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Na romântica Praça das Amoreiras há um hotel que parece uma casa de campo

O Hotel das Amoreiras tem quartos e suítes decorados em tons calmos. (Fotografia de Francisco Nogueira)

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Colocado no centro do bar, o poster do filme “007 – Operação Tentáculo” anuncia uma das maiores paixões de Pedro Oliveira: a saga de James Bond, o inspetor do MI-6 criado pelo escritor e jornalista britânico Ian Fleming a partir de Dusko Popov, um espião jugoslavo que passou por Lisboa como agente dos serviços secretos navais ingleses ao serviço dos Aliados. Na altura, também Cascais e Estoril faziam parte da rota dos espiões, que ficavam hospedados nos melhores hotéis da região.

À imagem dos hábitos de James Bond, também o bar serve cocktails clássicos e intemporais. Aberto a não-hóspedes (assim como no período do pequeno-almoço), é um convite a entrar no cenário que poderia ser também de filme, onde diferentes épocas e estilos se juntam, resultando de influências do universo dos interiores e da moda – John Fowler, David Hicks e Ralph Lauren – que Pedro Oliveira foi bebendo ao longo da vida e que empenhou neste projeto pessoal com a mulher, Alicia Valero.

(Fotografia de Francisco Nogueira)

Pedro chama-lhe “um pequeno grande hotel”, que à falta de spa, ginásio ou piscina interior presenteia os hóspedes e visitantes com interiores clássicos e luminosos, tal como os que visitava quando era criança e adolescente. “Todas as semanas pedia boleia às minhas irmãs para ir tomar o pequeno-almoço num hotel incrível que havia perto da minha faculdade”, confessa. “Observar pessoas de todas as nacionalidades a entrar e a sair e a viverem o hotel era, para mim, a representação de um sonho”.

Incutida pelos pais, a paixão pela hotelaria aliou-se à da decoração de interiores e levou-o a abandonar a banca privada ao fim de 20 anos, 16 dos quais passados na Suíça. “A hotelaria foi um passo natural quando começámos a pensar reciclar as nossas vidas depois de tantos anos a viver fora com os nossos filhos”, acrescenta. E a localização parecia já estar escolhida desde há muito. “Desde miúdo que acho esta praça mágica e venho ao quiosque tomar um café e ver as pessoas do bairro”.

(Fotografia de Francisco Nogueira)

Bucólica, com um fontanário e parque infantil nas imediações do Aqueduto das Águas Livres, a Praça das Amoreiras sempre transportou Pedro para a ideia do campo na cidade, e ilumina agora os 17 quartos dos pisos superiores e as duas suítes em mansarda, no terceiro. Desde a altura das tomadas à escolha dos tecidos e desenho dos candeeiros, tudo teve a mão do ex-bancário, que durante as obras fez uma pós-graduação em Gestão Hoteleira Internacional na escola Les Roches.

A paleta de tons verde, areia e bege transmite claridade e tranquilidade aos quartos, cujas casas de banho são revestidas em pedra mármore; enquanto as extremidades têm quadros com ícones históricos da política, da arte e do cinema. Qual museu, o Hotel das Amoreiras exibe também quadros e serigrafias de autores como os suíços Maurice Barraud e Alberto Giacometti e o espanhol Manolo Valdés; e um quadro pintado pelo pai de Pedro, colocado estrategicamente no átrio da entrada do hotel. No piso térreo existe ainda um pátio acolhedor centrado por uma oliveira centenária.

(Fotografia de Francisco Nogueira)

 

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