Publicidade Continue a leitura a seguir

10 restaurantes para comer bem a uma hora do Porto

Percorra a fotogaleria para conhecer 10 restaurantes para comer bem a apenas uma hora de distância do Porto. Na fotografia: o arroz de cabidela do restaurante Uma Casa de Campo, em Vila do Conde. (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)
01. Sara Barracoa (Vila Nova de Famalicão) Na praça Dona Maria II, um dos principais polos culturais e comerciais da cidade, tem morada um restaurante que atrai habitantes locais e visitantes há várias gerações, atraídos pelos pratos tradicionais, a confeção caseira e o ambiente familiar, sem maneirismos. O nome é Sara Cozinha Regional, mas há muito que se tornou conhecido por Sara Barracoa. «O meu avô tinha uns barracos onde guardava os cavalos que usava para fazer o transfer da estação, e a minha mãe ficou conhecida por Barracoa», explica Fernanda Dias, a atual proprietária do restaurante de família. Aqui, serve-se comida regional minhota e o local é ainda conhecido por ter sido ponto de paragem de Camilo Castelo Branco, na taberna que ali existia.
01. Sara Barracoa (Vila Nova de Famalicão) A sala com ar rústico, onde o tempo parece ter parado, recebe clientes que vêm à procura dos pratos saborosos e de doses generosas do Sara. Filetes de pescada com salada russa, vitela assada, cozido à portuguesa e os rojões à minhota, que são premiados «em todos os concursos que participam», garante Fernanda, são algumas das especialidades. Mas vale ainda a viagem pelas doces sobremesas, caso do pudim de ovos ou do pão de ló, também feito aqui, e, claro, o vinho verde, presença quase obrigatória em qualquer casa minhota. (Fotografias de Rui Oliveira/GI)
02. A Carvalheira (Ponte de Lima) Se há mesa que vale uma viagem mais demorada é a do restaurante A Carvalheira, uma referência na região há mais de 20 anos. É sítio para se fazer uma refeição sem pressas, em família, ou até a dois, acompanhada pelas referências de uma garrafeira eclética e generosa. O restaurante abriu portas em 1995, em Arcozelo, nos arredores de Ponte de Lima, e deve o nome ao carvalho que guardava a pequena casa, mas desde 2014 que está instalado numa quinta em Fornelos, do outro lado do rio. Mudou de morada mas foi apenas isso. As paredes de pedra rústica são outras, e a lareira outrora assente no centro da sala, está agora à entrada, a aconchegar quem aqui chega em dias frios. A comida, essa, mantém-se a mesma que já habituou tantos clientes fiéis aos sabores da região. «A Carvalheira nasceu com a cozinha tradicional e continua, a nossa ementa é fixa e nunca mudou em 23 anos», garante José Gomes, o proprietário.
02. A Carvalheira (Ponte de Lima) Os pratos são do receituário da irmã, Maria Teresa, que os prepara como antigamente. É o caso do bacalhau com broa, o pernil e o cabrito assados, ou a lampreia - quando a há - e o arroz de sarrabulho típico desta terra, servido com rojões. A espetada de lulas e o robalo na caçarola com amêijoas são outras alternativas à carne e que não deixam nada a desejar. A abrir a refeição a alheira com legumes e broa acomoda o estômago para a escolha que se seguir, e o pudim abade de Priscos, o delicioso bolo de bolacha ou a pêra borrachona terminam o momento na perfeição.
03. Adega Regional Quelha (Amarante) A Adega Regional Quelha, no centro de Amarante, começou por ser uma tasca com 56 metros quadrados, que servia vinho de pipa e petiscos. Agora, que acaba de completar três décadas, é um restaurante com quase o triplo da área, focado na cozinha tradicional, mas os vinhos da zona continuam a ter lugar de destaque, e o tinto bebe-se por uma típica caneca branca. «Há 30 anos, não se vendia água numa tasca, só vinho, que jorrava das pipas; as famílias e os amigos, à mesa, bebiam todos pela mesma caneca», lembra o proprietário e fundador, Agostinho Azevedo. Dessa bebida se diz que «é poesia engarrafada» - a expressão, atribuída ao escritor Robert Louis Stevenson, pode ser lida junto a um armário com garrafas. À mesa, entradas como orelheira, presunto, fígado de cebolada, moelas, petinga frita, pimento curtido ou cogumelos shitake de Amarante, confecionados segundo receita própria, preparam o caminho para os pratos mais substanciais, como cabrito, cozido à portuguesa, tripas à moda de Amarante, polvo na brasa ou aba de vitela com batatas no forno, arroz e legumes da época, que ali tem-se em conta a sazonalidade dos produtos. Maria do Carmo Azevedo, mulher de Agostinho, é quem cozinha. Das suas mãos saem também sobremesas. O torrão de ovos, por exemplo. (Fotografias de Rui Oliveira/GI)
03. Adega Regional Quelha (Amarante) Prestar atenção a cada um dos múltiplos objetos decorativos, muitos deles ligados às artes tradicionais portuguesas, pode levar o seu tempo: à entrada encontra-se uma viola amarantina, marcada por dois corações, e do teto pendem jarros, funis, cabaças e outras peças que tornam ainda mais aconchegante o espaço, escavado na rocha e equipado com mesas e bancos de madeira. «Alguns objetos são os clientes que trazem, gostam de os ver expostos», conta o dono. E o nome? Agostinho suspende por momentos o trabalho e elucida: «Nasci aqui, a 20 metros, e desde miúdo isto foi sempre a Quelha». O restaurante bem tinha ar de casa.
04. Água Pé (Esposende) No Água Pé há uma antiga prensa de espremer vinho que pertenceu ao bisavô de Rui Saleiro. Fica bem num restaurante que presta grande atenção ao vinho – tem cerca de uma centena de referências – e pratica uma cozinha tradicional portuguesa mais voltada para o peixe, que é «sempre de mar», sublinha o responsável pela casa, aberta, há dez anos, em Esposende. (Fotografias de Igor Martins/GI)
04. Água Pé (Esposende) Peixe grelhado, polvo à lagareiro e filetes de polvo com arroz de tomate são algumas das especialidades que vão para a mesa, saboreadas as entradas, que incluem camarão panado, tâmaras com bacon e bolinhos de bacalhau. O pudim com água-pé e as clarinhas de Fão (doce conventual com recheio de chila, em forma de meia-lua) completam a refeição, servida num ambiente clássico. Rui quis que o Água Pé fosse «procurado pelo serviço», não por ser «aquele restaurante com uma placa muito grande à porta». E a sua oferta não passa despercebida.
05. Uma Casa de Campo (Vila do Conde) Uma Casa de Campo com mesa farta. Eis o que esperar deste restaurante assente na cozinha tradicional portuguesa, que é um projeto de mãe e filho. Pedro Maia foi quem teve a ideia de abrir este espaço decorado com fardos de palha e utensílios agrícolas, na Junqueira, em Vila do Conde. Isabel Maia é a responsável pelos pratos que vão para a mesa, bem abastecidos. Uma dose de bacalhau à campo, por exemplo, inclui duas postas com 500 a 600 gramas cada uma. (Fotografias de Pedro Granadeiro/GI)
05. Uma Casa de Campo (Vila do Conde) Da ementa fazem parte sopa de enchidos, rojões à minhota ou posta de vitela na brasa. Ao domingo há ainda cabrito e cozido à portuguesa e, por encomenda, faz-se cabidela Pica no Chão, uma das especialidades da casa, onde também brilham moedas deixadas por clientes. Esse ritual foi iniciado por um casal em peregrinação a Santiago de Compostela, numa pausa do Caminho, que passa por ali. Abençoada paragem, mesmo que não se vá a pé.
06. Restaurante do Pedrógão (Arouca) Trutas com molho de escabeche, arroz de cabidela, cozido à portuguesa, rojões, javali assado ou em chanfana, cabrito assado e vitela assada são as especialidades do Restaurante do Pedrógão. Convém tê-las em mente no momento da marcação, porque António Quaresma e Susana Vieira só abrem a porta por reserva. É assim desde o início, em 2000. Telefona-se a agendar a data, diz-se quantas pessoas vão e o que querem comer, que o casal trata de pôr a mesa - só o faz quando espera clientes - e de a rechear. Naquele estabelecimento, tudo tem um sabor caseiro: a comida, a decoração e a localização numa das encostas da Serra da Freita, em Pedrógão, uma aldeia muito pequena do concelho de Arouca. Tem apenas três casas habitadas, uma delas a do casal, cuja atividade principal é a agricultura. Hortaliças, batatas, tomates e trutas são de produção própria. Alguma da carne também. Nas paredes da sala de refeições estão uma fotografia dos bisavós de António, que já foram «donos do lugar todo», um xaile e louças antigas de família. (Fotografias de Maria João Gala/GI)
06. Restaurante do Pedrógão (Arouca) «Este foi dos primeiros restaurantes a abrir na serra. Toda a gente dizia que eu era maluco, mas arrisquei», recorda António. Ora, o risco compensou: «95% dos clientes são de fora de Arouca. Temos um grupo da terra do leitão que vem cá só comer truta». A propósito, este é «o único restaurante em Arouca a servir truta». Também há margem para o improviso, caso algum cliente seja vegetariano, como Susana tem mostrado, por exemplo, com a sua feijoada de legumes e migas. Já as sobremesas são, essencialmente, duas: leite-creme e sopa seca, um doce tradicional da região feito com pão, água de cozer carne, açúcar e canela, que «tem muito mau aspeto, mas sabe muito bem». Algo a confirmar em qualquer dia, a qualquer hora, garante quem está à frente do Restaurante do Pedrógão: «Já servimos jantares à meia-noite. É marcar!».
07. Musgo (Aveiro) A inspiração para o que se confeciona na cozinha do Musgo vem dos quatro cantos do mundo. Sabores de Marrocos, Tailândia, Canadá ou Grécia enchem os pratos ao almoço e ao jantar neste restaurante vegano na Praça do Peixe, em Aveiro, aberto por Miguel Ataíde há cerca de um ano e meio, “para provocar o palato das pessoas de Aveiro”, diz. São muitos os turistas que cá chegam, quer pela oferta isenta de proteína animal, quer pela localização central, mas também portugueses, principalmente “do Porto e de Coimbra”, nota Miguel. Vêm por pratos como a tagine de alperce, a moussaka, o caril vietnamita, a moqueca e a jambalaya, um prato típico do estado norte-americano do Mississipi. Seja o que for, é sempre uma surpresa porque aqui não há menu. Tudo é feito no dia consoante a inspiração.Aveiro, 02-02-2018 - Musgo - Restaurante vegan e vegetariano. Todos os dias serve pratos diferentes. (Fotografias de Maria João Gala/GI)
07. Musgo (Aveiro) A acompanhar os pratos cheios de cor há vinhos veganos de várias regiões do país e sidras artesanais, numa refeição envolvida por músicas do mundo. Muito gabadas, e também rotativas, são as sobremesas, como o bolo de bolacha com manteiga de amendoim, o cheeseless cake com frutos silvestre ou o mil folhas com doce de abóbora, que faz parte de um conjunto de receitas de doçaria portuguesa tornadas veganas. Um apontamento doce para terminar uma viagem de sabores.
08. Elvira (Braga) Já lá vão 24 anos desde a abertura do restaurante Elvira e o negócio tem crescido tão bem que há oito se mudou para uma casa maior de ambiente contemporâneo e muito confortável, com quatro salas e um jardim. Este cantinho de serenidade na freguesia de Palmeira já fora do rebuliço citadino bracarense, nasceu da vontade de Elvira Silva, que depois de ter trabalhado mais de uma década em restauração, quis ter o seu espaço. E ele é hoje grande, amplo, onde de quase todas as janelas se vê o Rio Cávado que corre ali tão perto, e ajuda a compôr o cenário bonito e verdejante que se tem durante as refeições, onde brilham as sugestões de comida tradicional portuguesa. (Fotografias de Global Imagens)
08. Elvira (Braga) Arroz de grelos com filetes de polvo, arroz de robalo com gambas, bacalhau à D. Elvira, bacalhau à Braga e as carnes grelhadas, entre elas o lombo de boi, são alguns dos pratos que atraem empresários, casais de namorados e muitas famílias, sobretudo ao domingo, vindas de outras cidades. São receitas de família e feitas pela família - são as irmãs de Elvira, Glória e Otília, que cozinham, e os irmãos e uma sobrinha quem as leva às mesas. Uma das criações mais originais do cardápio é a nata de chila, da autoria de Otília, mas outras, como as rabanadas, o cheesecake de morango e o pudim Abade de Priscos também merecem consideração. Depois do saboroso repasto, o jardim chama para um passeio. (Fotografias de Global Imagens)
09. Le Babachris (Guimarães) Quando chegaram a Guimarães para abrir o seu restaurante, no centro da cidade, Christian Rullan e Bárbara Rodrigues já sabiam que não queriam fazer concorrência aos restaurantes de cozinha tradicional minhota, até porque os que existem na cidade «são bons naquele estilo». Com a experiência que têm ambos - ele na cozinha, ela na sala -, o caminho só podia ser «cozinha criativa e de inspiração«, como eles próprios gostam de definir o que sai para as mesas do Le Babachris. (Fotografias de Rui Oliveira/GI)
09. Le Babachris (Guimarães) Conheceram-se, em trabalho, na instância de esqui Le Brussel's, nos Alpes Franceses. Christian, nascido em Espanha e de ascendência espanhola e francesa, tinha já passado por restaurantes estrela Michelin como o Le Pré Catelan. A ideia de abrirem juntos um restaurante surgiu pouco depois. Procuraram espaços em Paris e no Porto. Mas foi em Guimarães que acabaram por encontrar o sítios ideal. No Le Babachris servem-se pratos de autor, de raiz mediterrânica e francesa, em formato menu (quatro ou seis momentos) que muda de duas em duas semanas. Aos sábados o destaque vai para os pratos de arroz, sempre diferentes, sempre da época.
10. Bocados (Ponte de Lima) Quem vai almoçar ou jantar ao Bocados já sabe que se vai sentir em casa. Esse é o objetivo de José António Cunha e da sua mulher Palmira Pereira que numa pequena localidade perto de Ponte de Lima abriram, já lá vão 21 anos, um espaço diferente do tradicional restaurante minhoto. Não é que não se dê destaque aos sabores da terra, bem pelo contrário. Os produtos utilizados são locais e sazonais e, por isso, as sugestões mudam diariamente, entre sabores mais tradicionais ou do mundo. Todos os dias há um menu novo - feito de cinco a sete pratinhos para degustar - conforme o que se encontra no mercado. Os produtos, esses, são trabalhados com criatividade e técnicas contemporâneas. (Fotografias de Pedro Rocha/GI)
10. Bocados (Ponte de Lima) O fator surpresa é uma das mais-valias do restaurante que só trabalha por reserva. «Temos muita gente do Porto durante o ano todo», afirma o proprietário, e durante a época da lampreia vão lá comensais de todo o país. Mais adequado para grupos de amigos e casais do que para famíias com crianças, o espaço é pequeno e quer-se intimista. Para uma longa e vagarosa refeição.

Publicidade Continue a leitura a seguir

Se é certo que no Porto e em Lisboa as ofertas são para todos os gostos, também é verdade que sabe bem percorrer uns quilómetros com o objetivo de se ter uma experiência diferente. Sugerimos 10 viagens para mimar o palato, perto da Invicta.

Percorra a fotogaleria para conhecer 10 restaurantes para comer bem a apenas uma hora de distância do Porto.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

Leia também:

Um refúgio na natureza a uma hora de Lisboa
Vila a uma hora do Porto é uma pérola por descobrir
A ‘melhor carne do mundo’ fica a uma hora e meia de Trás-os-Montes