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Comer em conta em Gaia: sabor e ambiente familiar na Rota dos Petiscos

Neste restaurante, os petiscos portugueses são a oferta principal. (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

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Não fosse o confinamento causado pela pandemia, e teria havido uma pequena celebração no dia 1 de maio. Afinal, o Rota dos Petiscos, das irmãs Beatriz Santos, Filomena Amorim e Paula Sá atingiu o marco dos 20 anos de existência, mas a funcionar apenas com takeaway. O serviço não existia antes, mas a força das circunstâncias fez a casa adaptar-se aos tempos. E correu tão bem que o serviço acabou por ficar, mas o foco continuam a ser as refeições servidas no interior desta casa, aberta por Paula.

A mais nova das três irmãs trabalhou no grupo Ibersol, na cantina da Escola Superior de Jornalismo e teve um snack-bar em Santa Marinha. Quando ponderou mudar de rumo, a irmã Beatriz, que trabalhava ali em Perosinho, falou-lhe daquele espaço – na primeira visita, Paula apaixonou-se “pela pedra e pelo balcão”, e criou o lugar tal como é hoje.

Ali, serve-se comida tradicional portuguesa confecionada por Filomena, e doces feitos por Paula. As receitas são repescadas de memórias de infância (como os rojões com castanhas e o arroz de pato) e ainda experiências bem sucedidas, caso do bacalhau com broa.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Estas especialidades da carta podem, ou não estar no menu de almoço que, diariamente, contempla duas opções – uma de carne e outra de peixe -, com um preço imbatível. Há ainda três alternativas, para não cansar quem lá vai, com o serviço à carta a fazer-se apenas ao jantar. Os clientes são sobretudo trabalhadores das empresas da zona, alguns que já ali vão desde a abertura. “Já sei o que comem e o que bebem”, garante Paula, bem-disposta.

Peixe grelhado, costelinhas, pataniscas de polvo com arroz do mesmo e assados diversos são alguns dos pratos que podem constar nas opções, com a exceção do arroz de pato, que por ser tão pedido, ficou sempre à sexta. “Feito à antiga”, conta Filomena, o prato exige horas de confeção – três delas para estalar a cebola -, mas só assim ele fica “escurinho”, já que não se saltam etapas com o uso de molho inglês ou de soja.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

A contrastar com este clássico, surge, na carta, a francesinha folhada, uma novidade da reabertura, que está a sair bem. Destaca-se também o polvo, em filetes ou grelhado, os secretos de porco preto, “elogiados por quem os come no Alentejo” e o bolo de bolacha, que tem segredo.

Todos estes pratos provocam alguma surpresa a quem ali espera encontrar uma série de petiscos, tal como sugere o nome do restaurante. Há alguns, como as azeitonas, os queijos e os enchidos e as saborosas pataniscas, mas não são a principal oferta.

A verdade é que o nome foi herdado de um outro negócio que já ali existia, tal como os azulejos azuis e brancos da sala do fundo – uma referência às cores da bandeira de Perosinho, e não futebolística -, as mesas e as cadeiras de madeira, o balcão e o gradeamento que o adorna, vindo do jornal O Primeiro de Janeiro. Já o quadro onde se observa um pôr-do-sol foi pintado e oferecido por uma cliente, exemplo de cumplicidade construída ao longo dos anos.

 

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Morada
Rua 25 de Abril, 353, Vila Nova de Gaia (Perosinho)
Telefone
927721375
Horário
De segunda a domingo, das 12h às 15h, e de quinta a sábado, das 19h30 às 22h30. Encerra de domingo a quarta, ao jantar.
Custo
() Preço médio: 7,50 euros (almoço); 16,50 euros (jantar).


GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245