O espaço parece escondido por detrás dos muros de uma antiga quinta, no centro de Ponta Delgada, de propósito para que a descoberta seja mais surpreendente. Transposto o portão, as gigantes árvores da borracha enchem-nos de espanto – quando nos sentamos sobre uma da suas raízes recuamos à fábula de Gulliver, como se habitássemos Lilliput.
Construído no século XIX por José do Canto, um açoriano viajado e apaixonado por botânica, o jardim, para além das árvores da borracha, acolhe pinheiros-de-damara , araucárias-de-bidwill, melaleucas, turpentine e eucaliptos indígenas da Austrália; pinheiros-da-Nova-Caledónia , metrosíderos, da Nova Zelândia, canforeiras do Japão, Ilha Formosa e Malásia, entre muitas outras. Espécies importadas por José do Canto e que dali saíam para povoar outros jardins na ilha, como a mata da lagoa do Congro ou das Furnas, onde se encontra sepultado com a mulher numa capela romântica debruçada sobre a lagoa.
Longitude : -8.2245