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No Fresca Studio há arte para reavivar a decoração (e segue por correio)

Inês de Almeida e Paiva, arquiteta e artista, é a fundadora deste estúdio em São Domingos de Rana, Cascais. (Fotografia: DR)

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Pouco antes de a pandemia estalar, a arquiteta e artista Inês de Almeida e Paiva deixou o trabalho que mantinha, há um par de anos, em Londres, e regressou a Carcavelos. “Estava um pouco cansada da vida num ateliê de arquitetura, com muito pouco de criativo e de artístico. Sentia necessidade de criar, de ver resultados mais imediatos. Queria fazer uma pausa e explorar outras formas de arte”, recorda. Entretanto, veio o confinamento, que lhe deu tempo para experimentar novas técnicas e investir num projeto próprio, em vez de procurar outro emprego. Em dezembro passado, lançou o Fresca Studio.

O nome remete para obras acabadas de fazer, ainda a secar, e tem aquele segundo sentido de uma pessoa ser fresca, ou seja, “vivaz, enérgica”. Acresce que funciona bem noutras línguas, e a intenção é ir além-fronteiras: os trabalhos, de edição limitada, estão disponíveis para compra online, com envio para mais de 50 países. São gravuras inspiradas em formas da arquitetura, do design e da natureza, produzidas de modo artesanal, com recurso à linoleogravura. “Como resultado da técnica utilizada, cada gravura é única – com um estilo marcado pela abstração gráfica e por formas sólidas e geométricas”, descreve a fundadora do Fresca Studio.

Este novo projeto permite a Inês, de 26 anos, “combinar a paixão pela arquitetura e pelas viagens com a arte”. Aliás, o gosto pelo Japão, “país de extremos, com uma calma e uma vivacidade muito grandes”, reflete-se no seu trabalho. Sobretudo na coleção mais recente, “Cápsula”, que criou a pensar no tempo passado em Tóquio e num edifício-referência durante a investigação para a sua tese de mestrado: a Nakagin Capsule Tower.

A artista acredita na importância de decorar a casa com “objetos com um bocadinho mais de significado, que tenham tido a mão de alguém”. E faz questão de associar ao seu estúdio de arte uma vertente social: 5% do lucro das gravuras revertem para uma causa ou associação que muda de seis em seis meses, garante. Por estes dias, quem adquirir os seus trabalhos está também a apoiar a Refood, uma associação que combate a fome e o desperdício alimentar ao canalizar os excedentes de restaurantes e outros estabelecimentos para famílias carenciadas, em cada comunidade.

Papel reciclado

A atenção à qualidade e à origem dos materiais transparece na escolha do papel, “100% reciclado e com uma ótima gramagem”, e das tintas, “com bons pigmentos”, sublinha Inês de Almeida e Paiva.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.