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8 vinhos do norte alentejano que surpreendem

Percorra esta fotogaleria para ver as imagens e informações sobre estes 8 vinhos do norte alentejano.
Arrepiado Collection Reserva regional alentejano tinto 2015 | Arrepiado Wine & Tourism Classificação: 17,5 Preço: 30,95 euros Lote de 65% touriga nacional, 15% syrah, 10% petit verdot e 10% cabernet sauvignon. Vinho com estrutura de aço e um equilíbrio notável. A boa acidez que tem permite expô-lo aos mais difíceis desafios à mesa, com bons resultados. Estagiou dois anos em barrica.
Arrepiado Collection Reserva regional alentejano branco 2016 Classificação: 17 Preço: 18,85 euros Vinho consensual e cheio de personalidade. Vai conquistar muitos adeptos, pela combinação única de 70% antão vaz, 15% chardonnay e 15% riesling, a trabalhar bem tanto peixe assado como gratinados diversos.
AMMA Reserva regional alentejano tinto 2014 | Arrepiado Wine & Tourism Classificação: 18,5 Preço: 99,50 «Amma de amar a família e aquilo que conseguimos alcançar juntos», lê-se no contrarrótulo. É verdade que todo o vinho é resultado de amor e dedicação, este tem o cunho indiscutível da família, tanto que o nome resulta das iniciais António e Marta (pais), e Martim e Alice (filhos). Vinho maciço, copioso e que nunca perde a elegância. Para guardar por alguns anos.
Arrepiado Tradição Reserva regional alentejano tinto 2015 | Arrepiado Wine & Tourism Classificação: 18 Preço: 30,95 euros Vinho estreme da casta touriga nacional, com 18 meses de estágio em barricas de carvalho francês. O lote resulta da seleção das melhores barricas, vinho final de grande frescura e sabor acentuado. Pode beber-se desde já, mas um par de anos vai afiná-lo bem.
Herdade do Arrepiado Velho Riesling regional alentejano branco 2015 | Arrepiado Wine & Tourism Classificação: 16,5 Preço: 11,95 Tem da casta os típicos e desejáveis aromas petrolados que lhe são caraterísticos. Na boca tem toques salinos que acrescentam interesse e sentido de exploração ao conjunto. Muito bom com bacalhau à lagareiro e pratos com queijo Serra da Estrela ou Serpa.
Herdade do Arrepiado Velho Viognier regional alentejano branco 2015 | Arrepiado Wine & Tourism Classificação: 17,5 Preço: 12,80 euros Há relativamente poucos vinhos 100% viognier no país, são conhecidas as adversidades que esperam os que ousam dar o passo em frente. A vindima tem de ser feita no ponto exato de maturação dos cachos, por exemplo, o que foi conseguido neste caso, resultando num muito bom representante da casta, a reter.
Herdade do Arrepiado Velho Petit Verdot Unoaked regional alentejano tinto 2015 | Arrepiado Wine & Tourism Classificação: 17 Preço: 19,90 euros Como o nome indica, o vinho não teve contacto com madeira, com o propósito de mostrar a casta estreme que o compõe. Trabalho enológico brilhante, a domar os amargos e verdes que normalmente este tipo de uvas dá, ao mesmo tempo que abre portas inéditas de sabor, virtude do terroir de excelência de que provém.
Herdade do Arrepiado Velho regional alentejano tinto Classificação: 16 Preço: 9,45 euros Vinho 100% touriga nacional, apresenta nariz ligeiramente citrino e fortemente floral, invulgares em conjunto num vinho alentejano. Elegante e bem estruturado na boca, é uma boa solução para todos os dias, flexível à mesa.

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O Alentejo continua no topo das preferências dos consumidores portugueses e o mercado interno continua a ser mais interessante do que os exteriores para a grande fatia do território vitícola nacional. Vinhos macios e aveludados, sabor e aroma copiosos, e bons amigos da mesa são algumas das virtudes encontradas pelo mercado interno nos vinhos alentejanos.

Confirma-se, contudo, o princípio básico da exceção que faz a regra quando caminhamos para o Norte Alentejano e damos com a serra de São Mamede, Portalegre e solos únicos. É onde se encontram as influências africana, atlântica e continental na forma mais sublime, e de onde têm surgido autênticas alegrias vínicas, a encantar-nos e a levar-nos a procurar mais.

Sousel faz parte desse mundo novo que somos convidados a encontrar quando perseguimos afoitos uma paixão pelo vinho. Foi aí que em 2002 foram plantados cerca de 30 hectares de vinha nos solos eminentemente xistosos que António Antunes e família foram encontrar. Secundado pelo dueto de sonho António Maçanita, enólogo da vanguarda atual, e David Booth, viticólogo prematuramente desaparecido, António Antunes aproveitou a ocasião para pensar tudo de raiz, e tudo com um objetivo específico, um pouco à maneira do Novo Mundo, para a seleção de castas e locais de cada uma. Nas brancas foram eleitas a viognier (30%), antão vaz (22%), verdelho (15%), riesling (15%) e chardonnay (8%), enquanto nas tintas a escolha recaiu na touriga nacional (42%), syrah (18%), cabernet sauvignon (24%) e petit verdot (16%). Um elenco no mínimo original, mas que o tempo veio a ratificar como conjunto vencedor.

 

Personalidade não falta

Os vinhos estão disponíveis no mercado e falta de personalidade é coisa que não se aplica, de todo em todo, à oferta. O topo de gama dá pelo sugestivo nome de Amma, composto pelas iniciais do empresário, mulher e filhos, e é um vinho pensado para arrasar. Seduz no primeiro contacto e pede guarda em cave por muitos e bons anos. A gama Collection pretende mostrar a excelência da adequação entre terroirs e castas, há que provar e aprovar. O tinto foi de tal forma inspirador que fomos expô-lo ao desafio dos desafios, a lampreia à bordalesa. O prato está normalmente reservado aos vinhos verdes tintos ou espumantes de acidez pronunciada, mas a frescura dele fez-nos ousar e ainda bem. Sendo copioso, tem também uma capacidade de corte notável, conseguindo resolver a lampreia com segurança. O Tradição é um estreme de touriga nacional e resulta da seleção das melhores barricas. Os varietais viognier e riesling são notáveis pela franqueza com que mostram as castas de que são feitos, a ponto de nos fazer viajar sem sair do lugar. O Riesling leva-nos para o Mosela, na Alemanha, e apresenta-se com as notas patrimoniais clássicas fósseis e petroladas. O Viognier transporta-nos para os exóticos e caprichosos Condrieu, expressão suprema da casta em todo o mundo. O Petit Verdot Unoaked colheu e surpreendeu pela força com que se mostra e pelo sabor intenso que tem, quando a casta é conhecida pelos amargos pronunciados. Vinhos de grande gabarito, nada arrepiantes, antes cativantes, estes do Arrepiado. Bravo.
Arrepio saboroso
Todos os 8 vinhos presentes nesta fotogaleria surpreendem, pela intenção e foco com que foram criados e produzidos. A prova da maioria dos títulos do Arrepiado Velho mostra como denominadores comuns a intensidade de sabor e a elegância. É um Alentejo bem diferente, este que se nos abre no Arrepiado. Boas provas!

 

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