Publicidade Continue a leitura a seguir

Aldeia da Guarda vai distribuir 150 quilos de castanhas, numa tradição secular

Publicidade Continue a leitura a seguir

O ‘Magusto da Velha’ remonta ao século XVII e teve origem numa doação feita por uma mulher abastada, cujo nome se desconhece, para que os habitantes daquela localidade pudessem comer castanhas e beber vinho uma vez por ano.

“No dia 26 de dezembro vamos novamente cumprir a tradição – como eu costumo dizer, cumprir a obrigação. Esta obrigação que já é secular, já tem mais de quatro séculos, em que o povo tem de recordar o gesto benemérito de uma velha que ofereceu as castanhas e o vinho”, disse à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Aldeia Viçosa, Luís Prata.

Segundo o autarca, o programa da iniciativa, que promete “um dia de festa e de envolvimento da população”, inclui atividades de animação, o lançamento de castanhas e de rebuçados (para as crianças) do cimo da torre da igreja e a degustação de pão torrado com azeite, entre outras iniciativas. O evento, que é único no país e está devidamente documentado, “poderá dar muito à cultura e ao turismo do concelho da Guarda”, considerou Luís Prata.

A Junta de Freguesia ambiciona inscrever a tradição do ‘Magusto da Velha’ no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, tendo já manifestado essa intenção junto da Câmara Municipal da Guarda, no âmbito da candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura 2027.

Na quinta-feira a tradição volta a ser cumprida, a partir das 14h30, com uma missa pela alma da “velha”, seguindo-se, às 15:00, o cortejo das castanhas e do vinho. As castanhas (150 quilos) são içadas para a torre da igreja e depois atiradas para cima das pessoas que assistem.