UNESCO aprova candidatura da Serra da Estrela a Geopark Mundial

UNESCO aprova candidatura da Serra da Estrela a Geopark Mundial
A candidatura da Serra da Estrela ao estatuto de Geopark Mundial acaba de ser aprovada pela UNESCO. «Este é um dia muito importante para a região», considera o presidente do Turismo Centro de Portugal.

Portugal vai passar a ter cinco geoparques mundiais, na sequência da aprovação da candidatura do geoparque da Serra da Estrela, que se junta aos de Terras de Cavaleiros, Açores, Arouca e Naturtejo. Em comunicado esta terça-feira enviado à agência Lusa, a Associação Geopark Estrela anuncia que «a região da Serra da Estrela viu ontem [segunda-feira] aprovada pelo Conselho de Geoparks Mundiais da UNESCO a sua candidatura a Geopark Mundial e fica agora apenas a aguardar o parecer do Conselho Executivo da agência das Nações Unidas».

«Este é um dia muito importante para a região Centro de Portugal, que passa a ter mais um elemento diferenciador reconhecido a nível internacional. Foi um trabalho intenso de quatro anos, que obteve agora um justo desfecho», considera Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal.

«O território do Centro de Portugal afirma-se cada vez mais como um destino preferencial para os adeptos do turismo de natureza e do turismo ativo. Esta é uma região privilegiada, com um património natural e cultural ímpar, e que dispunha já de um Geoparque reconhecido pela UNESCO, o Naturtejo, na Beira Baixa, além da Reserva da Biosfera das Berlengas», acrescenta.

Em relação aos já existentes, o Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional, com 4.624,4 quilómetros quadrados, inclui os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão. Por ser uma região vasta, mas homogénea, este geoparque «oferece uma grande variedade de produtos turísticos, tendo como mais-valia comum a natureza e as excelentes infraestruturas», pode ler-se no seu sítio da Internet.

Em Arouca, todo o município está classificado como Geoparque Mundial da UNESCO, que ocupa 327 quilómetros quadrados. «Todo este manto verde guarda, cioso, 41 sítios de interesse geológico (geossítios) e quase metade dele está classificado pela Rede Natura 2000», refere o seu sítio da Internet, chamando a atenção para os percursos pedestres, os trilhos de BTT, os desportos de aventura do Paiva, as aldeias tradicionais, o artesanato, o folclore e as tradições que continuam a contar a história daquele território.

Também o arquipélago dos Açores apresenta «uma rica e vasta geodiversidade e um importante património geológico, composto por diversos locais de interesse científico, pedagógico e turístico», segundo o seu sítio na Internet. «O Geoparque Açores (com 12.884 quilómetros quadrados) assenta numa rede de geossítios dispersos pelas nove ilhas e zona marinha envolvente», explica, apontando «vulcões, caldeiras, lagoas, campos lávicos, fumarolas, águas termais, grutas e algares vulcânicos, fajãs, escarpas de falha e depósitos fossilíferos marinhos» como elementos caracterizadores do património geológico.

O Geoparque Terras de Cavaleiros, que coincide com os limites administrativos do concelho de Macedo de Cavaleiros, tem 700 quilómetros quadrados e integra «um importante património geológico ao qual se soma um grande património de biodiversidade, um notável património histórico-cultural, os produtos locais, a rica gastronomia e a arte de bem receber das suas gentes». De acordo com o seu sítio na Internet, o geoparque «assume um papel proativo no sentido de estimular o turista a viver experiências gratificantes, que o façam tornar-se num protagonista ativo e não um mero observador da paisagem».

 

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