Dia Mundial do Livro: 6 sítios no Porto para ler um livro e beber café

Veja nesta fotogaleria as sugestões da Evasões

Flanêur

Pode ser uma das mais recentes no mercado livreiro portuense mas é já considerada uma das mais bonitas livrarias do Porto. Instalada numa divisão de um antigo palacete, a Flanêur faz com que os seus clientes se sintam em casa.

Não apenas pelo espaço convidativo e, claro, pela cuidada seleção dos livros, onde se privilegiam escolhas sem inquietações comerciais. A literatura e a comida sempre mantiveram boas relações e a Flanêur, um projeto de Cátia Monteiro e Arnaldo Vila Pouca, não esqueceu esse pormenor.

Café e chás e bolos caseiros são servidos diariamente, mas aos sábados a cafetaria é palco de brunchs temáticos. Recomenda-se reserva, são muito concorridos.

(Fotografia de Artur Machado/GI)

Chiado Café Literário – Casa da Boavista

Ainda é um segredo bem guardado mas tem tudo para andar nas bocas do mundo. Quem pode resistir ao charme de uma casa do século XIX recheada de livros? Livros mas não só.

A Casa da Boavista – Chiado Café Literário tem um serviço de cafetaria-bar que serve almoços e lanches numa ementa definida pela casa-mãe, a editora Chiado, mas “tudo artesanal” e preparado pelos dinamizadores do espaço, Luís Pires e Sofia Pinto - aos hambúrgueres e tostas, acrescentou-se a portuense francesinha.

À noite, transforma-se num bar com um leque alargado de bebidas. Se a editora lhe dá o nome, a oferta de livros vai muito para além dos seus títulos, com lugar também para a venda de obras usadas.

São 12 salas (!) que acolhem lançamentos de livros, exposições, workshops, tertúlias, concertos, merchandising e um espaço infantil.

(Fotografia de Rui Oliveira/GI)

Alambique

Susana e Luís Félix, irmãos e sócios juntamente com as respetivas caras-metade, pensaram o Alambique como uma extensão das suas próprias casas e conceberam de raiz a decoração deste espaço de inspiração vintage.

As estantes dos livros são feitas com tubagens de canalização, a madeira das prateleiras foi envelhecida por eles e há uma escada de madeira que foi trazida de uma centenária drogaria lisboeta. Há objetos, muitos, à venda. Artigos em segunda mão e outros na mesma onda retro. A seleção de livros, aos quais o olhar não consegue escapar, não se preocupa em seguir as grandes novidades editoriais.

Também no serviço de cafetaria preferem ter “pouca oferta mas de qualidade”. O café é de torra artesanal e artesanal é também a cerveja. A tarte ou o bolo são “sempre na onda do caseirinho”.

Rua Formosa, 214 (Baixa), Porto

Tel: 223246277. Web: facebook.com/alambiqueporto

Segunda a sábado, das 10h00 às 19h30

Manifesto

Saltam à vista o espaço luminoso e a decoração minimalista. A Manifesto é um quiosque, stand de café e galeria onde a expressão carpe diem é levada à letra. Esta associação cultural sem fins lucrativos criada pela Nomad (Agência de Viagens de Aventura e Exploração) convida as pessoas a abrandar e a refletir, com tudo o que está lá dentro empurra-nos para isso, explica Luís Tiago Costa, um dos mentores do projeto.

O quiosque é especializado em publicações independentes, muitas delas de novos editores, em torno de temas como a arquitetura, design e arte, viagem e exploração. Viajar é fruir e no “drip coffee stand” do Wanderlust Coffee Lab, o café de filtro demora 5 a 7 minutos a ser preparado. Para acompanhar, bolachas de aveia e flor de sal ou de chocolate e coco.

A fotografia documental ganhou aqui um espaço de eleição. Atualmente, a galeria expõe uma retrospetiva das melhores imagens da National Geographic Portugal.

(Fotografia de Rui Oliveira/GI)

Almanaque

Assume-se como ponto de encontro para os amantes do café em movimento mas também para aqueles que procuram um espaço sossegado onde possam folhear um livro ou uma revista, alheados da espuma dos dias. É aparentemente pequeno, mas uma breve exploração do Almanaque revela duas salas, um pátio exterior e um jardim. Gracinda Ribeiro, a proprietária, não hesita em classificá-lo como um «espaço familiar».

Não por acaso, os vizinhos da Faculdade de Belas-Artes já o adotaram como uma segunda casa. Na sala dianteira, um escaparate exibe exemplares da imprensa diária e semanal e uma série de revistas sobre arte, arquitetura, design ou cinema, disponíveis para consulta e venda.

Há sempre bolos caseiros e o refresco do dia, para além de uma série de bebidas com o café como mote, todas disponíveis no conceito "coffee to go".

(Fotografia de Rui Oliveira/GI)

Espiga

Há muito que no Espiga se fazem, todas as quintas-feiras, “Viagens ao Mundo (sem sair do sofá)”, evento em que um viajante conta a sua experiência num qualquer lugar do planeta. Inês Viseu sempre quis vender livros e decidiu não se ficar pela vontade e pôr mãos à obra para dar à luz a livraria de viagens Muita Terra, que acrescentou mais uma valência a este espaço de galeria-bar e jardim onde se servem lanches e jantares.

A biblioteca, que está “a colecionar quilómetros em palavras”, inclui relatos de grandes autores, obras sobre países ou cidades, viagens ficcionadas em territórios reais ou os inevitáveis guias.

Para que não fique de barriga vazia, o Espiga prepara tostas de pão alentejano com tomate e presunto ou alheira (vegana ou de caça) e tem uma lista de sumos naturais. Ao jantar, o Bacalhau à Espiga tem-se revelado um dos pratos favoritos dos clientes.

(Fotografia de Rui Oliveira/GI)