Golden Sushi: o novo japonês sem tabus na Baixa

José Delgado parece sentir-se em casa. Na cozinha do Golden Sushi tem espaço e «à-vontade para experimentar coisas novas». «Tenho estado a fazer pratos mais ao meu estilo, à minha maneira», diz o sushiman de 24 anos, cuja «experiência não advém da idade», assegura, ou já não tivesse passado por várias cozinhas até trabalhar no Yakuza, onde expandiu os seus conhecimentos de sushi tradicional e de fusão. Os que pratica hoje com especial respeito pela história dos pratos e pelas matérias-primas.

O peixe português é comprado fresco no Mercado 31 de Janeiro; outro chega de um fornecedor nipónico. Com eles, José Sushiman (como também é conhecido) elabora um uramaki com tempura de camarão em pão ralado japonês, maionese picante, alho francês e ovas de peixe-voador com tinta de choco. Ou um tataki de atum selado em que se sente a textura do peixe, o óleo de sésamo e o picante das sete especiarias togarashi.

Na carta também há sashimi de peixes laminados, como salmão, atum e peixes brancos, hossomaki, hot rolls e ostras. Estas, curiosamente, estendem-se às sobremesas, em gelado, numa tarte de melão merengada, mas a mousse de chocolate de wasabi prometida para entrar na carta poderá roubar-lhe o protagonismo.

O sushiman foi convidado para liderar a cozinha do Golden Sushi quando Pedro Correia, um dos proprietários, com vasta experiência na restauração e bares, decidiu avançar com um restaurante próprio, em conjunto com o amigo e sócio Pedro Pratas. Moveu-os o objetivo de proporcionar uma mesa japonesa de referência em Lisboa, cuja carta de vinhos é da própria garrafeira do hotel. E também a ambição de «acabar com o tabu de vir comer a um restaurante de hotel», praticando preços mais competitivos. Tudo para fazer brilhar este novo ponto no mapa do sushi lisboeta.

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