Porto: abriu uma tasca portuguesa com identidade

Fotografia: Leonel de Castro
Assume-se como restaurante mais português do grupo Cafeína. A Tasca Vasco, aberta recentemente na Baixa, quer enquadrar-se numa lógica de bairro, tal como na Foz, preparando a abertura do futuro Cafeína.

Durante perto de dois anos, um dos projetos de Camilo Jaña, chef executivo do grupo Cafeína, funcionou na Baixa do Porto, quebrando a lógica de bairro que é a imagem de marca dos restaurantes de Vasco Mourão. O Panca foi a cevicheria que nasceu no Parque da Cidade e se mudou para a Baixa, para o mesmo espaço onde agora abriu a Tasca Vasco, que remete inevitavelmente para o restaurante da Foz, Casa Vasco.

Fotografia: Leonel de Castro/GI

A mudança é um passo numa nova direção apontada para a Baixa do Porto, tendo já em vista o novo Cafeína que se vai instalar no antigo Café Progresso. «Desde que ficámos com o Progresso que começámos a desenhar um projeto com uma lógica de bairro que pudesse replicar em parte o que acontece na Foz», explica o chef chileno.

Naquela zona da cidade, o grupo tem vários restaurantes. Além do Cafeína e da Casa Vasco, gere ainda o Terra (mais orientado para os apreciadores de sushi) e o Portarossa, de comida italiana. «O Panca, aqui sozinho, não funcionava, pois nunca iria ser um restaurante complementar ao Cafeína», diz Jaña. Optou-se, então por encontrar um fio condutor, uma complementaridade que reforçasse a identidade que aqui se quer portuguesa.

«A Casa Vasco tem já uma identidade vincada», considera Vasco Mourão, e com o Cafeína essa complementa-se. Aquela tem «um caráter mais informal» do que este, mas é para um mesmo tipo de público. Nesta nova Tasca Vasco não se quer exatamente fazer uma réplica da casa da Foz. «Não queríamos que fosse igual, nem o Cafeína tem de ser igual», diz Jaña.

Aqui, reforça-se a cozinha portuguesa. «Entendemos que devíamos ter uma cozinha mais madura – daí a ‘tasca’ – embora o nome, a marca, o conceito gráfico remetam imediatamente para outro espaço. Os pratos mais emblemáticos da Casa estão aqui também disponíveis, como a picanha, as gambas com molho tártaro, o bife de espadarte ou a tarte de maçã. Para os saudosos do Panca, mantém-se uma opção de ceviche.

Fotografia: Leonel de Castro/GI

Mas a «espinha dorsal» é mesmo a cozinha portuguesa e Camilo assume uma influência específica, os livros de Maria de Lurdes Modesto. Assim, encontramos na carta uma sopa rica de peixe e marisco, escabeche de perdiz, mão de vitela com grão ou moelas estufadas. E, nas sobremesas, um Romeu e Julieta reinventado, apresentado como uma combinação de bolo tépido de marmelada com gelado de queijo de Azeitão.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

Leia também:

Porto: há vinhos e arroz de marisco a caminho da Alfândega
Grande Porto: 6 ideias para um fim de semana em grande
Porto: Já reparou no foguetão colorido na Rua da Conceição?

 




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend