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Uma casa no campo com jardins históricos em Ponte de Lima

Percorra a fotogaleria para ver mais imagens do hotel Paço de Vitorino, em Ponte de Lima. (Fotografias de Pedro Granadeiro/GI)
Esta casa, um autêntico palacete, tem 500 anos de hsitória.
Os jardins que a circundam têm 200 anos.
Clara Pereira Coutinho dedicou-se de corpo e alma à recuperação do Paço, que pertence à família há 500 anos.
Este é o mais recente hotel rural do concelho.
A casa principal tem seis quartos.
As antigas cavalariças e terreiro agrícola também albergaram novos quartos.
Há mais nove quartos em outras duas alas.
A proprietária pretende que os hóspedes sintam que estão na casa de uma família tradicional portuguesa.
A decoração é simultaneamente moderna e antiga nos pormenores clássicos.
Viana do Castelo, 05/ 07/ 2017 - Edição Especial Ponte de Lima Hotel Paço de Vitorino ( Pedro Granadeiro / Global Imagens )
Viana do Castelo, 05/ 07/ 2017 - Edição Especial Ponte de Lima Hotel Paço de Vitorino ( Pedro Granadeiro / Global Imagens )

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Clara Pereira Coutinho podia passar um dia inteiro a desfiar todas as histórias do Paço de Vitorino, incluindo aquela que tem as suas mãos do princípio ao fim: a do restauro que devolveu à vida o palacete em Vitorino das Donas onde a família de seu marido, José, se instalou no século XVI. A história é tão intensa que deu origem a um livro, no qual Clara assina o prefácio “O renascer das cinzas”.

Cinzas é palavra que se aplica, já que o Paço foi quase totalmente destruído por um incêndio, durante a guerra civil portuguesa, em 1836. Foi reconstruído com influência barroca e o ouro do Brasil, com as marcas das chamas a manterem-se, até hoje, em algumas paredes. Nesta singular arquitetura de traço militar com fidalgos rendilhados de granito, não faltam outras marcas: as memórias da família foram entrelaçadas no restauro, a cargo da dupla de arquitetos Susana e Paulo Lago de Carvalho e também na decoração de interiores, na qual se embrenhou a própria Clara e a prima Margarida Nazareth.

«Quero que as pessoas sintam que esta é a casa de uma família portuguesa tradicional desta região. Uma casa no campo com 500 anos de história», assinala Clara. Essa história salta-nos por todo o lado, desde o jardim com japoneiras com 200 anos e tanques de pedra resgatados a um imenso mato (projeto da paisagista Marta Malheiro), até aos lagares reconvertidos em biblioteca e salas de estar. As fundações da casa original, do século XVI, deram origem a um pequeno centro interpretativo.

Anda por ali a história de amor entre o primeiro senhor da casa, o capitão António Ramos e a princesa inca Catarina Capac Yupanqui. E há dezenas de pequenas histórias de peças únicas, como o berço que foi das crianças da casa e está agora, como novo, ao serviço de um dos seis quartos da casa principal. Há mais nove em duas alas, nas antigas cavalariças e terreiro agrícola. São quartos ao mesmo tempo totalmente modernos e totalmente antigos nos seus pormenores clássicos, todos eles com saída independente para o jardim (na ala sul) ou com vistas para o rio Lima (na ala norte). Em qualquer lado, uma calma pacificadora.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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