A Livraria Lello celebra este sábado, dia 13, o seu 112º aniversário. Neste dia com entrada grátis para todos, a livraria apresenta-se com o seu interior restaurado, resgatando o esplendor da inauguração, em 1906. O dia – entre as 11h30 às 19h06 (em recordação do ano de inauguração da livraria) – será pontuado com diversas atividades.
Uma bailarina vai dançar ao som de uma valsa composta por Alfredo Keil há 112 anos, crianças vão ouvir os contos clássicos da escritora inglesa Beatrix Potter e um fotógrafo de chapéu de coco vai reconstituir a famosa fotografia de Aurélio Paz dos Reis tirada na inauguração.
Quando as portas abrirem, um grupo de 50 atores vai receber os convidados. De Camilo a Principezinho, passando por Florbela Espanca e Fernando Pessoa, as personagens farão parte da história viva que a livraria pretende contar.
Quando as portas abrirem, um grupo de 50 atores vai receber os convidados.
Haverá também um apontamento teatral humorístico elaborado a partir de um episódio real da livraria. «Chardron e a cozinheira de Genelioux», com Miguel Branca e Sandra Veludo, conta a história de como o francês Ernesto Chardron, caixeiro da Livraria Moré, ganha a lotaria e cria o espólio editorial e livreiro que viria a preencher as estantes da Lello.
Tendo por base os perfis do editor de Eça traçados por Ramalho Ortigão, nas «Farpas», e de outros documentos históricos, o visitante ficará a conhecer, pela voz de Ernesto Chardron e da cozinheira de Genelioux, todos os segredos do Porto da época, os pratos favoritos da burguesia portuense e a história de como um estreante livreiro conseguiu publicar as obras de Camilo Castelo Branco.
De entre as várias exposições que se apresentam no sábado, pode destacar-se «Mais de um Século de Literatura», que reúne primeiras edições das principais obras da literatura portuguesa publicadas nestes últimos 112 anos, muitas autografadas pelos autores.
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