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As casas de fado lisboetas para visitar durante os Santos

Percorra a fotogaleria para conhecer as casas de fado. (Fotografias de Paulo Spranger/GI)
Faia Do fado tradicional às marchas, canta-se de tudo. É assim há 70 anos, desde que Lucília do Carmo abriu o Faia. O filho, Carlos do Carmo, deu continuidade ao projeto que agora é da família Ramos (pai e filhos). «Aqui, vive-se uma noite de fados onde não se chora em conjunto», afirma Pedro Ramos, orgulhoso do elenco: Anita Guerreiro, Lenita Gentil, António Rocha (rei do fado menor) e Ricardo Ribeiro. «A Anita é conhecida pela revista e pelas Festas de Lisboa. Mas, tanto canta marchas como fado tradicional. (Fotografia de Paulo Spranger/GI)
Faia Talvez por esta variedade, há muito que não temos épocas baixas», frisa o gerente, para quem a comida também é um chamariz. Assim, há pratos que não podem faltar e o bacalhau à Faia e o polvo na chapa com pimenta da terra são dois. (Fotografia de Paulo Spranger/GI)
Sr. Vinho «Uma escola de fado com uma grande professora, chamada Maria da Fé.» É assim que o poeta José Luís Gordo descreve o Sr. Vinho. Nesta casa, que fundou em 1975 com António Melo Correia, formaram-se fadistas como Mariza, Ana Moura e Camané. Hoje, os residentes são escolhidos pela sócia e companheira do poeta, Maria da Fé. E são cinco, com quatro a atuar por noite. Ei-los: Aldina Duarte, Vanessa Alves, Filipa Cardoso, Duarte e Salvação Barreto.
Sr. Vinho Na hora de jantar, da caldeirada ao bacalhau, é só escolher e degustar num ambiente com azulejos do século XIX e poemas. Aliás, foi aqui que José Luís Gordo compôs muitas das suas letras. O Até que a Voz me Doa escreveu-o na cozinha, enquanto lavava copos.
Parreirinha de Alfama «Aqui o silêncio impera. O fado é tradicional, denso e não há lugar para palminhas», explica Paulo Valentim que com Bruno Costa gere, desde 2014, a casa de Argentina Santos onde, em surdina, sempre se cantou fado. Em 1950, nasceu legalmente a Parreirinha de Alfama, com Argentina a saltar da cozinha para o palco. A diva já não está, mas a casa continua a ser de portugueses para portugueses, onde os estrangeiros são convidados.
Parreirinha de Alfama Para que a tradição não morra, por noite, atuam dois jovens fadistas e um da antiga geração. As funcionárias usam o típico avental de peitilho e folhos enquanto servem iguarias como o cabrito assado no forno. Era já assim no tempo em que Berta Cardoso ou Alfredo Marceneiro aqui atuavam.
Tasca do Chico Caldo verde, chouriço assado, pastéis de bacalhau, rissóis e um copinho de vinho. Estômago aconchegado e a voz fica pronta para trautear o fado vadio, afinal ele é o rei na Tasca do Chico. É assim há 21 anos, desde que Francisco Gonçalves, perdão, o Chico abriu a tasca. Doía-lhe ver o seu Bairro Alto estar a trocar as tasquinhas típicas por bares. Muitos lhe disseram «és maluco, estás a remar contra a maré».
Tasca do Chico Hoje orgulha-se de, com a ajuda de Alfredo Marceneiro e Fernando Maurício, ter apostado numa casa que é uma referência. O ambiente é descontraído, com lugar para o amador e para o profissional. Quantas vezes, Mariza ou Raquel Tavares saltam da plateia para acompanhar um curioso. E para o Chico, isso é que é a festa do fado.
Maria da Mouraria Maria da Severa morreu há quase dois séculos, mas na sua última habitação ainda se canta o fado. Nos últimos anos, a antiga residência daquela que é tida como a primeira grande fadista de Lisboa foi renovada pela EGEAC. Depois, entraram em cena o músico Hélder Moutinho (irmão de Camané e Pedro Moutinho), Anabela Paiva e Carlos Silva para fazer o resto: devolver-lhe música.
Maria da Mouraria A partir das 21h30, há três fadistas a atuar diariamente, aos quais se juntam por vezes alguns rostos famosos da plateia. Nas noites quentes de verão o palco transita para a esplanada, onde também se serve o extenso menu de degustação. Em alternativa, é pedir apenas o bacalhau assado da casa (21 euros) ou um prato vegetariano e um copo de vinho.
Mesa de Frades «Toalhas aos quadrados, caldo verde, xailes e fado alegre para turista». Palavras que o guitarrista Pedro Castro riscou num papel, quando há 11 anos se tornou dono da Mesa de Frades, onde Carminho foi lançada. Não gostava de casas de fado, mas apaixonou-se por esta na noite em que ali entrou. Uma antiga capela de um palácio do século XVII, revestida de azulejos, e com uma acústica de fazer inveja a muitos sistemas de amplificação. Aqui não se janta a ouvir fado, pois cada um tem o seu momento.
Mesa de Frades A partir das 20h00, há um menu único com 7 entradas, prato principal e vinho à descrição (45 euros) e, às 23h00, há que escutar. São seis dias de fado por semana, com artistas, ora contemporâneos, ora clássicos, que migraram temporariamente para a Associação Fado Casto, na Sé, devido a obras no Mesa de Frades. O regresso está prometido para julho.
Bela Vinhos e Petiscos Salada de polvo, pataniscas, choco frito, peixinhos da horta, carapaus de escabeche e chouriço. A lista é extensa porque tudo o que se serve nesta casa são petiscos...e vinho. Assim decidiu Anabela Paiva (sim, a mesma de Maria da Mouraria), com uma relação de há muitos anos com o fado. Conheceu-o no Nonó, do Bairro Alto, cujo proprietário se tornou mais tarde seu marido. E continuou a ouvir fado e a cozinhar para fadistas vida fora.
Bela Vinhos e Petiscos Há sete anos, uma mercearia perto de casa fechou e Bela decidiu abrir a sua casa de petiscos, que passou também a ser de fados. As noites são preenchidas pela voz de nomes como Maria Amélia Proença, Vanessa Alves e Filipe Duarte, mas também por serões de poesia, de música latina e cante alentejano. Uma casa bem portuguesa.
Adega Machado Tem 80 anos e é a segunda casa de fados mais antiga de Lisboa – a mais velhinha é o Café Luso, com 90. A Adega Machado, o último local onde trabalhou Alfredo Marceneiro e Amália era assídua, é hoje uma casa tradicional toda renovada. A gestão de Armando e Maria de Lurdes Machado passou, em 2009, para a Fado & Food e…tudo mudou. (Fotografia de Prisciane Sena/GI)
Adega Machado A decoração contemporânea pediu uma cozinha no mesmo tom: moderna mas com matriz tradicional na confeção e na apresentação. Exemplo disso, é o lombinho de porco preto com crosta de broa e ervas (35euros). O elenco residente também rejuvenesceu: a direção artística é de Marco Rodrigues e o palco é de Pedro Moutinho, Isabel Noronha e Bárbara Santos. (Fotografia de Prisciane Sena/GI)

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Junho é mês de Santos Populares, mas também de reviver tradições. E enquanto não chega Santo António com uma sardinha e um pão na mão, há que ir aquecendo a voz pela noite de Lisboa e celebrar um dos legados e tradições mais lisboetas que a cidade tem: as casas de fado. Mais clássicas ou mais descontraídas, mais ou menos simpáticas para a carteira, elas estão cá junho…e o ano inteiro.

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Morada
Rua da Barroca, 54-56, Lisboa (Bairro Alto)
Telefone
213426742
Horário
20h00 às 02h00. Não encerra
Custo
(€€€) 60 euros (consumo mínimo: 25 euros)


GPS
Latitude : 38.711732
Longitude : -9.144482400000015
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Morada
Rua do Meio à Lapa, 18, Lisboa (Lapa)
Telefone
213972681
Horário
20h00 às 02h00. Não encerra.
Custo
(€€) 45 euros (consumo mínimo: 25 euros)


GPS
Latitude : 38.7099339
Longitude : -9.157786200000032
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Morada
Beco do Espírito Santo, 1, Lisboa (Alfama)
Telefone
218868209
Horário
20h00 à 01h00. Encerra à segunda
Custo
(€€) 40 euros (consumo mínimo: 25 euros)


GPS
Latitude : 38.711547
Longitude : -9.128072599999996
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Morada
Rua do Diário de Notícias, 39, Lisboa (Bairro Alto)
Telefone
213431040
Horário
20h30 às 02h00. Não encerra
Custo
(€) 10 euros (sem consumo obrigatório)


GPS
Latitude : 38.71163500000001
Longitude : -9.144159899999977
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Morada
Largo Severa, 2B, Lisboa (Mouraria)
Telefone
218860165
Horário
Das 20h00 às 01h30. Encerra segunda e terça-feira
Custo
(€€) 25 euros de consumo mínimo. Menu de degustação: 45 euros


GPS
Latitude : 38.71621
Longitude : -9.134543000000008
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Morada
Rua dos Remédios, 139, Lisboa (Alfama)
Telefone
917029436


GPS
Latitude : 38.7131006
Longitude : -9.126075700000001
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Morada
Rua dos Remédios, 190, Lisboa (Alfama)
Telefone
926077511
Horário
Das 20h30 até às 03h00. Não encerra
Custo
(€€) 19 euros de consumo mínimo


GPS
Latitude : 38.7131728
Longitude : -9.12557019999997
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Morada
Rua do Norte, 91, Lisboa (Bairro Alto)
Telefone
213422282
Horário
Das 19h30 às 02h00. Não encerra
Custo
(€€€) 55 euros. Consumo mínimo: 27 euros


GPS
Latitude : 38.7122944
Longitude : -9.143813099999988