Pizas de um campeão e novos hambúrgueres em duas casas de Ponte da Barca

Novos hambúrgueres junto ao rio

Giradiscos é a nova hamburgueria de Ponte da Barca, numa homenagem aos diners americanos e à década de 1950. Na margem do Rio Lima, servem-se hambúrgueres de carne angus, cachorros e gelados caseiros, entre imagens de Presley e Monroe.

Pelas paredes, há fotografias de Elvis Presley e Marilyn Monroe, anúncios de publicidade e posters de clássicos de cinema como “Singin’ in the Rain”, que nos transportam para a década de 1950. O novo restaurante de Ponte da Barca é uma clara homenagem aos típicos “diners” americanos, para “trazer algo diferente à vila e oferecer algo que ainda não existia”, explica Vera Bettencourt, dona do Giradiscos, vizinho do Vai à Fava, o restaurante vizinho aberto há sete anos.

No espaço com dois pisos, onde funcionou em tempos um conhecido bar de música ao vivo, o som é agora outro: servem-se cinco variedades de hambúrguer, todos com carne angus e um vegetariano. O mais clássico é o The Great Pretender, com queijo, bacon, alface e batata palito e o Rock Around The Clock pisca o olho à francesinha, levando linguíça, ovo, quejo, alface e cebola caramelizada, podendo adicionar-se o tradicional molho da sande portuense. Há ainda cachorro quente, asinhas de frango e salada com tiras de frango grelhadas, alface, feta e passas. As opções escolhem-se numa carta impressa num vinyl e todas têm nomes de músicas da década de 1950, com Código QR que permite ligação ao respetivo tema no YouTube, para inspirar e entrar no espírito, no interior ou na esplanada junto ao Rio Lima. Depois, o caminho segue mais doce, entre o bolo de chocolate, panquecas e gelados.

“Sempre quis ter uma hamburgueria. Toda a gente gosta de hambúrgueres”, explica a dona, moçambicana que chegou a treinar equipas de futsal femininas e masculinas em Lisboa, antes de se fixar em terras barquenses, onde preside a Associação Desportiva de Ponte da Barca. A partir de 14 de maio, reabre o seu Vai à Fava, onde servirá petiscos como crepes de sardinha, folhados de alheira com maçã, bife de atum, caril de camarão ou bacalhau no forno.

As pizas de um campeão nacional

Há meia década que Fernando Almeida serve pizas napolitanas, leves e fofas, no seu Di Nando, em Ponte da Barca. Um percurso que já lhe valeu prémios cá e lá fora, na cozinha e no desporto.

Já levou o primeiro prémio entre os pizzaiolos portugueses no Campeonato Mundial de Piza em Parma e venceu também o prémio para Piza Mais Bela no II Campeonato Português de Piza. Estes e outros triunfos decoram as paredes do Di Nando, com certificados e placas congratulatórias. Aos 39 anos, é neste restaurante aberto há meia década que Fernando Almeida – lisboeta e agora barquense de adoção – expressa a sua paixão pela piza napolitana, com massa alta e fofa e uma côdea arejada. A massa chega a fermentar 36 horas, tornando-as suaves e de fácil digestão.

Entre as três centenas de pizas de três tamanhos diferentes, que casam ingredientes DOP italianos e os frescos locais, há combinações para todos. Casos das premiadas Bella (tomate, mozarela, curgete, beringela assada, espinafres, ricota, parmesão) e Suprema Di Salmone (tomate, mozarela fresca, rúcula, mozarela fumada, tomate-cereja, ovas, salmão), numa carta onde cabem lasanhas à bolonhesa, canelones de ricota e espinafres, o pão de alho e a focaccia de rosmaninho caseiros ou a pizette, os pãezinhos de piza frita que vão reforçar a carta. Mais recentemente chegaram os donuts com massa de piza e cobertura de chocolate e as bolas de Berlim sem creme.

Numa noite forte, já chegou a servir 130 pizas, entre as mesas do restaurante e o serviço de takeaway, que concilia com a entrega própria num raio de cinco quilómetros. Mais confiança e experiente do que nunca, Fernando Almeida tem vontade de voltar às competições. “Quero ser sempre o melhor que posso ser”, explica o dono, que chegou a ser atleta de alta competição e campeão nacional na corrida de 800 metros. Uma lesão no pé trocou-lhe as voltas, mas as pizas que faz hoje compensam o episódio.