Quando em 1755 o terramoto mais destruidor de que há memória em Lisboa poupou a zona do bairro de Campo de Ourique, dando origem à popular expressão «rés-vés Campo de Ourique», os lisboetas estavam longe de imaginar que, em 2017, seria possível beber um vinho com o mesmo nome. Mas é mesmo assim que se chama um dos três mais recentes tintos da Casa Santos Silva, da região de Lisboa, e que já se podem provar dentro e fora do mercado.
A trilogia da Casa Santos Silva, inspirada nos mais de 80 anos de história do mercado, é composta pelos vinhos Rés-Vés Campo de Ourique, Campo de Ourique e Mercado de Campo de Ourique, concebidos pelo enólogo Diogo Sepúlveda para todas as ocasiões e acompanhamentos.
O Rés-Vés Campo de Ourique é considerado «o mais frutado, suave e redondo da gama» e revela a sua versatilidade como aperitivo ao lado de queijos suaves, carnes brancas e vermelhas e legumes. Mais «encorpado» apresenta-se o Campo de Ourique, ideal para acompanhar carnes de caça, refogados e pratos mais ricos e condimentados. Já o Mercado de Campo de Ourique «é um vinho que requer um acompanhamento mais estruturado, queijos com paladares mais fortes, carne de churrasco ou massas», segundo a marca.
A eles se juntam um rosé e um branco, especialmente indicados para acompanhar peixe e marisco, também sob a insígnia Rés-Vés Campo de Ourique. Os cinco resultam de um desafio lançado por Diogo Sousa Coutinho, CEO do Grupo SC (gestor do mercado) ao administrador da Casa Santos Lima, José Luísa Santos Silva, para criar uma gama com a marca indelével do mercado.
Os vinhos estarão disponíveis para consumo e compra na garrafeira, a preços entre os 2,50 euros e cinco euros (copo) e entre os dez e os 20 euros (garrafa). Além de vender em lojas especializadas e na própria adega, a Casa Santos Lima planeia exportar as novas referências um pouco para todo o mundo, à semelhança do que sucede com cerca de 90% da sua produção.
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