Graça: a taberna junto a um miradouro onde o peixe é rei

O peixe fresco é rei e senhor na nova Taberna do Mar, do chef Filipe Rodrigues, na Graça. Uma viagem de inspiração oriental com propostas criativas e guiada pelo ritmo do mar. Junto a um dos miradouros mais bonitos da capital.

Nem tudo o que vem à rede é peixe, já diz o ditado. Mas quase tudo o que vem para esta mesa, é. A espinha do atum-rabilho de 155 quilos que está presa no teto desta Taberna do Mar, e que Filipe Rodrigues guarda há cinco anos, não simboliza apenas a homenagem do restaurante ao que vem do mar. Simboliza também a dedicação que o chef imprimiu na carta e na decoração self-made do novo restaurante da Graça, a dois passos do panorâmico Miradouro de Sophia de Mello Breyner Andresen.

Depois de um percurso por casas como o Sea Me e o Rabo d’Pêxe, o chef apura agora no seu novo restaurante o casamento de duas das suas paixões: o peixe e gastronomia nipónica. Esta nota-se mais em propostas como o sashimi de peixe do dia fumado e o niguiri de sardinha braseada, este último um prato-assinatura do chef, e uma razão, só por si, suficiente para visitar o espaço.

O niguiri de sardinha braseada é um clássico de Filipe Rodrigues. (Fotografia: Paulo Spranger/GI)

«Uso sempre do mais local e sazonal possível», refere Rodrigues, que trouxe consigo o braço-direito, Hugo Gouveia. «Sardinha, cavala, choco, carapau, bonito, sarrajão, liça. Espécies mais de época e outras menos conhecidas», enumera o chef. As lotas de Sesimbra, Costa de Caparica e Trafaria asseguram a frescura da estrela principal, sempre com atenção «à pesca sustentável», conta o dono do intimista restaurante, de 23 lugares, onde não se usa plástico.

O mar guia o resto da viagem, que se faz em pratos como o arroz malandrinho com cabeça de bacalhau e coentros, a sopa de cavala, os baos de alfarroba com cebolada e carapau seco e no xerém de choco, berbigão e cebolo, este último um piscar de olho do chef às origens algarvias. Mas também nas sobremesas, com o leite-creme com infusão de funcho do mar.

O chef da Taberna do Mar. (Fotografia: Paulo Spranger/GI)

Numa carta onde não há fritos, e se aposta na grelha, no vapor e no tacho, a carne fica reservada para apenas duas propostas: nos suculentos dim sum de língua de vitela com algas, novamente inspiradas a Oriente; e na posta Maronesa DOP. Para já só abrem para jantares mas isso pode mudar em breve. Se a indecisão falar mais alto à mesa, o menu de 25 euros, para dividir por dois, inclui dez pratos e é uma espécie de best of de toda a carta. A certeza fica reservada para a hora de voltar.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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