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Serralves: serpentear na copa das árvores

Treetop Walk, passadiço no Parque de Serralves. (Fotografias de Pedro Granadeiro/Global Imagens)
O respeito pela biodiversidade é um dos pontos de destaque o Treetop Walk. Além de a construção não ter danificado nenhuma árvore, parte da estrutura foi construída com madeira reciclada de demolições e incêndios. Logo por aqui se pode começar a sensibilizar os visitantes para questões ambientais, o principal objetivo do projeto.
Os carvalhos, os cedros, as sequoias, os pinheiros e os eucaliptos são os gigantes verdes a descobrir na caminhada. Estes últimos também são mote para se abordar algumas problemáticas como incêndios em Portugal e a necessidade de preservação da biodiversidade.
O percurso tem três pontos de paragem: o miradouro sobre um lago do século XIX, o auditório para se fazer uma paragem, juntar pessoas ou repousar, e outro ponto de onde, nos dias limpos, se vê uma nesga de mar, lá ao fundo.
Casa Museu Manoel de Oliveira.
A Casa do Cinema Manoel de Oliveira, dirigida e programada pelo investigador António Preto, tem em exposição parte do acervo do realizador portuense. A seleção atualmente em mostra foca-se em projetos que Oliveira não chegou a concretizar.
Até dia 27 de outubro está patente uma exposição que se foca na ideia de “casa” no cinema de Oliveira. O filme “Visita ou memórias e confissões (1982)”, estreado postumamente, dialoga aqui com outros filmes do autor.

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Projetado pelo arquiteto Carlos Castanheiro, o passadiço ocupa uma zona do Parque que passava despercebida. O próprio admite que quando foi convidado para o conceber, tinha “a perfeita consciência de que conhecia bem Serralves”, verificando depois que não era assim. “Este espaço foi uma surpresa. Quando me pediram para pensar no percurso, imediatamente pensei em subir à copa das árvores. E o sítio é tão especial que se faz o percurso completamente na horizontal”, devido ao desnível na cota de terreno. Não há, portanto, escadas ou elevador para os visitantes, que entram passando um torniquete e logo estão nas alturas.

Ricardo Bravo, um dos responsáveis pelo Parque, realça a “perspetiva única sobre a biodiversidade” que a estrutura permite: “conseguimos ver as árvores do ponto de vista das aves que ali passeiam”, diz. Sublinha também as zonas de interesse ao longo dos 250 metros do passadiço: o lago do século XIX, a floresta autóctone, a área agroflorestal (a quinta) e os “gigantes verdes”, as árvores que fazem parte do percurso.

O parque fará visitas orientadas pelo passadiço, mas quem o quiser visitar autonomamente também o pode fazer. Se for necessária ajuda para interpretação do que ali se encontra, o visitante pode descarregar a aplicação móvel +Parque ou estar atento à sinalética distribuída pelo percurso.

A uns metros de distância do Treetop Walk, na antiga garagem do parque, fica a Casa do Cinema Manoel de Oliveira, espaço projetado por Álvaro Siza Vieira que quer ser uma homenagem ao mestre e permitir que a Fundação trabalhe com mais intensidade a área do cinema. É composto por um auditório com programação regular, apresenta uma exposição permanente e duas temporárias, sendo uma delas feita a partir do acervo, que desde 2016 se encontra em Serralves.

 

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