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Vela Latina: a nova vida de um clássico de Lisboa

Percorra a fotogaleria e veja como está diferente o clássico Vela Latina. (fotografias: DR)
As diferenças são imediatamente percetíveis à chegada. O antigo Vela Latina estava revestido a madeira, tinha um mobiliário antiquado e toalhas brancas em todas as mesas.
Agora, há um corte completo com a decoração anterior. Os animais na parede e a vegetação espalhada por vários pontos da sala são uma constante nesta segunda vida do restaurante.
Esta é a segunda sala do espaço, que acolhe um novo conceito, o Nikkei, um restaurante de cozinha peruana com influência japonesa.
No bar também há inúmeras novidades. Não só no aspeto exterior mas também nos cocktails disponíveis, alguns deles com influências peruanas.
As especialidades do histórico chefe da casa, Benjamim Vilaça é que continuam a não faltar à ementa: neste caso, o arroz de coentros e lagosta.

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Para um restaurante, os 30 anos podem significar o início da terceira idade. Principalmente numa cidade com a dinâmica atual de Lisboa. Assim, não admira que o Vela Latina, de portas abertas desde 1988, começasse a apresentar sinais sérios de velhice e desadequação aos tempos modernos, pese uma clientela fiel, habituada à cozinha de Benjamim Vilaças, o histórico chefe da casa.

O Vela Latina está totalmente renovado, com mais cor e novo mobiliário. (fotografia: DR)

Salvador Machaz tinha perfeita consciência disso. Por isso, quando herdou o restaurante do pai, pensou de imediato em modernizá-lo. Mas mais do que lhe mudar a essência, quis mudar-lhe o aspeto. Objetivo: atrair gente mais jovem, de dia e de noite, mantendo, ao mesmo tempo, os clientes de sempre. E assim fez. Porém, fê-lo acompanhado. Falou com o Jorge Leote e a mulher Viviane, donos do grupo Confraria — responsáveis pelos restaurantes homónimos em Cascais e Lisboa, e pelo Waka, em Cascais — e avançaram para uma sociedade.

Viviane foi a cirurgiã responsável pela plástica ao espaço. E fez um belíssimo trabalho, diga-se: o Vela Latina está quase irreconhecível, muito mais próximo de um restaurante recém-nascido do que com um da sua idade. A madeira omnipresente, os atoalhados brancos e o mobiliário clássico, deram lugar a cores fortes, de tons azulados e esverdeados, mesas e cadeiras de linhas contemporâneas, muita vegetação e fauna nas paredes e um enorme destaque para o bar, à entrada, onde também há novidades para provar ao nível dos cocktails.

Um dos clássicos de Benjamim Vilaças: arroz de coentros com lagosta. (fotografia: Tiago Pais)

A ementa não passou intocável à renovação mas quase. Os clássicos de Benjamim Vilaça continuam a ler-se por lá, devidamente assinalados com um asterisco. São os casos dos filetes de pescada com risoto de alcachofras (22,50€), o arroz de coentros e lagosta (29,50€) ou os fígados de aves em tarte de maçã (19,50€).

A grande novidade — gastronomicamente falando — está na segunda sala do Vela Latina que acolhe agora um conceito completamente diferente: o Nikkei, um restaurante especializado na cozinha peruana de influência japonesa que nos primeiros tempos funcionou apenas em formato menu degustação por 35€ mas cujo serviço a la carte é lançado já esta terça-feira. Esperem-se os ceviches, os tiraditos e outras criações que têm feito sucesso ao longo do último ano e meio no Waka, restaurante com um conceito semelhante, que Viviane e Jorge abriram em Cascais há cerca de ano e meio.

Vela Latina

Doca do Bom Sucesso, Belém, Lisboa
Tel.: 213 017 118
Todos os dias, das 12h00 às 23h00 (sextas e sábados o bar funciona até às 02h)
Preço Médio: 40 euros
Site: velalatina.pt