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Comer em conta: Chão de Pedra, a casa de Lisboa que soma quatro gerações

Chão de Pedra. (Foto: Diana Quintela/GI)

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Começou por ser as cavalariças de um quartel de bombeiros, mas há 96 anos que este espaço está nas mãos da mesma família. Inicialmente, e durante largas décadas, funcionou como casa de pasto, mas hoje é David Miguez e os irmãos, Tiago e Bernardo, que dão continuidade ao legado e esforço originado pelo bisavô e avô galegos, ambos António. “Vieram dos arredores de Pontevedra para cá sem nada e construíram tudo do zero. Nós só tentámos aproveitar bem o que eles deixaram”, explica David, o homem à frente do Chão de Pedra, o restaurante do Rato que soma uma década apoiado na cozinha portuguesa, estendida no prato em doses bem servidas.

O nome já não é partilhado com o do espaço original e centenário, mas ainda muito se mantém dessa era. Não só o chão e as arcadas em pedra como algumas das mesas e o balcão negro em mármore atrás do qual se avista a cozinha. A bom ritmo saem alguns dos pratos que compõe os menus de almoço mais acessíveis durante os dias úteis, que só se retraem no preço e nunca na dose.

A trouxa de bacalhau com farinheira, um dos pratos clássicos desta casa situada no Rato. (Fotografias: Diana Quintela/GI)

A mousse de caramelo é uma das sobremesas da casa.

Por onze euros, prova-se um dos pratos principais do dia, opta-se entre sopa e sobremesa e escolhe-se uma bebida (cerveja, limonadas ou refrigerantes). Alguns pratos vão rodando, como o salmão com puré de cenoura e alho francês ou o Brás de alheira com espinafres. Outros são presença fixa, como acontece com a trouxa de bacalhau com farinheira e o folhado de galinha com amêndoas torradas, sempre acompanhados de salada e ambos envoltos numa crocante massa filo. Curiosamente, são duas das especialidades da casa e estão na curta mas eclética carta desde o início do restaurante.

Nas sopas, a inspiração vai variando – da canja à de feijão e de melão com bacon crocante -, e nos pontapés de saída o destaque vai para a mousse de caramelo com amêndoas, tão cremosa que está a meio caminho entre uma mousse e uma baba de camelo.

Há quase 100 anos que este espaço está sob as mãos da mesma família.

David Miguez é um dos três irmãos que à frente do Chão de Pedra.

Fora do menu, brilham outras propostas como a corvina com espinafres e broa em cama de batata-doce ou o peito de pato com arroz de café, nozes, puré de nabo e ameixa seca, dois dos pratos de eleição de David Miguez, ele que cresceu nesta rua do Rato, tanto nos bastidores da casa de pasto como na casa dos pais, na mesma artéria. Ao longo dos anos, a dedicação deste formado em Gestão Hoteleira tem colhido os seus frutos, tendo já servido quase uma centena de jantares na mesma noite. Não é por acaso que se lê numa das paredes uma frase forjada a ferro: “Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia vou construir um castelo”.

Menu de almoço a 11 euros

Inclui sopa ou sobremesa, prato principal e bebida.

Especialidades: trouxa de bacalhau com farinheira; folhada de galinha com amêndoas torradas; brás de alheira com espinafres.

Sobremesas: leite creme; mousse de caramelo.

 

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