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14 azeites portugueses que vale a pena conhecer

Percorra a fotogaleria para conhecer as escolhas do crítico Fernando Melo. (Fotografia Paulo Spranger/Global Imagens)
Oliveira Ramos Premium Alentejo (500ml) | João Portugal Ramos Preço: 10 euros Classificação: 17 em 20 Cobrançosa e picual. João Portugal Ramos, enólogo e produtor de vinhos de grande gabarito, é desde há muito especialista também em azeites de elevada qualidade. Está aqui um bom exemplo dessa arte, azeite para todas as ocasiões, fresco, frutado e notas de frutos secos no final.
Luísa Pato Quinta do Ribeirinho Bairrada (250ml) | Luísa Pato Preço: 12 euros Classificação: 17 em 20 Cem por cento galega, olival centenário a bordejar os vinhedos da Quinta do Ribeirinho, terroir de diversos prodígios. Luísa Pato, filha do conhecido produtor de vinhos bairradino Luís Pato, está ligada à terra em diversas frentes e assumiu pessoalmente a produção artesanal de azeite com os resultados que estão à vista. Muito elegante, ligeiramente especiado.
Amor é Cego Alentejo (500ml) | João Miguel Rosado Preço: 8,50 euros Classificação: 17 em 20 Azeite produzido a partir de cem por cento galega, olival tradicional entre Évora e Estremoz. Consensual e preparado para enfrentar tanto saladas cruas enquanto tempero como costeletas de borrego com alho enquanto fundo de fritura.
Casa de Mateus Trás-os-Montes (500ml) | F. Albuquerque e Filhos Preço: 9 euros Classificação: 17,5 em 20 Lote de verdeal, cobrançosa, cordovil e madural, num conjunto vibrante que cai com brilho tanto numa rodela de bom tomate coração-de-boi como num bacalhau assado nas brasas. Fresco, aromas de maçã verde e rama de tomate, boca com ligeiro picante.
Esporão Olival dos Arrifes Biológico Alentejo (500ml) | Herdade do Esporão Preço: 11,50 euros Classificação: 17,5 Um azeite especial, feito de cobrançosa e arbequina, por resultar de uma abordagem de intervenção mínima no olival, seguindo estritamente as regras da agricultura biológica, e por buscar a sustentabilidade na produção. Muitas notas olfativas verdes, excelente para temperar e assar peixe.
Caixeiro Signature (500ml) | Soresa Preço: 14,50 euros Classificação: 18 em 20 Olival com mais de meio século, este azeite foi produzido a partir das variedades cobrançosa, madural e verdeal. A altitude de mais de 500 metros confere complexidade à fruta que lhe dá origem, refletindo-se num bom comportamento à mesa.
Furada Ervedosa do Douro (500ml) | Quinta da Furada Preço: 16 euros Classificação: 18 em 20 Molar, cordovil, galega, verdeal e cobrançosa. Olival centenário em Ervedosa do Douro, convive com vinha velha desde há várias décadas. Impressiona pelas sugestões de folha de figueira no nariz e pela complexidade em boca. Tudo sempre em elegância.
Angélica Alentejo-Moura (500ml) | Gonçalo Rosa da Silva Preço: 14 euros Classificação: 18 em 20 Galega, cordovil e verdeal, olival velho de sequeiro de baixa densidade. Notas frescas, de relva cortada e noz verde, a boca é rica em especiarias, terminando em complexidade. Maravilhoso e testado com pregado no forno com alcaparras.
Casa de Santo Amaro Prestige Trás-os-Montes (500ml) | Casa de Santo Amaro Preço: 17 euros Classificação: 18 em 20 Cobrançosa, madural e verdeal, provenientes de olivais centenários perto de Mirandela. Notas fortes de folha de oliveira, sugestões de azeitona fresca. Final frutado e equilibrado, sugestões de noz. Muito bom para bacalhau cozido e assado no forno.
DPC Alentejo | Daniel Proença de Carvalho (500ml) Preço: 16 euros Classificação: 18 em 20 Galega, cobrançosa e cordovil, mostra-se vibrante tanto no nariz, rico em notas frutadas e vegetais, como na boca, picante e de personalidade vincada. Excelente com carpaccio de carne e peixes fumados, assim como massas italianas.
Fio da Beira Beira Interior (500ml) | João Domingos Preço: 8,50 euros Classificação: 18,5 em 20 Produção em Sarzedas, Castelo Branco, a partir de galega e cobrançosa. Azeite muito elegante, subtil quando utilizado para temperar saladas e peixes, revela uma faceta muito atraente com bacalhau ou polvo no forno. Complexidade, especiarias abundantes.
Casa de Valpereiro Premium Trás-os-Montes (500 ml) | Soc. Agr. Alberto Manso Classificação: 18,5 em 20 Preço: 12 euros Vem de Alfândega da Fé e é um dos mais interessantes azeites em todo o país. Frutados, amargos e picantes em equilíbrio, este lote de cobrançosa, madural, verdeal e cordovil tem o perfil clássico transmontano, a um tempo sedutor e saboroso.
Principal Vintage (500ml) | Idealdrinks Preço: 24,50 euros Classificação: 18,5 em 20 Galega, cobrançosa, picual, arbequina e cornicabra, provenientes ed olivais de natureza e cultivo diversos. Resulta de uma abordagem diferente, mais se assemelhando aos vinhos do que aos azeites, pela incorporação de estágio prolongado em depósito e garrafa. Notas de banana verde e amêndoa seca, grande complexidade de boca.
Magna Olea Trás-os-Montes (500ml) | Jerónimo Abreu e Lima Preço: 17 euros Classificação: 18,5 em 20 Olival situado em Mirandela, solos xistosos, é tudo intenso neste azeite de cobrançosa, madural e verdeal, tanto os frutados como as notas picantes e amargas, construindo um edifício colossal na boca. Muito flexível à mesa e integra-se bem em cozinhados longos.

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Do muito que há a registar do que importa no azeite português, importante mesmo é que nunca em momento algum, com tanta força, se tenha manifestado o imenso talento e amor colocado num produto apenas como o nosso azeite. O sinal é francamente verde para o talento português no universo oleícola, no outrora considerado submundo dos azeites. Está mais do que na hora de acordar para um tesouro sobre o qual temos dormido.

Fizemos uma escolha, dentre as muitas que podíamos ter feito, o que só nos deixa satisfeitos e otimistas, deixamos-lhe um registo dos azeites que neste momento constituem um bom demonstrador da excelência que atingimos. O esforço neste momento dirige-se para o exercício inteiramente novo que é, antes de mais, saber onde está a excelência dos azeites portugueses.

Para a identificar é preciso, antes de mais, perceber que há dois pontos que nada têm que ver com a qualidade de um azeite: Acidez, o mito mais propalado e argumentado sem sentido na história, de que nos defendemos automaticamente com a categoria virgem extra; e a cor do azeite, que absolutamente nada tem que ver com a qualidade, aliás é até uma variável espúria na avaliação de um azeite.

Optámos por apontar alguns bons exemplos, investimentos seguros que podemos fazer, já que convivemos em casa com um azeite bastante mais tempo do que com um vinho; há que saber escolher e disciplinar o orçamento. Esperamos que seja um bom ponto de partida, sabendo que podíamos ter pelo menos o triplo dos títulos aqui mencionados. Boas provas e sobretudo boas escolhas! E, claro, parabéns ao azeite português!

Percorra a fotogaleria acima para conhecer as escolhas do crítico Fernando Melo.

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