3 casas de chá para conhecer no Norte

Ana Tão | Braga
Infusões especiais e bolos caseiros

Amália dá o nome a uma das tisanas mais pedidas no salão de chá Ana Tão, que desde o ano passado faz as delícias de quem procura uma reconfortante chávena de chá e uma fatia de bolo caseiro para aconchegar a tarde. A dita infusão, criada em homenagem à célebre fadista portuguesa, é feita a partir de uma combinação de perpétua-roxa e erva-príncipe, e produzida perto dali, pela marca bracarense de chás e tisanas biológicas Hands On Earth. «Também vendemos aqui as infusões em saquinhos para quem quiser levar para casa», lembra Ana, a proprietária do espaço, de decoração elegante e com sofás para recostar a ler uma revista, com o bule por companhia.

No total, a carta de chás e tisanas ronda as 50 variedades, que vão mudando e incluem referências de marcas como a Kusmi Tea ou a Companhia Portuguesa dos Chás. A pensar no Natal, Ana já tem novidades em vista. «Vamos ter uma infusão de Natal com uma mistura de especiarias que fazem lembrar a época, e ainda o chá amarelo», uma variedade semelhante ao chá verde, mas com um processo de secagem mais lenta.
E como uma bela chávena daquela bebida pede um docinho, Ana também faz questão de ter sempre uma boa variedade. Todos os dias faz uma mão-cheia de bolos diferentes, e ainda scones, que muitas vezes saem do forno mesmo a tempo do lanche. AC

Bolo de fécula de batata
O afamado bolo de fécula é o best-seller da casa. Tem uma massa leve e fofa, e uma cobertura de coco.

Para levar
Por altura do Natal, Ana costuma vender pequenos cabazes com bolachas artesanais, um saquinho de chá ou tisana e uma caneca. Tudo o que é preciso para um bom lanche.

Doce Infusão | Aveiro
Chás 100% biológicos

Todos os chás e infusões que compõem a carta desta casa, de ambiente acolhedor, são de produção biológica. Disso se asseguram Sandra Branco e Sónia Amaro, as fundadoras do Doce Infusão, e que no final de 2017 se lançaram também na aventura de criar uma marca própria de chás e tisanas, a Rota das Cores. Começaram com apenas nove variedades, mas ao longo do tempo a lista foi aumentando e ultrapassa agora as cinco dezenas, com lugar para infusões clássicas como a de tília ou camomila, e também misturas mais criativas. É o caso do “Chá das Crianças”, que leva maçã, rosa-mosqueta, erva-cidreira, hortelã, calêndula, lúcia-lima, morango, framboesa e outras coisas boas. «Temos várias gamas, como a bem-estar que é composta por tisanas com propriedades calmantes, revitalizantes, digestivas e outras, ou ainda a gama Da Serra, de infusões portuguesas», explica Sandra.

Todas podem ser provadas à mesa daquele salão de chá, um projeto que as duas amigas iniciaram há seis anos, numa bonita casa branca bem no centro da cidade – na altura uma das únicas esplanada do largo -, onde além de servirem o chá, também o vendem em saquinhos, assim como serviços em porcelana, bules japoneses em terracota e outros acessórios.
Para trincar há sempre biscoitos artesanais, bolos caseiros à fatia, sanduíches, saladas, granola artesanal com fruta, waffles, crepes e tostas. Tudo feito na hora, como se quer. AC

Rosa Biscoito | Luso
Elegância e um doce muito especial

O Rosa Biscoito é uma encantadora casa de chá, instalada desde 2016 no espaço que acolheu o antigo café de apoio ao Casino do Luso. Claudemiro e Guida Semedo estão à frente deste espaço decorado ao estilo Belle Époque, que conserva elementos originais belíssimos como o piso em mármore, o teto de estuque, o balcão em madeira e as monumentais janelas. A carta foi pensada para responder às várias refeições do dia, já que a Rosa Biscoito está aberta das 09h às 22h, quase todos os dias, para receber lusenses, turistas e os muitos clientes das Termas de Luso, ali ao lado.

Seja pela manhã, à tarde ou depois do jantar, qualquer altura é boa para pedir um chá ou uma infusão. Ao todo, há cerca de 25 referências das marcas Chá Gourmet e Glory Tea, ambas portuguesas. As tisanas Chá Algarvio, com camomila, salva, lúcia-lima e poejo, e chá sabor de Portugal, que junta cidreira, tomilho-limão, camomila, lúcia-lima e erva-príncipe são das mais pedidas. Já o Smoothie Silvestre e o Maracujá Oriental, da aveirense Glory Tea, são dos que saem mais. Para acompanhar, os bolos caseiros ou uma das novidades: o bolo regional morgado do Bussaco, ou ainda doçaria conventual, como caramujos de Luso, nevadas de Penacova e pastéis de Lorvão. Difícil é escolher. ALS

MORGADO DO BUSSACO
Não há certezas quanto à origem deste doce bairradino, à base de farinha de noz, ovos e mel, mas pensa-se que a receita terá surgido por volta das décadas de 1930/1940, no Palace Hotel do Bussaco. Montado com finas camadas de bolo, intercaladas com doce de ovos, esta é uma delícia que vale a deslocação.