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Há 7 cemitérios que vale mesmo a pena visitar

Percorra esta galeria para ver fotografias de cemitérios que vale a pena visitar. Na imagem, escultura no Cemitério do Prado Repouso, no Porto. Fotografia: André Rolo/GI
1. Cemitério da Lapa, Porto O Cemitério da Lapa, considerado o mais antigo cemitério romântico português, e classificado como Imóvel de Interesse Público, foi concebido como um espaço arruado e ajardinado, cheio de monumentos que simbolizam a saudade dos entes queridos. Ali se encontram «algumas das melhores obras de arte do período romântico, desde a arquitetura, escultura às artes do ferro e da cerâmica», segundo informações da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa. «Todos os jazigos e capelas encerram histórias de amor, traição, vaidade, das gentes e das famílias da burguesia portuense do século XIX.» Curiosidades há muitas. Umas delas diz respeito ao jazigo com a escultura em tamanho natural de um cão que, após a morte do dono, José Mendes Braga, permaneceu fielmente junto do seu corpo (na imagem). Fotografia: Igor Martins/GI
1. Cemitério da Lapa, Porto São várias as figuras ilustres sepultadas no Cemitério da Lapa, entre elas, os escritores Camilo Castelo Branco, Arnaldo Gama e Soares de Passos, os arquitetos e artistas Marques da Silva e Marques de Oliveira e o bispo D. Manuel de Santa Inês. Mas, afinal, em que contexto foi criado? Em 1833, o Cerco do Porto e a epidemia de cólera que se seguiu lotaram os locais ancestrais de enterramento, no interior das igrejas portuenses, pelo que a Mesa da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa pediu a D. Pedro IV que autorizasse a criação de um cemitério privativo exterior à sua igreja. A sua criação oficial foi anterior ao decreto de 1835, que instituiu os cemitérios públicos, e só foi oficialmente benzido no Verão de 1838. O Cemitério da Lapa está aberto até às 17h00, exceto ao domingo e nos feriados, em que encerra às 13h00. Existe a possibilidade de organizar visitas para grupos com pelo menos dez pessoas, devendo o pedido ser feito através de e-mail (museulapa@irmandadedalapa.pt). Fotografia: Pedro Granadeiro/GI
2. Cemitério do Prado do Repouso, Porto No Prado do Repouso, o primeiro cemitério público do Porto, encontram-se sepultadas personalidades como o poeta Eugénio de Andrade, o médico e pintor Abel Salazar ou o Duque da Ribeira, figura popular do Porto. O monumento às vítimas da revolta de 31 de janeiro de 1891 é um dos pontos a destacar neste cemitério, na freguesia do Bonfim, que tem uma área de 10 hectares e funciona entre as 8h30 e as 17h00, exceto nos dias 1 e 2 de novembro, em que o horário se estende até às 18h00. Fotografia: André Rolo/GI
2. Cemitério do Prado Repouso, Porto Os cemitérios municipais do Porto têm pontos de interesse muito diversificados, podendo as visitas incidir sobre temas como a história da arte, a simbologia contida nos jazigos, os artistas, as oficinas construtoras e os autores dos jazigos, a arquitetura, entre outros. Muito recentemente, chegou ao fim o Ciclo Cultural dos Cemitérios 2018, que contou com 18 eventos, entre visitas, raides fotográficos, concertos e exposições, segundo fonte do Gabinete de Comunicação da Câmara do Porto. A exposição de fotografia fruto dos contributos dos participantes nas referidas atividades mantém-se, durante cerca de um mês, no Prado do Repouso. Fotografia: André Rolo/GI
3. Cemitério de Agramonte, Porto Digno de visita é também o cemitério de Agramonte, na zona da Boavista, o segundo cemitério público da cidade, inaugurado em 1855. Nele se salienta, por exemplo, o monumento às vítimas do incêndio do Teatro Baquet, em 1888 (na imagem). Os cemitérios do Porto são os únicos, em Portugal, que pertencem à Associação dos Cemitérios Significativos da Europa (Association of Significant Cemeteries in Europe), e são membros fundadores da Rota Europeia dos Cemitérios. Fotografia: José Carmo/GI
3. Cemitério de Agramonte, Porto Entre as figuras ilustres que repousam no Cemitério de Agramonte estão o médico e escritor Júlio Diniz, a violoncelista Guilhermina Suggia, o escritor Júlio Brandão, o pintor António Carneiro ou a pianista Helena Sá e Costa. É uma área de 12 hectares, com camélias, magnólias, cedros-brancos e árvores-de-júpiter, acessível entre as 8h30 e as 17h00, sendo que nos dias 1 e 2 de novembro o horário é alargado até às 18h00. Fotografia: Artur Machado/GI
4. Cemitério de Monchique, Guimarães O cemitério de Monchique, numa encosta do Monte da Penha, foi inaugurado em 2004, tendo sido galardoado, no ano seguinte, com o 1º Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista na categoria «Espaços Exteriores de Uso Público». O projeto é da autoria dos arquitetos Maria Manuel Pinto de Oliveira e Pedro Mendo, com a colaboração de Daniel Monteiro enquanto arquiteto paisagista. O espaço, concebido para ser também um lugar de introspeção, nasceu na «lindíssima» Quinta de Monchique, num terreno com socalcos, enquanto os cemitérios conhecidos até então eram planos, lembra a arquiteta Maria Manuel Pinto de Oliveira. Foi um projeto que começou ainda nos anos 1990 e se desenvolveu por fases. Fotografia: Pedro Correia/GI
4. Cemitério de Monchique, Guimarães O cemitério municipal de Monchique foi pensado para permitir às pessoas escolher entre diversas formas de enterramento, além das tradicionais – por exemplo, assinalando o local com roseira ou outra planta, segundo a coautora do projeto. Outro objetivo foi «restituir alguma dignidade aos rituais funerários»: «Tem um pátio de entrada de transição entre o mundo exterior e o universo do cemitério», e depois um longo trajeto desde a entrada até à zona da capela e ao local do enterramento. Pode fazer-se o ritual processional de ir atrás do carro funerário a pé, numa última despedida. As portas abrem das 8h30 às 17h00, de segunda a sábado, e apenas até às 13h00, ao domingo. Existe a possibilidade de fazer visitas guiadas, sem custos, mediante marcação (através do telefone 253421210). Fotografia:Pedro Correia/GI
5. Cemitério da Conchada, Coimbra O Cemitério da Conchada, em Coimbra, «é um dos grandes cemitérios a nível nacional, composto por um conjunto de monumentos pouco conhecidos», diz Paula Simão, técnica de turismo e guia-intérprete na Câmara Municipal. O trabalho artístico em pedra e ferro forjado torna «especial» este cemitério, instalado na antiga Quinta do Pio e inaugurado em 1860. Fotografia: Fernando Fontes/GI
5. Cemitério da Conchada, Coimbra Há edifícios funerários que sobressaem pelos elementos arquitectónicos e escultóricos, desenhados e esculpidos por mestres conimbricenses. João Machado, um dos grandes escultores de finais do século XIX/inícios do século XX, foi responsável por grande parte dos monumentos que ali se encontram, e também lá jaz. O jazigo dos condes de Ameal é, talvez, o edifício de maior dimensão no cemitério, além do jazigo municipal. Depois, há pormenores interessantes, como pequenos trabalhos decorativos, esculturas e alguns elementos identificados como símbolos maçónicos, adianta Paula Simão, que conduziu, recentemente, uma visita guiada organizada pela autarquia. A própria localização do cemitério, aberto todos os dias, entre as 8h30 e as 17h00, pode ser considerada uma atracção, pela panorâmica que oferece sobre o rio Mondego e a zona de Santa Clara. Fotografia:Fernando Fontes/GI
6. Cemitério dos Prazeres, Lisboa Os sete cemitérios municipais de Lisboa são espaços bastante ricos em termos culturais, desde logo pelo edificado arquitetónico, embelezado por esculturas, elementos decorativos, simbólicos, profissionais ou heráldica. Desde finais dos anos 1990, a Câmara Municipal tem trabalhado na classificação de jazigos e na criação de folhetos e de sinalética, e também realiza visitas a pedido - através da Divisão de Gestão Cemiterial, vem apresentando uma calendarização anual com várias visitas temáticas, concretamente, no Cemitério dos Prazeres, na freguesia da Estrela, construído em 1833, aquando de uma epidemia de cólera. Fotografia: Paulo Spranger/GI
6. Cemitério dos Prazeres, Lisboa «Arquitectura Funerária - Um caminho diferente», «A Memória das Palavras – escritores» e «O Último Palco - actores e actrizes» são alguns dos temas das visitas, segundo informações da autarquia. Neste ano foram ainda introduzidas visitas em inglês e, a propósito dos 130 anos do nascimento de Fernando Pessoa, iniciado um percurso pessoano, «Pessoas em Pessoa». A capela do cemitério também é palco de exposições - atualmente, acolhe «A Cerimónia do Adeus - Fotografias de repórteres do funeral de Mário Soares». As visitas guiadas estão sujeitas a marcação prévia (através do número 218172375). O cemitério funciona das 9h00 às 17h00. Fotografia: Paulo Spranger/GI
7. Cemitério do Alto de São João, Lisboa A partir de 2016, a calendarização passou a abarcar também o Cemitério do Alto de S. João, na freguesia de Penha de França, criado em 1833, e que permite conhecer aspetos relacionados com a nossa história desde o século XIX, de acordo com informações da Câmara de Lisboa. A visita, neste caso, é generalista: aborda-se questões relacionadas com a arquitetura, a escultura, monumentos e espaços de homenagem, personalidades como músicos, médicos, atores, escritores, escultores, arquitetos, pintores ou políticos, em especial, os republicanos. Fotografia: Gustavo Bom/GI
7. Cemitério do Alto de São João, Lisboa José Saramago, distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, foi uma das figuras públicas aqui cremadas, assim como Álvaro Cunhal, político antifascista e ministro nos primeiros quatro governos provisórios. O cemitério está aberto das 9h00 às 17h00 e nas visitas programadas tem recebido inscrições sobretudo de portugueses, mas também de italianos, espanhóis, alemães, brasileiros, ingleses ou canadianos. O mesmo acontece no cemitério dos Prazeres. Fotografia: Leonardo Negrão/GI

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Cemitérios que guardam monumentos e esculturas de anjos, pessoas e animais, que são a última morada de escritores, médicos e outras figuras ilustres, que oferecem uma vista bonita ou conquistaram um prémio de arquitetura. Eis um ponto de partida para descobrir esse nicho conhecido como turismo cemiterial, a pretexto do 1.º de novembro que se avizinha. De Guimarães até Lisboa, passando pelo Porto e por Coimbra.

Percorra a fotogaleria acima para ver fotografias de cemitérios merecedores de visita.

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