O homem que era considerado um dos mais influentes chefs franceses e que detinha o maior número de estrelas Michelin – 32 ao todo – morreu esta segunda-feira vítima na sequência de uma longa luta contra um cancro, aos 73 anos. Foi o jornal «Le Figaro» a avançar com esta informação e a acrescentar que Joël Robuchon morreu em Genebra, segundo relato de alguns dos seus funcionários.
Robuchon soma décadas dedicadas à cozinha francesa, editou livros pelo caminho e tinha em seu nome uma dezena de restaurantes espalhados pelo mundo, em locais como Banguecoque, Hong Kong, Las Vegas, Londres, Mónaco, Montreal, Paris, Singapura, Nova Iorque, Tóquio e Taipei. Muitos destes restaurantes acumulavam três estrelas Michelin na mesma casa.
Leia aqui a opinião do crítico Fernando Melo sobre Joël Robuchon
Seu conterrâneo, o chef Benoît Sinthon, do restaurante Il Gallo d’Oro, do Funchal, reagiu com pesar ao desaparecimento de Robuchon: «Uma triste notícia que acabámos de receber. O mundo da gastronomia está de luto. O chef que mais estrelas Michelin ganhou no mundo – 31 – teve uma carreira brilhante e foi sempre um exemplo para mim, pois fez promoção, formação e divulgação da alta gastronomia nos 5 continentes». E sublinhou: «Ele representa a excelência na gastronomia. Trabalhou sempre ao mais alto nível, com muito rigor tanto na escola do produto, das equipas e dos fornecedores. Falava sempre com grande paixão do seu trabalho e ficará para sempre como la crème de la crème dos chefs de cuisine mais importantes do mundo».
O seu trabalho e influência na era que se seguiu à nouvelle cuisine levaram Joël Robuchon a receber o título de «chef do século» pelo guia de cozinha Gault et Millau. Nasceu na cidade francesa de Poitiers mas foi em Paris que acabou por abrir o seu primeiro restaurante, o Jamin, em 1981. O L’Atelier de Joël Robuchon é talvez a sua marca mais conhecida, um restaurante inaugurado em 2003 na capital francesa que agora é um franchise espalhado pelo mundo.
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