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Sete vinhos de norte a sul a não perder de vista em 2017

Quinta de Santiago Alvarinho Monção e Melgaço branco 2015 | Quinta de Santiago Classificação: 17/20 Preço: 9,9 euros Um projecto jovem assente nos granitos de Monção, vinhas de grande talante, os vinhos não se fizeram esperar. Este é de truz, mostrando que os novos também são bem vindos nos territórios mais clássicos.
Donzel DOC Douro branco 2014 | Vinhas da Ciderma Classificação: 17/20 Preço: 9,9 euros Exploração inteligente, assente em conhecimento profundo e trabalho aturado, de solos de transição xisto-granito junto a Murça. É vinho para beber já, mas todo não, que vale a pena guardá-lo por alguns anos.
Dona Anca Reserva regional Tejo tinto 2015 | Anca Poiana Martins Classificação: 17,5/20 Preço: 30 euros Contenção na madeira dada ao vinho, esta conjugação clássica do Tejo de Touriga Nacional com Cabernet Sauvignon oferece frescura e equilíbrio notáveis. De louvar a originalidade dos vinhos desta pequena casa, perto de Tomar.
Herdade do Freixo Reserva regional alentejano tinto 2014 | Herdade do Freixo Classificação: 17,5/20 Preço: 17,5 euros Projecto em estreia, vinha perto do Redondo, com uma adega subterrânea bem equipada e pensada. Estilo robusto, taninos bem domados, represente uma nova forma de estar no Alentejo. Vinho flexível à mesa.
Automático DOC Dão tinto | Quinta do Ribeiro Santo / Carlos Lucas Classificação: 17,5/20 Preço: 11,5 euros Resposta do produtor e enólogo à tendência da produção dos vinhos naturais, que no Dão tem tudo para dar certo. Cachos inteiros, leveduras endógenas e manipulação mínima, resultam neste vinho e expressão do potencial de toda uma região.
Quinta dos Abibes Sublime 2009 | Quinta dos Abibes Classificação: 18,5/20 Preço: 30 euros É um vinho estreme de Touriga Nacional, que vai buscar frescura e elegância aos solos de grande qualidade das videiras que lhe estão na origem. Quando os olhos estão postos na Baga, está aqui um Touriga que mostra uma Bairrada diferente.
19 - Quinta do Monte d’Oiro Madrigal Viognier 2015 branco | José Bento dos Santos Classificação: 19/20 Preço: 18 euros Grande vinho, a marcar mais uma vez um standard elevado da casta Viognier no nosso país. frescura, equilíbrio e uma boca de grande complexidade. Claramente para guardar pelo menos um par de anos, e durar.

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A fileira do vinho é por definição conservadora, e com razão. Os caminhos para chegar onde se chegou representam esforço, recursos gastos e muito trabalho e cada mudança tem de ser bem pensada. Mesmo assim a mobilização é geral e a ligação da produção ao mercado e às tendências mundiais nunca tiveram tantos reflexos. Ao mesmo tempo, vive-se um ambiente de verdadeira descoberta em cada hectare de vinha, com novos perfis, experiências e enologia a proporcionar cenários inéditos. Sem nos darmos conta, apesar de conservadores, queremos a mudança.

Os Alvarinhos do Minho mais atlântico tornaram-se expressão fiel dos seus terroirs, para o que muito contribuiu a definição da região mais alargada de Monção e Melgaço. Queremos mais, assim como queremos provar mais vinhos das castas mais relevantes dos vinhos verdes. A grande ilha de xisto que é o Douro, tem os criadores de sempre e mais outros tantos, que além de transformar o douro superior, estão a olhar para detalhes como a transição xisto-granito, este a pontificar na emergente reunião de Trás-os-Montes.

A Bairrada oferece agora vinhos da casta Baga com que os antigos sonhavam e está a produzir Touriga Nacional de antologia. Claro que queremos novidades todos os anos, assim como no vizinho Dão, onde à Touriga se junta a branca Encruzado, medrando nos granitos velhos dos maciços altaneiros gelam no Inverno e abrasam no Verão. A região do Tejo, outrora Ribatejo, revela micropropriedades e nuances que nos põem a estudar de novo, como um lugar clássico de convivência de castas estrangeiras com autóctones chegou tão longe.

Devemos procurar provar tanto as grandes casas como os pequenos produtores. A região de Lisboa é um festival de terroirs com forte exposição atlântica e tem sido palco de vinhos brancos e tintos que clamam por prova e comparação com os grandes do resto do mundo. E o Alentejo, a nossa única região de vinha em extensão, trata nas palminhas as suas vinhas e gentes, com tanto por conhecer. Ficam algumas pistas para começar a exploração. Boas provas! E bom ano!