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9 quintas do Douro que vale a pena conhecer

Percorra a fotogaleria para conhecer 9 quintas do Douro que vale a pena apreciar numa visita à região. Na fotografia: a Quinta do Bomfim. (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)
01. Quinta do Bomfim Um piquenique no alto da montanha, com vista sobre o rio, é uma das experiências que a Quinta do Bomfim tem ao dispor de quem a visita. O local de eleição é a Casa dos Ecos, assente no meio da vinha, a 20 minutos a pé do complexo principal onde se dá toda a azáfama da produção, as provas e visitas guiadas ao museu e adega centenária. É propriedade da família Symington, e desde 2015 está aberta a visitantes, para que possam conhecer como são feitos os reconhecidos vinhos do porto Dow’s – foi aqui produzido o Dow’s Vintage Porto 2011, considerado em 2014 o melhor vinho do mundo, pela Wine Spectator. Porto, 12/ 09/ 2018 - Roteiro para tema de Capa sobre o Douro. (Fotografias de Pedro Granadeiro/GI)
01. Quinta do Bomfim Envelhecem na antiga adega, datada de 1896 e com um magnífico teto em madeira. Passam antes pelos lagares de produção automática. Mas tudo começa na vinha, à espera de ser explorada através dos três trilhos assinalados pelos mais de 100 hectares da propriedade. Quem quiser meter pés ao caminho recebe um mapa, cantil com água e um chapéu na receção, que funciona também como um pequeno núcleo museológico com referência às datas mais importantes da região, e onde não falta também o famoso mapa do Barão de Forrester.
02. Quinta da Roêda É pelos antigos estábulos da propriedade, agora renovados, que os visitantes começam o seu percurso pela Quinta da Roêda. O amplo espaço é utilizado como loja, sala de provas e aqui são também servidas as refeições para grupos (mínimo de 50 pessoas). Mas em época estival, o fresco terraço que se estende para lá do edíficio, quase com um pé nas vinhas, é o lugar ideal para provar os portos Croft, entre eles o Pink, que é como quem diz o rosé, a estrela do cocktail de boas-vindas dos piqueniques. (Fotografias de Rui Manuel Ferreira/GI)
02. Quinta da Roêda Estes são organizados por reserva e incluem alguns petiscos e pratos típicos, como arroz de pato ou bacalhau à Zé do Pipo. Já no que diz respeito ao local onde desfrutar destes sabores, há duas opções, no vinhedo, sob a sombra de duas oliveiras, ou no agradável miradouro com vista sobre o Douro. Terminada a refeição, ainda há muito a fazer, seja passeando pela quinta a apreciar os socalcos de vinhas velhas, ou, por altura da vindima, metendo pés ao trabalho e pisar as uvas no lagar, tal e qual se tem feito durante séculos.
03. Quinta do Panascal No final do passeio que, através de um audioguia, leva a conhecer, por entre as vinhas, a história da região, da quinta e do Porto Fonseca – aqui produzido desde 1822 –, ouve-se ao fundo o fresco correr das águas do rio Távora. Banha a Quinta do Panascal, encaixada no vale, recatada, e que esconde um acolhedor centro de visitas, de paredes em xisto, onde se provam os vinhos da casa, entre eles o porto branco extra seco Siroco, que é a base de um dos vários cocktails que aqui também se preparam. (Fotografias de Pedro Granadeiro/GI)
03. Quinta do Panascal A visita continua pela sala dos balseiros e dos lagares de granito, onde por altura da vindima se assiste a todos os afazeres típicos da época. Já a casa principal está disponível, por marcação, para refeições de grupos (mínimo de 10 pessoas), onde se desfruta de comida caseira num ambiente intimista e sossegado.
04. Quinta do Seixo A figura misteriosa do Don, de capa negra e sombrero, dá as boas-vindas a quem aqui chega e acompanha a visita pelos corredores escuros que mantêm a atmosfera enigmática ao longo de todo o percurso. Segue-se o mesmo caminho que fazem as uvas, desde que chegam aos tegões até que passam pelos lagares robóticos, e pelas cubas suspensas, sempre seguindo o sentido da gravidade. Passa-se ainda pela adega, onde o porto envelhece nas barricas, e fica-se a conhecer um pouco da história da região, através das ilustrações de William Pratter, do século XIX, que aqui e ali adornam as paredes. (Fotografias de Pedro Granadeiro/GI)
04. Quinta do Seixo Na última paragem do circuito, uma grande porta abre passagem para uma enorme sala envidraçada, com vista panorâmica sobre as encostas desenhadas. É aqui que se provam os portos da Sandeman, com alguns petiscos a acompanhar. Na zona de wine bar fazem-se as provas mais alargadas, já que, a par da loja, está disponível grande parte do portfólio do grupo, incluindo vinhos da casa Ferreirinha e Mateus. Mas como nem tudo é vinho, aqui também se organizam, por marcação, almoços para grupos no jardim das oliveiras, ou piqueniques, num recatado socalco na vinha velha, com vista desafogada sobre o vale e o rio Douro. Atrás, uma antiga mina de água refresca o ambiente e as mantas e almofadas estendidas na chão convidam a descansar à sombra das figueiras. Ao fim da tarde, prolonga-se o dia com um passeio pelas vinhas ou um jogo de malha com os amigos.
05. Quinta Maria Izabel No cimo da montanha, de frente voltada para o vale do Douro, um grande espelho de água, que estende a imagem do rio, faz as vezes de cartão de visita da Quinta Maria Izabel. Além da bela panorâmica, também ajuda a refrescar o armazém sobre o qual foi construído e onde esperam os vinhos aqui produzidos, antes de serem enviados para o seu destino, alguns deles exclusivamente para o Brasil. É que o projeto nasceu precisamente do sonho de um brasileiro, João Carlos Paes Mendonça, que faz da quinta a sua residência habitual. (Fotografias de Pedro Granadeiro/GI)
05. Quinta Maria Izabel Destes 80 hectares de vinha resultam portos e vários vinhos de mesa, de que se destaca o Vinhas da Princesa, branco e tinto, produzido unicamente com vinhas velhas, sob consultoria de Dirk Niepoort e Nuno Magalhães. A visita pela propriedade inclui também a adega, que por altura das vindimas tem um agradável aroma a mosto, e termina com uma prova de cinco vinhos e do Porto Vintage 2012, numa sala com vista para as vinhas de um lado e do outro, uma janela que deixa ver o laboratório, onde a «alquimia» acontece.
06. Quinta da Casa Amarela A Quinta da Casa Amarela, situada no vale de Cambres, é o ponto de partida para compreender o Douro. Quem aqui chega conta com a ajuda de Laura Regueiro, a proprietária e grande entusiasta da região. «Como é uma empresa familiar quem nos vem visitar tem de ser recebido por mim, pelo meu marido ou pelo meu filho», esclarece. Paula convida os visitantes a conhecer a legado histórico e cultural da região, assim como da própria quinta, na família desde 1875, e que deve o nome à casa onde vivem, pintada de amarelo claro. Chegando a um ponto estratégico entre o vinhedo, a proprietária desafia a interpretar a paisagem, chamando a atenção para as várias formas de implementação das vinhas, as oliveiras que demarcam as parcelas e os muros de pedra seca que suportam os socalcos. «Quero que as pessoas que aqui venham sintam o Douro» explica Paula, e leva o objetivo à letra, através de algumas atividades lúdicas. (Fotografias de Pedro Granadeiro/GI)
06. Quinta da Casa Amarela É o caso do Jogo do Vinho, uma espécie de peddy-paper em que cada grupo de participantes tem de encontrar o cesto de vime escondido na vinha com o nome da equipa e levá-lo de volta ao ponto de encontro. Depois da experiência no campo, é altura de conhecer os lagares tricentenários, onde é feita a produção tradicional dos vinhos de mesa e portos da casa, e ainda a adega, onde repousam. Num antigo lagar convertido em sala de provas todos os vinhos são harmonizados com petiscos cuidadosamente preparados para enaltecer a experiência. Há aquela que desafia o visitante a descobrir o seu perfil de vinho ou ainda uma outra que acompanha os vinhos do porto com chocolate. E à mesa da sala de refeições, sob reserva, servem-se os sabores tradicionais da região.
07. Quinta das Carvalhas Se há quinta que (também) funciona bem em termos turísticos é a Quinta das Carvalhas – parte integrante da Real Companhia Velha. Cerca de 600 hectares, 120 dos quais de vinha, nos quais se incluem pedaços de florestas (não, não é exagero), matos mediterrânicos e olivais centenários. Aquilo que muitos, talvez a maioria, não espera encontrar na região duriense. Fica na margem esquerda do Douro, no Pinhão (junto à ponte) e estende-se também pelas encostas do rio Torto, um pequeno afluente. Têm programas de vindimas? Têm. (Fotografias de Orlando Almeida/GI)
07. Quinta das Carvalhas Harvest Experience, nos dias 22 e 29 de setembro e 6 e 13 de Outubro, com direito a apanha da uva, almoço típico a 500 metros de altitude e ainda escolha e pisa da uva nos tradicionais lagares de granito. Que não se desesperem, contudo, os que não conseguirem estar presentes por estes dias. Há visitas durante todo o ano, entre elas o Vintage Tour, com Álvaro Martinho, engenheiro agrónomo e responsável pela viticultura da quinta. Custa 90 euros, mas vale cada cêntimo.
08. Quinta do Pôpa Todas as quintas têm uma história, mas esta é especial. Apesar de recente. Localizada em Adorigo, a dois passos das EN222, a Quinta do Pôpa chamava-se, até 2003, Quinta do Vidiedo, altura em foi comprada pela «família Pôpa». A primeira vindima, a cargo do enólogo Luís Pato, realizou-se em 2007. Em 2012 abriram as portas aos visitantes. «O nosso pai é daqui e sempre quis ter o seu pedaço de terra. Até que o conseguiu e isto transformou-se num projeto familiar», diz Stéphane Ferreira, uma das caras da casa, juntamente com a irmã, Vanessa Ferreira. (Fotografias de Orlando Almeida/GI)
08. Quinta do Pôpa Ok, mas o que a torna assim tão especial? A história por detrás do nome. Uma homenagem ao avô, conhecido como Pôpa. «Era um antigo feitor que nasceu de uma relação de um patrão com a empregada, mas nunca foi reconhecido pelo pai.» Ironia do destino, agora tem uma quinta de 30 hectares com o seu nome. Uma das mais jovens, mas também dinâmicas e descontraídas da região, contrariando a ideia de que o mundo dos vinhos se leva demasiado a sério. «Temos visitas guiadas, mas as pessoas também podem levar um cesto de piquenique e sentarem-se onde quiserem. Nas vinhas ou junto à piscina.» Difícil é escolher o sítio certo. Também há pacotes de vindimas, de meio dia e dia inteiro.
09. Quinta do Crasto No tempo das experiências – já ninguém quer uma simples visita com um guia a debitar informações –, a Quinta do Crasto, com 135 hectares, 74 de vinhas, posicionou-se há muito como um dos locais de enoturismo por excelência, capaz de criar vários programas por medida, da simples prova de vinho até chegadas de helicóptero. «Já tivemos o Ronnie Wood, dos Rolling Stones, e o Harrison Ford», garante Tomás Roquette, um dos responsáveis por esta empresa familiar. É claro que voar não é para todos, mas há outras formas igualmente marcantes de chegar, seja de carro, de comboio ou de barco. (Fotografias de Orlando Almeida/GI)
09. Quinta do Crasto O cais e a estação do Ferrão estão a poucos minutos. De comboio basta apanhar a linha que liga o Peso da Régua ao Pocinho, já para quem quiser chegar de barco eles tratam de tudo. Inclusive do transfer, que pode ser feito numa velha Bedford de caixa aberta. A paisagem faz o resto. Não é por acaso que aqui foi gravado o multipremiado filme Portugal, a Beleza da Simplicidade, produzido pelo Turismo de Portugal.

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Estas nove quintas de vinhas ao longo do Douro guardam segredos que vale a pena conhecer, seja pela localização sobre o rio Douro, seja pelas experiências que proporcionam, ou as histórias que guardam. Percorra a fotogaleria para conhecer 9 quintas do Douro que vale a pena apreciar numa visita à região.

 

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