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Ode Winery: há uma nova adega com restaurante asiático, no Cartaxo

O lema da Ode Winery é fazer vinhos com mínima intervenção. (Fotografia: DR)

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Doze enormes balseiros de madeira de carvalho recebem hoje os visitantes naquela que foi, em tempos, uma das maiores adegas do Ribatejo. Fundada por uma família local em 1902 e ampliada em 2000, passou por várias fases até chegar às mãos de David Clarkin, Andrew Homan e Ana Araújo, dois australianos e uma brasileira com negócios na área do imobiliário e para quem Portugal foi uma oportunidade de expansão. Apaixonados por Lisboa e já com interesse em vinhos, assim que lhes foi apresentado o projeto, não hesitaram em agarrá-lo.

Dentro dos portões da adega, encaixada em plena Vila Chã de Ourique, encontraram todas as infraestruturas e equipamentos necessários ao arranque: a unidade de produção pronta a funcionar; o laboratório de vinhos original; uma adega subterrânea com mais de 700 barris de carvalho; e uma sala de provas minimalista, coberta de betão, com capacidade para até 16 pessoas. Para liderar a enologia convocaram Maria Vicente, enóloga com mais de duas décadas de experiência e profundo conhecimento das castas da região dos Vinhos do Tejo.

“As vinhas têm uma localização muito privilegiada, caraterizada pela riqueza de calcário no solo, um terroir que permite o cultivo de uma grande variedade de castas”, entre as quais a Trincadeira Preta é autóctone da região e Fernão Pires e Castelão duas das típicas do Tejo, diz Maria Vicente. A proximidade dos 22 hectares de vinha, distribuídos pela herdade de 96 hectares, permite que as uvas cheguem à adega no melhor estado de conservação, para a enóloga trabalhá-las segundo a filosofia da Ode: “mínima intervenção e máxima atenção”.

Para já existem apenas cinco referências (quatro brancos monovarietais e um tinto), com a promessa de lançamento de novos rótulos até ao final do ano, que incluirão também alguns blends. “Apostámos em mostrar algo fora do que habitualmente se espera destas castas”, sintetiza a enóloga. Além de estarem à venda no restaurante da adega, os vinhos biológicos integram os menus de alguns restaurantes e garrafeiras da Grande Lisboa e devem chegar em breve a outros pontos do país. Os preços de venda recomendados partem dos 18 euros.

Qualquer pessoa pode visitar a adega e provar os cinco vinhos Ode, acompanhado por um profissional que explica as particularidades e notas de cada um. Outra hipótese é fazer uma visita mais imersiva no mundo dos vinhos com a equipa de enologia. Já quem não dispensa a componente gastronómica pode juntar à visita/prova um almoço no restaurante izakaya (taberna japonesa) Cellar Door. Na cozinha está o chef japonês Kazuya Yokoyama, natural de Nagasaki, que propõe comida asiática com um toque de sabores e produtos nacionais.

Pratos de partilha como escabeche de dourada, gyosas de porco e gambas e batatas com katsuobushi (lascas de conserva de atum bonito) são algumas das criações que casam bem com os vinhos. É no restaurante, ainda, que terminam os workshops de vinhos que ensinam os princípios de uma correta degustação. Por último, há a hipótese de cada visitante fazer o seu próprio vinho, levando uma garrafa para casa. Sob as marcas Ode Winery e Ode Farm & Living, o projeto deverá ganhar um alojamento rural de luxo e outros serviços, em 2026.

 

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Morada
Rua Coronel Lopes Mateus, 13 (Vila Chã de Ourique), Cartaxo
Telefone
243142209
Horário
Visitas à adega de terça a sábado, das 12h às 16h. Restaurante, de terça a quinta, das 12h às 16h. Sexta e sábado, das 12h às 22h.
Custo
(€€) Visitas com prova a partir de 20 euros/pessoa; Preço médio do restaurante, 45 euros.

Website

GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245