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Videomapping e experiências sensorias nas caves da Cálem

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De acordo com Juan Carlos Escotet, a Calém recebeu 260 mil visitantes em 2016. Com este investimento, de três milhões de euros, a aspiração da Sogevinus é ultrapassar os 300 mil visitantes por ano e chegar ao posto de cave vinícola mais visitada do mundo (honra que, atualmente, pertence à chilena Concha y Toro).
As sessões de fado passaram para a Sala de Experiências. No verão, todos os dias, depois da visita das 18h30. No inverno, depois da visita das 18h00.
A visita com fado e prova de dois vinhos custa 21 euros.
O grupo Sogevinus vai construir um hotel com 20 quartos na sua Quinta de S. Luiz, perto do Pinhão, no Douro. A unidade, atualmente em fase de projeto, deverá estar concluída até ao final de 2018.

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Sensorial e tecnológica. Poderia resumir-se assim a experiência de quem visita hoje as caves Calém. A empresa da Sogevinus virou do avesso o seu centro de visitas na zona ribeirinha de Vila Nova de Gaia e estreou, em setembro, um museu interativo com tecnologia de última geração. Nas palavras de Patrícia Sousa, diretora de marketing do grupo, fê-lo «unindo a tradição à inovação».

A casa queria ter «o mais tecnológico e avançado centro de visitas das caves de vinho do porto», partilha o administrador Juan Carlos Escotet, e separar aquilo que eram as visitas em grupo da experiência de quem ali ia com vagar.

No museu, que nasceu num antigo armazém de stocks, a visita é autoguiada. Um mapa feito em cortiça apresenta o Douro a três dimensões. Um corte recria o tipo de “solo pobre” que dá origem ao vinho do Porto. Um vídeo mostra como se constrói um balseiro. E uma mesa, que faz as delícias dos visitantes, desafia a descobrir os aromas presentes no famoso generoso. «A nossa intenção é ter uma perspetiva educacional. Quando cá chegam, os visitantes acham literalmente que as vinhas estão por detrás da nossa cave», explica Patrícia Sousa.

Nas caves, a experiência continua a ser orientada pelos guias da Calém – as visitas são feitas em quatro línguas e arrancam a cada 15 minutos –, mas está agora mais dinâmica. Salta à vista a novidade do video mapping: em dois balseiros – um no circuito dos grupos e outro no circuito dos visitantes individuais –, são projetados o bê-á-bá e várias curiosidades do vinho do porto, como o nível que atingiram as diferentes cheias no rio Douro, a capacidade dos próprios balseiros – ficamos a saber que nestes enormes cascos cabe um Mini –, o tempo que demora a construir um balseiro – «catorze dias, oito pessoas» – ou o envelhecimento dos vários estilos de porto.

De resto, a área da Calém quase duplicou – tem agora 3281 metros quadrados – e há espaços que foram criados de raiz, como a nova sala de provas, que é ampla e luminosa e tem um total de 210 lugares (mais 100 do que a sua antecessora). Ali decorrem as provas mais simples, mas há outra sala, a Sala de Experiências, onde de pode provar vinhos à la carte e para onde estão reservadas as harmonizações, por exemplo com salmão ou atum. A visita termina na loja, que não sendo nova está maior. Uma visita à história de um dos maiores embaixadores de Portugal, com um pé no futuro do presente.

 

Caves Calém
Morada: Avenida Diogo Leite, 344
Tel.: 223746660
Horário: Das 10h00 às 19h00; de novembro a abril, até às 18h00. Não encerra.
Preço: Visitas a partir dos 10 euros (com prova de 2 vinhos)