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12 motivos para passear no novo Eixo Central de Lisboa

Veja nesta fotogaleria 12 restaurantes e lojas para conhecer no requalificado eixo central de Lisboa
Terraço do Marquês Nada como começar pelos espaços que abriram portas desde que as obras arrancaram, em maio do ano passado. Com vista para a estátua com o mesmo nome, o Terraço do Marquês deu que falar no verão. Substituiu um antigo quiosque, no início do Parque Eduardo VII, e encantou os clientes durante os jogos do Europeu com o seu ambiente cosmopolita, os cocktails e os petiscos. (Fotografia de Gonçalo Villaverde)
Choupana Caffé Há cafés e grande variedade de bebidas quentes para provar, uma mercearia, uma esplanada interior e alguns dos mais afamados croissants de Lisboa a repousar sobre o balcão. (Fotografia de Orlando Almeida/GI)
Aron Sushi Inicialmente destinava-se apenas a takeaway, mas a proximidade do Mercado 31 de Janeiro (onde está inserido) e a espaçosa cozinha levaram o sushiman a querer repetir a receita do original, junto à Fundação Calouste Gulbenkian. (Fotografia de Paulo Alexandrino/GI)
Pastelaria Versailles O estilo francês e clássico continuam a convidar o visitante a entrar na quase centenária Pastelaria Versailles. No interior não faltam as montras de doçarias, salgados, os momentos para chás, mas também para refeições rápidas. (Fotografia de Paulo Spranger/GI)
Nómada Por detrás deste espaço estão dois antigos chefs do conceituado Sushic, que continuam a explorar aqui a especialidade japonesa, além de outras alternativas para quem não é apreciador. Sem esquecer a boa carta de vinhos e os jantares vínicos, departamento do sommelier Giscar Müller.
Casa-Museu Anastácio Gonçalves Também conhecida por Casa-Malhoa, este espaço conserva o seu prémio de arquitetura Valmor e ainda o vasto espólio do colecionador de arte e médico-oftalmologista Anastácio Gonçalves.
L'Éclair O nome não engana e é mesmo a doçaria francesa que se encontra no interior. Há éclairs de vários recheios e sabores, que vão mudando consoante a estação do ano, para além das versões salgadas.
Glam-O-Rama Na Rua Viriato, cujo trânsito flui agora pela direita na sequência da requalificação do eixo, está a Glam-O-Rama, no número 12. Uma loja de rock, metal e música alternativa, que vende e compra discos de vinil, CD e DVD. (Fotografia de Orlando Almeida/GI)
Bar Panorama Foi em tempos o edifício mais alto de Lisboa, mas a incrível vista dificilmente terá superação. O Bar Panorama do Hotel Sheraton Lisboa fica no 26.º andar da unidade hoteleira, e dali o olhar pode estender-se até à Ponte 25 de Abril. Cenário para se apreciar à noite, com música de fundo, e de cocktail na mão.
Rabo d'Pêxe O nome do restaurante é uma clara alusão à freguesia de Ribeira Grande. Traz a carne e o peixe dos Açores e aventura-se também pelo sushi.
Bar do hotel Evolution O hotel Evolution dá nas vistas à noite pelas cores que incendeiam o bar futurista no rés-do chão, a fazer lembrar que na unidade se respira tecnologia. Está voltado para a movimentada Praça Duque de Saldanha, cujo passeio cresceu agora com o encerramento dos acessos da Avenida da República à Praia da Vitória. (Fotografia de Orlando Almeida/GI)
Loja dos Açores No interior, há música popular do arquipélago a tocar e fileiras de produtos açorianos. Do queijo aos iogurtes, passando pelos chás Gorreana, aos caramelos das Furnas e bolo lêvedo, há sempre muito por onde escolher.

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«Porque há uma 2.ª Circular? Porque a primeira já existiu e passava aqui, na Duque de Ávila. Era a estrada da circunvalação que começava na zona de Alcântara e terminava em Santa Apolónia.» Quem vai desfiando a informação é Ernesto Jana, do Gabinete de Estudos Olisiponenses, num passeio informal pelo requalificado Eixo-Central de Lisboa, recuando a uma altura em que as chamadas Avenidas Novas ficavam fora dos limites da cidade.

A rápida expansão só se iniciaria na segunda metade do século XIX. A Avenida da Liberdade era pensada pelo engenheiro Ressano Garcia, que daria nome a outra avenida, hoje conhecida como da República. A estátua do Marquês de Pombal não estava ainda na praça, mas existia já em frente um grande parque com um lago à entrada – que à data se chamava Liberdade e não Eduardo VII. E até Entrecampos estendiam-se os campos.

A realidade mudou no início do século seguinte, quando o verde deu lugar a palacetes e prédios de rendimento. «Toponímias como Escadinha, Travessa e Beco, tradicionais da Lisboa antiga, são aqui substituídas por praças, ruas e avenidas», lembra Ernesto. Em 1910, a Avenida Ressano Garcia é rebatizada para República e surge uma paralela com o nome 5 de Outubro, a imortalizar a queda da monarquia.

As residências abastadas começam a surgir alguns anos antes. Como a da Viscondessa de Valmor, de 1906, que leva o selo do prestigiado prémio de arquitetura com que partilha o nome, tal como outros edifícios nas ruas adjacentes. De facto, é difícil encontrar tamanha concentração de Prémios Valmor numa só área lisboeta. A melhor forma de os conhecer é a pé ou pela nova ciclovia que percorre o Eixo Central, passando pela «montra de estilos arquitetónicos de várias épocas», como descreve Ernesto. Desde os mais antigos, como o Palácio dos Galveias (hoje biblioteca municipal); continuando pelos de início de século XX, como a Casa-Museu Anastácio Gonçalves; até aos modernos, representados por Ricardo Bofill, que obteve um Valmor com o Atrium Saldanha, ou Tomás Taveira.

Por estes dias, as obras do programa «Uma praça em cada bairro», iniciadas em maio do ano passado, já terminaram. Menos estacionamentos, é certo, mas maior perímetro de passeio. E uma ciclovia que liga as avenidas Fontes Pereira de Melo e da República à renovada Praça Duque Saldanha, que agora convida o transeunte a circular. É partir à (re)descoberta e estrear o novo Eixo Central de Lisboa.

 

 

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