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Toca da Raposa: Novo bar de Lisboa tem cocktails originais

Percorra esta fotogaleria para entrar na Toca da Raposa. (Fotografias Gonçalo Villaverde / Global Imagens)
O espaço abriu em junho deste ano, junto ao Largo do Carmo. (Fotografia Gonçalo Villaverde / Global Imagens)
Tudo neste bar é feito à medida, desde a decoração à farda do pessoal. (Gonçalo Villaverde / Global Imagens)
A decoração segue a mesma linha original dos cocktails: é minimalista e original, com sofás em velude verde e amarelo-mostarda e candeeiros feitos à medida para o bar. (Gonçalo Villaverde / Global Imagens)
Vale a pena uma visita até às casas de banho, onde há polaroids de amigos, familiares de Constança e de quem ajudou a criar o Toca da Raposa. (Gonçalo Villaverde / Global Imagens)
Constança Cordeiro é a bartender e proprietária do espaço. Viveu uns anos em Londres, antes de regressar a Portugal no ano passado, já com a ideia de abrir este espaço. (Gonçalo Villaverde / Global Imagens)
Cada um dos 11 cocktails está associado a animais reais e míticos. Este é o Porco - leva whisky, laranja e funcho. (Gonçalo Villaverde / Global Imagens)
Outra das opções é ficar pela mesa central de mármore, que é simultaneamente o balcão e senta 12 pessoas. (Gonçalo Villaverde / Global Imagens)
O gato dourado da sorte foi oferecido pela mãe de Constança, quando esta anunciou o regresso a Portugal. (Gonçalo Villaverde / Global Imagens)
Os animais da carta foram desenhados pelo sobrinho da bartender. (Gonçalo Villaverde / Global Imagens)
Quem entrar não vai encontrar os clássicos das bebidas, pelo contrário. Todos os cocktails são originais e levam ingredientes diferentes, como folha de figueira, flor da cenoura, funcho e cedro. (Gonçalo Villaverde / Global Imagens)

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Tudo encaixa na Toca da Raposa. Do rock português que está sempre a tocar aos pilares no meio da sala pintados a preto, dos candeeiros em arco aos sofás forrados a veludo verde e amarelo. Tudo, exceto o gato dourado da sorte, que se encontra em muitos restaurantes chineses pela cidade fora, e que aqui destoa em cima do balcão de mármore. «É uma espécie de tradição na nossa família para desejar sorte. Foi a minha mãe que me deu quando lhe disse que ia voltar de Londres», conta Constança Raposo Cordeiro. O regresso aconteceu há um ano, depois de uma temporada a viver na capital britânica, onde aprendeu quase tudo sobre destilados, infusões e fermentações, que agora põe em prática na sua Toca, no Chiado.

O projeto demorou uns bons meses a concluir e ficou a cargo dos arquitetos João Pombeiro, Carlos Aragão, João Romão e André Martins, que trataram também do desenho dos sofás e dos candeeiros. «Não dá para os encomendar, foram feitos especificamente para aqui», explica a bartender e proprietária, de 27 anos. Tudo neste bar é feito à medida, desde a decoração à farda do pessoal, não esquecendo os animais reais e míticos que dão nome aos 11 cocktails (desenhados pelo sobrinho de Constança para a carta).

São eles o corvo, o cavalo, o golfinho, a sardinha, o lobo, a abelha, a tágide, a raposa, a cegonha (sem álcool) e o porco. Os nomes são simples, mas o processo nada tem de simplificado. «Podemos pô-los na rota-vapor (que está à mostra, na janela) e destilar ou fermentar os produtos. Às vezes, é muita tentativa e erro», admite Dominik Weber, um dos «braços» de Constança, que está por detrás do balcão.

O resultado são cocktails «filtrados», sem polpas nem grumos, com sabores equilibrados, onde é possível sentir cada um dos ingredientes. «As pessoas estão habituadas a todos estes produtos, não os conhecem é em cocktails», diz a jovem. Como a folha de figueira, a flor da cenoura, o funcho e o cedro que integram as atuais bebidas, definidas pelos produtos da época.

Sempre à procura de novas plantas, Constança continua a aproveitar as manhãs para fazer o chamado foraging e procurar aromáticas na quinta de família no Alentejo, no Parque Florestal de Monsanto ou mesmo no centro da cidade. «Ainda no outro dia passei por umas flores roxas junto ao Museu de História Natural e enviei umas fotos à Fernanda Botelho, especialista em plantas, que me disse serem flores-de-viúva», conta Constança, a cientista deste laboratório onde não há caipirinhas, caipiroscas nem mojitos. E ninguém sente a falta deles.
Petiscos
Além dos cocktails, na Toca serve-se cerveja artesanal portuguesa, vinho a copo e petiscos vegetarianos criados pelo chef António Galapito, do restaurante Prado.

 

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Morada
Rua da Condessa, 45 (Chiado), Lisboa
Horário
Das 18h00 às 02h00. sexta e sábado, até às 03h00. Encerra à segunda.
Custo
(€) Cocktails a 11 euros, vinho a copo a 5 euros


GPS
Latitude : 38.7132012
Longitude : -9.14193130000001

 

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