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Coimbra: esta loja-oficina é para amantes do papel

Percorra esta fotogaleria para conhecer a Chronospaper, em Coimbra. Na fotografia, a oficina onde são feitos trabalhos de encadernação e restauro de livros. Fotografias: Maria João Gala/GI
A Chronospaper é um projeto do casal Maria e Carlos Ferreira assente na convicção de que o tempo do papel não vai passar.
Em junho, o casal mudou a sua loja-oficina da Praça do Comércio para a Rua Adelino Veiga, também na Baixa.
Na Chronospaper, trabalha-se entre livros, ferramentas e uma televisão com a mensagem read instead (lê em vez disto).
Há cadernos de vários materiais e feitios.
Alguns cadernos são inspirados na encadernação medieval, têm capa de pele de carneira e papel artesanal, feito com fibras de calças de ganga.
Os responsáveis pela Chronospaper procuram, «com ideias antigas, fazer coisas diferentes, para hoje».
Para lá do balcão fica a oficina, onde decorrem os trabalhos de restauro e encadernação, encomendados por particulares e instituições.
Uma encadernação leva, no mínimo, sete horas, podendo a gravação levar outras sete, dependendo da decoração.
Já houve um livro que demorou quatro meses a restaurar. Os valores para este tipo de trabalhos são definidos caso a caso.

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É uma loja oficinal para amantes do papel, o qual está longe de ter fim, garante Maria Ferreira, a encadernadora profissional por trás da Chronospaper, um projeto que divide com o marido, Carlos. Essa convicção de que o tempo do papel não vai passar reflete-se no nome da marca e no logótipo, que integra o símbolo do infinito.

Em junho, o casal deixou a Praça do Comércio e foi para a Rua Adelino Veiga, também na Baixa. É lá que trabalha agora, entre livros, ferramentas e uma televisão com a mensagem read instead (lê em vez disto). Os produtos à venda são, essencialmente, da Chronospaper, que recorre a técnicas de encadernação tradicional, não se limitando a olhar para trás.

Maria e Carlos procuram, «com ideias antigas, fazer coisas diferentes, para hoje». Há cadernos de vários materiais e feitios. Uns são inspirados na encadernação medieval, têm capa de pele de carneira e papel artesanal, feito com fibras de calças de ganga; outros, de ar mais contemporâneo, apresentam motivos ligados à moda e um elástico com botão, a lembrar uma liga de senhora.

Álbuns, livros de honra, postais, artigos de papelaria, moinhos de vento e flores de papel, brincos e colares completam a oferta, que também inclui alguns artigos de outros autores e marcas.

Para lá do balcão fica a oficina, onde decorrem os trabalhos de restauro e encadernação, encomendados por particulares e instituições. Ali faz-se restauros de livros do século XVI e até anteriores – chamam-se incunábulos, os primeiros livros impressos em tipografia.

São tarefas manuais que exigem tempo e minúcia. Uma encadernação leva, no mínimo, sete horas, podendo a gravação levar outras sete, dependendo da decoração. E já houve um livro que demorou quatro meses a restaurar. Os valores variam muito, são definidos caso a caso. Maria diz que «cada livro é um desafio». Ela aí está, para encontrar as soluções.

Workshops e formação

A Chronospaper recebe workshops, que podem ser de origami, de papel marmoreado, e ter outros temas ligados ao papel ou à pele. Também dá formação em encadernação, conservação e restauro de livros, desde que se marque com seis meses de antecedência.

 

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