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Duas ruas de Aveiro que não vai querer perder

Veja na fotogaleria alguns exemplos do comércio local que vive nas duas ruas de Aveiro. Fotografia de Bruno Mateus
Rua dos Combatentes da Grande Guerra A Rua dos Combatentes da Grande Guerra, que na memória dos locais ainda é conhecida como Rua Direita, é um troço de 300 metros que sobe da ria de Aveiro em direção à Praça Marquês de Pombal, e que foi convertido em espaço pedonal com calçada portuguesa. Deixa para trás, na Praça da República, a estátua do ilustre aveirense José Estêvão e um painel de azulejos dos anos 1980, alusivo aos ofícios tradicionais e produzido numa fábrica local. No outro extremo, impressiona a fachada de azulejos da Casa de Santa Zita. De permeio, fica a história. No século xv, quando após um incêndio em Aveiro foi reconstruída e murada, fizeram-se nove portas de entrada. A sul, a entrada era feita pela Rua Direita, vinda de Aradas. Depois de um período de declínio, começaram a instalar-se lojas de artesãos arrojados, espaços de restauração descontraídos e até uma mercearia que exalta os produtos nacionais.
1. Igreja da Misericórdia - Rua de Coimbra, perto da Rua Combatentes da Grande Guerra O templo, da autoria de Gregório Lourenço, começou a ser construído em 1600. Serviu de sé aquando da criação do Bispado de Aveiro. Em 1767 foi executado o órgão e em 1876 a fachada foi revestida de azulejos, assim como o interior. Fotografia de Bruno Mateus
2. Paços do Concelho - Praça da República, rua perpendicular à Rua Combatentes da Grande Guerra O edifício, construído na última década do século xviii, tem uma frontaria que se divide em cinco corpos toscanos e um frontão com as armas de Aveiro. Marca o início da rua. Em frente ergue-se a estátua de José Estêvão, um aveirense que lutou pela liberdade como soldado, político, jornalista, professor e advogado. Fotografia de Bruno Mateus
3. Painel de Azulejos - Rua Combatentes da Grande Guerra Os painéis de azulejos de grande dimensão, de 1985, têm relevo e revestem o desnível de acesso à Praça da República. São da autoria de Vasco Branco e foram executados pela Fábrica Olarte. Os painéis são circulares e mostram atividades tradicionais e símbolos da região, fazendo alusão às salinas, à pesca e ao fabrico de ovos moles. Fotografia de Bruno Mateus
4. Pássaro de Seda - Rua Combatentes da Grande Guerra, Nº6 Uma loja de peças de autor portuguesas, onde se pode encontrar bijutaria, decoração, roupa com apontamentos de chita de Alcobaça, calçado e bordados certificados de Viana. O projeto da artesã Maria João Cravo abriu portas em 2015, para expor as suas peças e as de outros artistas. Fotografia DR
5. Rebaldaria- Rua Combatentes da Grande Guerra, Nº23 Um bar, restaurante de tapas, cervejaria e marisqueira, tudo num espaço onde se misturam peças de mobiliário de diferentes estilos. A ideia é das irmãs Ana e Inês Péres. Na ementa figuram bacalhau confitado, bife de atum com molho de maracujá e tapas que podem ser pedidas até às duas da manhã. Fotografia DR
6. Depósito - Rua dos Combatentes da Grande Guerra, 29 Recordações para quem procura objetos diferentes ou arredados das lojas convencionais. E é mesmo um depósito, pois também vende artigos usados, de quem quer dar nova vida a peças vintage. Há bebidas, conservas e artesanato, além de móveis antigos, máquinas de costura Singer, azulejos e um serviço de chá da Vista Alegre. Fotografia DR
7. Entre copos e chávenas - Rua dos Combatentes da Grande Guerra, Nº32 O chá é rei, avulso e bem acompanhado. O difícil será escolher entre o chá verde com melão e menta, a mistura de jasmim e flores ou qualquer uma das outras 80 variedades. A fazer companhia estão bombons, bolachas e biscoitos. Fotografia DR
8. Aqui à volta - Rua Combatentes da Grande Guerra, Nº40 Serve de ateliê, e podemos encontrar vários criativos a trabalhar, mas também loja onde estão à disposição as peças de artesãos locais e artistas nacionais. Flores, bonecos, quadros, postais e decorações. Há oficinas e exposições. Fotografia DR
9. O Risco - Rua Combatentes da Grande Guerra, Nº56 No espaço onde Luísa Saccheti acolhe os clientes há coleções de diversos artesãos dispostas por autores e não por tipo de produto. É por isso muito fácil perceber a totalidade da obra de cada um. Objetos únicos, feitos à mão, desde artigos decorativos e utilitários a malas, sapatos, presépios, pinturas e bijutaria. Fotografia DR
10. A Portuguesa - Rua Combatentes da Grande Guerra, Nº74 É uma mercearia típica mas com uma roupagem contemporânea. Tem de tudo um pouco: mel, pão de Vale de Ílhavo, legumes e frutos frescos, vinhos, compotas e cereais. O tom é nacionalista e apenas a goiabada brasileira destoa no meio dos produtos lusos, a pedido dos clientes. Fotografia de Bruno Mateus
Rua de João Mendonça A pequena Rua de João Mendonça, que parte da Praça Dr. Joaquim Melo Freitas e atravessa a zona histórica do bairro da Beira-Mar, é uma montra de arquitetura arte nova que passa ao lado da ria de Aveiro. É ali que se encontram os cafés emblemáticos da cidade e se assiste à abertura de novos negócios, alguns deles assentes no segmento do revivalismo. É também daquela rua, antigamente chamada do Cais, que partem ruelas transversais que desembocam na Praça do Peixe, o largo onde se concentram os bares e a vida noturna da cidade. Do outro lado da rua, encontra-se o canal da ria repleto de cais, com barcos moliceiros ancorados, à espera dos visitantes que queiram descobrir a cidade de outro ângulo. O prolongamento da João Mendonça, pela Rua Barbosa Magalhães, passa pela Casa de Chá e pelo Museu Arte Nova e vai desaguar às salinas onde é extraído o famoso sal, do qual têm saído muitos produtos inovadores, que facilmente se encontra à venda nas lojas desta rua central.
1. Cafetaria Gato Preto - Rua de João Mendonça, Nº32 Quando os cafés em Aveiro se contavam pelos dedos, já o Gato Preto era uma referência. É um café centenário que serviu de ponto de encontro de gerações das gentes do bairro da Beira-Mar, que ali se reuniam para jogos de tabuleiros e longas tertúlias. O interior foi ligeiramente remodelado, mas mantém a traça original. Agora param ali tanto aveirenses como turistas, também para comprar os tradicionais ovos-moles. Fotografia de Bruno Mateus
2. A Barrica - Rua de João Mendonça, Nº29 É um café tradicional que surpreende pela decoração. Instalada num prédio dos anos 20 do século passado, integrada no roteiro Arte Nova da cidade, ostenta nas vitirinas uma das mais típicas imagens de marca de Aveiro: as barricas de ovos-moles. Local ideal para tomar um café com a ria como horizonte, é, também, ponto de venda de ovos-moles, para quem quer levar uma doce recordação para casa. Fotografia DR
3. Oficina do Doce - Rua de João Mendonça, Nº22 Para aqueles a quem só provar os ovos-moles não chega, há um sítio que ensina a fazê-los. A Oficina do Doce, com entrada pela galeria comercial, tem workshops mediante marcação e uma visita guiada à história do doce conventual. São 45 minutos de aprendizagem que terminam com uma prova de degustação. Na galeria de entrada, pode adquirir-se também outros doces da Fabridoce. Fotografia de Tony Dias/GI
4. Casa da Ria - Rua de João Mendonça, Nº20 A canastra de sal à porta convida a entrar. Mas há muito mais para apreciar no interior do pequeno espaço. Aqui há lugar para vinhos da Bairrada, conservas, sal com salicórnia, produtos de beleza feitos com sal e muito mais. Os produtos tradicionais dos concelhos da ria são ladeados por imagens de marnotos e paisagens da região. Ao fundo, as paredes estão dispostas a acolher, numa minigaleria, obras de artistas locais. Fotografia de Bruno Mateus
5. A Porta Verde - Rua de João Mendonça, Nº7 A loja de conceito vintage tem mobiliário, peças de decoração, roupa e acessórios, transportando quem lá entra para um ambiente dos anos 1950 a 1980. O projeto de Margarida Torres e Ana Vizinho abriu portas há cerca de quatro anos, acrescentando uma nota de criatividade à rua. Os móveis e peças decorativas estão no interior da loja, mas também na rua e nas escadas de acesso. A escolha do nome foi simples: o edifício da antiga cooperativa agrícola tem uma porta verde, que vai ao encontro do lado ecológico do revivalismo vintage. Fotografia de Lisa Soares/GI
6. Museu da Cidade - Rua de João Mendonça, Nº9 Está instalado num dos mais conhecidos edifícios arte nova de Aveiro, mas tem um interior de linhas modernas e funcionais. Este é o pólo central dos diversos núcleos museológicos municipais e ilustra a história e evolução da cidade e dos seus habitantes, através da exposição de objetos que fizeram parte do seu passado. Acolhe também exposições e eventos. E pode ser um bom ponto de partida para seguir o roteiro da arquitetura arte nova. Fotografia de Bruno Mateus
7. 21 Degraus Cabeleireiro - Rua de João Mendonça, Nº11 O nome não mente: pode contar. Da estreita porta da rua até ao cabeleireiro, no primeiro andar da casa arte nova, são exatamente 21 degraus. Lá dentro, o espaço foi decorado a rigor, privilegiando elementos vintage. A inspiração veio da infância, mais concretamente da casa onde cresceu Sofia Camarinha, sócia de Luís Perpétua nesta aventura dedicada aos cabelos. Há um sofá para esperar, um rádio do início do século passado para admirar e mãos com mestria a trabalhar. Fotografia de Bruno Mateus
8. Passeio de Moliceiro pela ria de Aveiro Um passeio pelos canais da ria de Aveiro é uma das formas mais reconhecidas e originais de conhecer a cidade. Os passeios normalmente demoram 45 minutos. Há várias companhias com pacotes disponíveis e os preços variam entre o 6 e 8 euros para adultos. Fotografia de Bruno Mateus

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Nem só de moliceiros e ovos moles vive a cidade de Aveiro. Há novos comerciantes mas também negócios que se renovam e há lugares que são verdadeiras relíquias, numa cidade que soube preservar a identidade que lhe é reconhecida. Nas ruas Combatentes da Grande Guerra e João Mendonça, de cafés a lojas de produtos artesanais, há escolhas para todos os gostos.