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Loa: Uma loja em Belém para ficar com os azeites

Veja mais imagens da loja Loa nesta fotogaleria. (Fotografias de Paulo Spranger/GI)
Andreia Alves e Ricardo Faria, donos da Loa.
A loja dedicada ao azeite fica no bairro de Belém.
Uma das experiências possíveis na Loa é a prova de azeites.
A prova pode ser acompanhada com pão, dada a intensidade do sabor.
Cada garrafa conta uma história e todos os azeites da loja são portugueses.
A loja vende cremes para barrar.
Estas colheres de pau são feitas a partir de raízes de oliveira.
Muitos dos azeites vendidos na Loa são de pequenos produtores.
A Loa vende ainda sabonetes de azeite do Alentejo.
A variedade de azeites da loja é considerável.

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Como se costuma dizer, em bom português, «os olhos também comem» e na Loa não é pouco. Podiam beber, é verdade, até porque diante da entrada estão um par de prateleiras onde se alinham garrafas de azeite, vestidas com embalagens que podiam ganhar prémios de design. Algumas já ostentam medalhas internacionais, como a Olmais, nascida em Trás-os-Montes, e que arrecadou logo no seu ano de estreia no mercado 10 prémios vindos de fora, de países como o Japão, Israel e Estados Unidos ou cidades, como Londres e Atenas. Ao lado está Angélica, com a fotografia da avó de Gonçalo Rosa da Silva, o neto que decidiu dedicar-lhe um azeite feito a partir de variedades galega, cordovil e verdeal, em Moura, no Alentejo.

Há uma história por detrás de cada um destes azeites, todos portugueses, virgem extra premium e alguns inclusive com selo DOP. Quem as ajuda a contar são Andreia Alves e Ricardo Faria, que de um blogue dedicado às particularidades do azeite passaram a este espaço dedicado ao «sumo de azeitona», como Andreia lhe chama. «Gostamos de comer bem, de estar à mesa com os amigos e sempre tivemos algum interesse e cuidado no momento de escolher um azeite. Muda completamente um prato», explica. O empurrão que faltava surgiu quando Ricardo, cansado do trabalho como engenheiro civil, resolveu dar o passo em frente.

Foram a lagares, conheceram pequenos produtores, fizeram formações, partilharam receitas e cozinharam muito. Desmistificaram o produto – a importância da acidez, o significado de refinado – e até o beberam, como se faz nas provas oficiais, nos copos azuis que não deixam perceber a cor do líquido. É uma das experiências que têm para oferecer a quem os visita na Loa (Loucos por Azeite), em Belém. Aquece-se o copo com a mão, agita-se e bebe-se, sentindo o doce na ponta da língua, a amargura de lado e o picante ao fundo da garganta. Não é para todos, como diz o casal, e por esse motivo há sempre pão para fazer a prova.

Além das garrafas encontram-se nesta loja de azeites outros produtos que prendem os olhos. Como as colheres de pau feitas a partir de raízes de oliveira, os sabonetes de azeite do Alentejo, bolinhos, chocolates de azeite, infusões de oliveira, queijo curado e conservado no líquido dourado e até um creme para barrar. Difícil é não ficar louco por azeite.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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