Publicidade Continue a leitura a seguir

11 desportos de aquaturismo para fazer de norte a sul

Percorra a fotogaleria para conhecer 11 desportos aquáticos que se podem praticar de norte a sul do pais e nas ilhas. Na fotografia: wakeboard na barragem de Castelo do Bode. (Fotografia: DR)
01. Coasteering Sesimbra Ao primeiro contacto, é com algum receio que os estreantes olham para as escarpas a ultrapassar. Contudo, para praticar coasteering, basta saber nadar. O objetivo consiste em progredir ao longo da zona entre marés de uma costa rochosa, recorrendo a natação, escalada, rapel, saltos para a água e caminhada. Uma das primeiras empresas a introduzi-la no país foi a Vertente Natural, que transformou algumas zonas do Parque Marinho da Arrábida, junto a Sesimbra, num verdadeiro parque de diversões ao ar livre. São quatro os percursos à disposição: Boca do Tamboril, Enseada da Mula, Meia Velha e Pedra Furada. (Fotografias de Diana Quintela/GI)
01. Coasteering Sesimbra A empresa trata de toda a logística, bem como do equipamento técnico, como fato isotérmico, colete de salvação, capacete, arnês e cordas, tendo os participantes de levar apenas um par de sapatos desportivos, calções de banho, luvas, toalha, protetor solar e uma muda de roupa seca. Quem experimenta pela primeira vez costuma passar o teste com distinção, vencendo o medo logo ao primeiro salto para a água. Os saltos podem chegar aos 7 metros de altura e são a parte mais divertida de toda esta aventura, que permite conhecer as belas baías e enseadas da costa de Sesimbra de uma perspetiva diferente. A partir de 35 euros por participante Web: vertentenatural.com | coasteering.pt
02. Swimrun Setúbal e Arrábida Juntar álcool com desporto não será, porventura, a mais feliz das combinações, mas também é sabido que é à volta de um copo que por vezes surgem as melhores ideias. Há cerca de dez anos, um grupo de amigos de suecos, embalados pela cerveja consumida, fizeram entre si uma aposta: correr ao longo de várias ilhas do arquipélago de Estocolmo, numa distância total de 75 quilómetros, fazendo as ligações entre elas a nado. Sem o saberem, tinham acabado de criar o swimrun, uma modalidade atualmente em franco crescimento um pouco por todo o mundo, Portugal incluído – desde o ano passado existe um circuito nacional de provas. A primeira realizou-se na Arrábida, «um cenário perfeito para a prática de swimrun», como o descreve Bruno Safara, o organizador do evento. (Fotografias: DR)
02. Swimrun Setúbal e Arrábida Esta modalidade é disputada em equipas de dois elementos e inclui transições entre a natação em águas abertas e a corrida em trilhos. Desengane-se, no entanto, quem pensar que é um desporto só para atletas de elite. «Apenas é necessário saber nadar em águas abertas», sublinha Bruno. No próximo dia 21 de julho, em Setúbal, haverá um treino aberto a todos os que queiram experimentar e a 16 de setembro haverá uma nova prova na Arrábida. 16 de setembro Inscrição: 20 euros por participante Web: swimrunportugal.com
03. Caminhada Aquática Serra da Lousã As caminhadas aquáticas são uma espécie de versão suave do coasteering, em que os participantes tem de progredir ao longo do leito de um rio. Ou, pondo de outra forma, trata-se de uma caminhada mais radical, em que por vezes há que entrar (ou até mergulhar) na água para poder prosseguir, daí o uso de fatos de neoprene e de capacetes, tal como acontece em atividades como o coasteering ou o canyonning. A caminhada aquática é uma das especialidades da Trans Serrano, empresa sedeada em Góis e gerida por gente da terra, que conhece como ninguém estas serranias, em especial o leito do rio Ceira, onde há dois percursos à escolha – ambos com 2 quilómetros de extensão. Um deles liga a Ponte do Colmeal à Cortada do Colmeal. Tem início numa aprazível praia fluvial e o caminho inclui a passagem e transposição de alguns açudes, através de saltos. (Fotografias: DR)
03. Caminhada Aquática Serra da Lousã Durante o passeio podem-se observar antigos moinhos, lagares de azeite e velhas pontes, construídos em xisto e lousa. Junto à Cortada do Colmeal, onde termina, há um poço de água que permite saltos e mergulhos. O segundo percurso une a Foz da Fonte à Ponte Velha da Cabreira. O ponto de partida é no local onde a população desviou o leito do rio, escavando um túnel na montanha, um daqueles lugares onde já ninguém vai mas ali continua, como testemunha de outros tempos. Mais ou menos a meio, encontra-se o açude de uma antiga serração movida a água, onde os mais afoitos podem pular para a água. Termina na Ponte Velha da Cabreira, junto à qual ainda subsiste um lagar e um moinho. Com um pouco de sorte pode-se avistar, quem sabe?, alguma lontra, bicho que, embora esquivo, tem nestas margens selvagens um dos seus habitats em Portugal. A partir de 17,50 euros por participante Web: transserrano.com
04. Jangadas Esposende e Viana do Castelo Quem nunca sonhou em contruir uma jangada e aventurar-se rio adentro, qual Tom Sawyer e Huckleberry Finn? Há sonhos de criança mais difíceis de concretizar: para este, basta falar com a Dunar e rumar aos rios Neiva ou Cávado. «Trata-se de uma atividade muito segura, em que o objetivo é navegar uma embarcação construída com as próprias mãos», explica Marinho Gonçalves, gerente empresa de turismo na natureza que organiza passeios em jangada, pensados para grupos de 5 a 10 elementos. O processo é simples, com cada um dos grupos a receber um kit idêntico para construir a respetiva jangada, composto por cinco boias (mais uma suplente), duas longarinas, três travessas e doze cordões para amarração. (Fotografias de Rui Manuel Fonseca/GI)
04. Jangadas Esposende e Viana do Castelo Antes de se fazerem à água, cada uma das equipas terá de elaborar um projeto, que será enquadrado por um monitor da Dunar, porque «apesar de o material ser igual para todos, o mais normal é a embarcação ser construída de maneira completamente diferente», salienta Marinho Gonçalves. Depois de um primeiro contacto com a água, «para ver se boia», segue-se a tão almejada descida do rio, também ela sempre acompanhada por um monitor. Raras são as vezes, garante, em que as embarcações não conseguem chegar ao fim. A partir de 22 euros por participante Web: dunar.pt
05. Stand Up Paddle Gerês As verdejantes margens do rio Lima pouco ou nada têm que ver com os areais brancos do Havai, mas foi nas paradisíacas ilhas do Pacífico que se popularizou o stand up paddle (ou apenas SUP), daí chegando às praias de todo o mundo – até desaguar também nos rios do Parque Nacional da Peneda-Gerês, onde estas enormes pranchas permitem ao visitante chegar a locais quase intocados, impossíveis de alcançar de carro ou mesmo a pé. (Fotografias de Pedro Granadeiro/GI)
05. Stand Up Paddle Gerês O responsável pela introdução do SUP nestas águas foi Luís Antas Barros, que há pouco mais de uma década fundou, em Ponte da Barca, a Aktiva Natura, empresa de turismo na natureza cuja oferta inclui ainda passeios de bicicleta, a cavalo ou de caiaque, caminhadas na montanha e river trekking – atividade que junta caminhada, escalada e natação. Antes de entrar na água, porém, é necessária uma breve explicação sobre algumas regras básicas de segurança e o modo de manobrar a prancha. Os passeios são sempre acompanhados por um guia/monitor e o preço inclui seguro, transporte, equipamento e até uma reportagem fotográfica, para tornar a aventura ainda mais inesquecível. A partir de 25 euros por participante Web: aktivanatura.com | Facebook: AktivaNatura-Outdoor Adventures
06. Canyonning São Jorge (Açores) Para praticar um desporto como este, poucos locais haverá como São Jorge. O canyoning consiste em explorar progressivamente um curso de água, transpondo os obstáculos, sejam eles verticais ou aquáticos, através de rapel ou simplesmente saltando para a água. E São Jorge «é uma ilha com condições únicas para o canyoning», explica Luís Paulo Bettencourt, um dos pioneiros da modalidade nos Açores e um dos primeiros a apostar no turismo de aventura na ilha, com a criação da Aventour, já lá vão 18 anos. Foi no entanto muito antes disso que Luís, ainda adolescente, se começou a aventurar pelas cascatas da ilha onde sempre viveu, munido apenas de um arnês construído por si e de uma corda roubada ao pai. (Fotografias: DR)
06. Canyonning São Jorge (Açores) Um dos seus locais favoritos é a Ribeira do Caldeirão, nas proximidades da Fajã da Caldeira de Santo Cristo, uma sucessão de pequenas e médias cascatas, perfeitas para iniciação. «É um percurso relativamente fácil, mas também temos aqui na ilha descidas verticais com algumas dezenas de metros.» Muitas delas terminam no mar e por essa razão são também cada vez mais procuradas por praticantes de todo o mundo. A partir de 50 euros por participante Web: aventour.pt
07. Rafting Melgaço Antes de mais: rafting consiste na descida de um rio de águas bravas, dentro de uma embarcação pneumática específica, na qual, para superar os obstáculos, é fundamental o trabalho de equipa. É, portanto, aquilo a que se pode chamar desporto radical, ainda que acessível a quase toda a gente. Quem o garante é Anselmo Dantas, gestor da Melgaço Radical – empresa pioneira na exploração do rafting no rio Minho, onde opera há mais de duas décadas. A existência de mais de cem pesqueiras, estruturas de pedra que afunilam as águas, para capturar o peixe, ajudaram a criar os rápidos que fazem do concelho de Melgaço uma das capitais ibéricas do rafting. (Fotografias de Artur Machado/GI)
07. Rafting Melgaço Ao contrário do que acontece no resto do país, em que o caudal dos rios não o permite, aqui pode-se praticar rafting ao longo de todo o ano. «As águas tornam-se um pouco mais calmas, permitindo a toda a família praticar esta modalidade de forma segura, mas emocionante», sublinha Anselmo, dando como idade mínima «uns 7, 8 anos», desde que as crianças estejam integradas em equipas de adultos. «Nesta época do ano temos clientes dos 8 aos 80», realça o responsável pela empresa, que também dispõe de programas de rafting adaptado a pessoas incapacitadas. A partir de 30 euros por participante Web: melgacoradical.com
08. Kitesurf Sesimbra O vento forte atrapalha um bocado o controlo do kite, a asa curva em forma de paraquedas que, volta e meia, se despenha na areia. Nada que desanime os iniciantes que teimam em voltar a tentar a sorte no kitesurf, desporto surgido há três décadas em França, por iniciativa de Dominique e Bruno Legaignoux, ambos praticantes de surf e windsurf. Juntos, desenvolveram uma estrutura insuflável em forma de asa que adaptaram a uma prancha que, com a ajuda do vento, permite «voar» sobre a água: misturando surf, windsurf e wakeboard, o kitesurf permite deslizar numa prancha puxada pelo vento, através de uma asa insuflável. (Fotografias: DR)
08. Kitesurf Sesimbra As primeiras aulas, fora de água, servem para aprender a controlar o kite, algo essencial para se começar a praticar, pois «antes disso não se pode passar para a prancha», como explica o instrutor Rui Meira, que desde os anos 1980 tem uma escola de kitesurf na Lagoa de Albufeira. «Trata-se de uma lagoa de águas calmas, pouco profundas e muito seguras, ideais para famílias», assegura o instrutor, que, afiança, 10 horas de aulas serão o suficiente para começar a controlar o kite. A partir de 25 euros por participante Web: meiraprocenter.com
09. Wakeboard Barragem de Castelo do Bode Ao todo, são quase 30 quilómetros de extensão, distribuídos entre os concelhos de Abrantes, Ferreira do Zêzere, Sertã, Tomar e Vila de Rei. O suficiente para ter ficado conhecida como a primeira estância de wakeboard do mundo e se tornar uma referência para praticantes de todo o mundo – em especial desde que aqui se realizou, em 2015, uma das mais importantes provas do circuito mundial, o WWA Supra Wakeboard World Championships. Desde então, a barragem de Castelo de Bode já recebeu muitas mais provas, nacionais e internacionais, mas tão importante quanto isso é o trabalho desenvolvido na promoção desta modalidade, que ano após ano atrai até ali um número cada vez maior de praticantes – muitos deles iniciantes. Convém, porém, explicar o que é isso de wakeboard, um desporto que, à falta de melhor exemplo, pode ser apresentado como algo de parecido ao snowboard, mas neste caso na água, sendo o praticante puxado por um barco ou por um sistema de cabos. (Fotografias: DR)
09. Wakeboard Barragem de Castelo do Bode «Qualquer pessoa pode experimentar. É um desporto muito fácil de praticar, quando comparado, por exemplo, com o snowboard, e por norma consegue-se logo à primeira tentativa», esclarece João Reis, o gestor do projeto Wakeboard Portugal e ele próprio monitor na barragem de Castelo de Bode, onde já existem cinco cable parks, embora atualmente apenas quatro estejam abertos ao público, nas praias fluviais de Aldeia do Mato, Fernandaires, Lago Azul e Trízio. Aliás, experimentar não custa literalmente nada, uma vez que os estreantes podem fazê-lo gratuitamente durante a semana, na parte da manhã, entre julho e setembro, bastando inscreverem-se num dos cable parks. A partir de 20 euros por participante Web: wakeboardportugal.com
10. Hidrospeed e Aquapedestre Mora A ribeira da Seda nasce na serra de São Mamede, mesmo junto a Portalegre, e ao longo de 90 quilómetros atravessa o Alto Alentejo, até desaguar junto a Mora, na mais ampla Ribeira da Raia. Pelo percurso, existem numerosos pegos e represas seminaturais, onde se formam pequenos lagos com quedas de água, que mesmo durante o verão continua a correr. Foi neste idílico cenário que a empresa Azenhas da Seda se tornou pioneira em matéria de aquaturismo no Alto Alentejo. E entre as diversas atividades propostas, uma das mais divertidas e originais é o hidrospeed. Consiste na descida de rápidos numa pequena prancha, que mais parece um cruzamento entre trenó e prancha de bodyboard. (Fotografias de Jorge Amaral/GI)
10. Hidrospeed e Aquapedestre Mora O objetivo é evitar obstáculos naturais, manobrando a prancha, na qual se vai deitado de barriga para baixo, usando as pernas e as barbatanas para curvar, acelerar ou diminuir a velocidade. Mais do que um perigo, as pequenas quedas de água e remoinhos que surgem pelo caminho transformam-se num divertido carrossel, especialmente nesta altura do ano, quando os caudais tornam a ribeira muito mais calma. No cardápio, há também percursos aquapedestres, atividade que os organizadores definem como uma variante soft do canyoning, com transposição de rápidos e pequenas cascatas. Web: azenhasdaseda.com A partir de 32 euros por participante
11. Caiaque no rio Constância Nabão, Tejo e Zêzere são rios que Pedro Estrela conhece como as próprias mãos. Afinal já há mais de três décadas que os percorre em canoa e caiaque, experiência que há cerca de oito anos transformou em negócio. «Queremos proporcionar emoções, momentos de lazer e experiencias gratificantes, sempre em estreito contacto com a natureza», revela o responsável pela empresa NaturZ, que tem nas descidas em caiaque e canoa a sua atividade principal. «Dependendo do percurso, podem ser feitas por crianças a partir dos 3 anos», diz Pedro. No programa da NaturZ, há descidas no Tejo e no Zêzere durante todo o ano, verão incluído. (Fotografias de Pedro Granadeiro/GI)
11. Caiaque no rio Constância «Funcionamos em qualquer data, para um mínimo de oito pessoas, que podem vir juntas ou não», explica. Os passeios duram, em média, duas a três horas e as distâncias raramente ultrapassam os 10 quilómetros. Os percursos mais acessíveis são os do Tejo, em especial aquele que tem início na vila de Constância, com passagem na povoação ribeirinha da Praia do Ribatejo e visita ao castelo de Almourol, «ideal para grupos com crianças e iniciantes». Já os percursos no Zêzere, esses são aconselháveis a quem já tenha uma experiência anterior na atividade. Num caso e noutro, há sempre a possibilidade de reservar almoço, em regime de piquenique ou à mesa de um restaurante, bem como pedir um pequeno-almoço para antes da descida. A partir de 10 euros por participante Web: descidas-em-kayak.com

Publicidade Continue a leitura a seguir

Quando juntas, água e férias não têm de ser forçosamente sinónimo de piscina, espreguiçadeira, chapéu de sol, pezinhos de molho. Para quem tem aversão a verões de preguiça mas não abdica de diversão em estado líquido, reunimos duas mãos-cheias de atividades – mais ou menos radicais – para tirar partido de rios, barragens e mar.

 

Leia também:

SUP: Conhecer o Gerês em cima da prancha
Passear pela Ilha Terceira, da cidade à natureza
Estas praias fluviais têm desportos aquáticos grátis