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Pedalar entre o Cais do Sodré e Belém, sem perder a vista ao Tejo

(Fotografia de Gerardo Santos/GI)

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Quando surgiu, há quase década e meia, foi um dos trilhos pioneiros para pedalar na capital, e tornou-se no primeiro a nascer em frente ribeirinha. A rota que liga o Cais do Sodré à Torre de Belém, ao longo de sete quilómetros, foi inaugurada em agosto de 2009 e é, a olhos vistos, uma das mais frequentadas pelos amantes de caminhadas, corridas e pedaladas em Lisboa.

A localização, ao longo da margem norte do Tejo, é uma das suas mais-valias, permitindo um passeio sob duas rodas quase sempre de olhos postos no rio, mas também na Ponte 25 de Abril, no Cristo Rei e nas encostas almadenses, de Cacilhas à Trafaria, por exemplo. O arranque faz-se logo junto à estação ferroviária e fluvial do Cais do Sodré, num trilho alcatroado, sinalizado e bidirecional, com frases sugestivas pintadas no solo, como “Pelo Tejo, vai-se para o mundo” ou “Para além do Tejo, há a América e a fortuna daqueles que a encontram”. Aqui, fazem-nos companhia as gaivotas e o som dos cacilheiros que ligam as duas margens do rio.

O eixo Cais do Sodré-Belém soma sete quilómetros. (Fotografias de Gerardo Santos/GI)

O percurso plano e exclusivo para peões e ciclistas – em algumas etapas misto -, segue pela zona industrial e portuária de Santos e de Alcântara, com vizinhos de renome como o Museu Nacional de Arte Antiga, o miradouro da Rocha de Conde de Óbidos, a Doca de Santo Amaro e a sua marina, e passa por baixo do tabuleiro da Ponte 25 de Abril, onde se realiza a Experiência Pilar 7, que permite subir a um mirante panorâmico a oitenta metros de altura.

A partir das Docas, rumo a oeste, o trilho ganha mais zonas verdes, com algumas sombras de arvoredo, e dali a Belém é um saltinho, contando-se com a companhia privilegiada, ora iminente, ora próxima, de ex-líbris patrimoniais e arquitetónicos da cidade como o Padrão dos Descobrimentos, a Torre de Belém, o Centro Cultural de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, um dos símbolos-máximos do estilo manuelino.

A ciclovia é a primeira ribeirinha a nascer em Lisboa.

Outra vantagem desta ciclovia é a variedade de esplanadas em quase todos os pontos do trilho, um apoio importante para petiscar ou beber algo refrescante, nos dias de calor. Havendo tempo e força nas pernas, ainda há a possibilidade de prolongar o passeio. A partir de Belém, a Ciclovia Ribeirinha de Algés liga o Passeio Marítimo deste bairro alfacinha à Cruz Quebrada, também à beira-rio, claro, ao longo de um quilómetro.

 

Um local para parar e comer perto do trilho:

Petiscos tradicionais

Nasceu há três anos e é uma das casas mais concorridas de Belém. O receituário tradicional tem prioridade n’O Frade, com piscar de olho aos sabores alentejanos, com petiscos para partilhar como muxama de atum com ovos, arroz de pato, coelho de coentrada e pato de escabeche. Com a recente saída de Carlos Afonso para o Oitto, novo restaurante do Chiado, fica a liderar Sérgio Frade, metade da dupla que abriu O Frade.