhos, enchidos, biscoitos, conservas e pão, entre outros produtos. De resto, desde abril que a Manteigaria Silva inaugurou a sua loja online, vendendo os seus produtos à distância de um clique. As entregas fazem-se na Grande Lisboa. NC

Manteigaria Silva. (Fotografia: Sara Matos/GI)

 

Garrafeira Nacional
Com mais de 90 anos de experiência comercial na região de Lisboa e clientes fiéis há várias gerações – a garrafeira reabriu duas das suas lojas.

Voltar a percorrer os corredores da Garrafeira Nacional, por estes dias, requer distanciamento social e os cuidados já conhecidos, mas nunca foi tão prazeroso, especialmente para os apreciadores de vinho que querem atualizar a garrafeira lá de casa. Reabertas de segunda a sexta, as lojas na Baixa de Lisboa mantêm as prateleiras recheadas de um autêntico catálogo de “uma das mais extensas e valiosas coletâneas de vintage e vinhos do Porto raros, vinhos da Madeira, whiskies, cognacs, aguardentes, champanhe e bebidas diversas”, afirma a loja. A autenticidade e relevância dos produtos norteiam a seleção e o armazenamento das bebidas é feito com controlo da humidade e temperatura. Jaime Vaz, dono desta cadeia de lojas, prontifica-se a dar aconselhamento especializado aos clientes, partilhando com eles conhecimentos, no processo da compra. Resta ainda referir que a Garrafeira Nacional tem um pequeno museu onde descansam alguns dos mais raros néctares da história do vinho em Portugal e no Mundo. AR

Garrafeira Nacional. (Gonçalo Villaverde/GI)

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.