Quinta da Aveleda, um jardim mágico rodeado de vinhas

Os jardins da Quinta da Aveleda escondem recantos que parecem saídos de filmes de fantasia. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)
Os jardins românticos desta quinta da região dos Vinhos Verdes escondem recantos que parecem saídos de filmes de fantasia, tesouros botânicos e lugares que se cruzam com histórias da realeza.

A Quinta da Aveleda, escondida entre altos muros de granito nos arrabaldes de Penafiel, completou no ano passado 150 anos de produção de vinho, um legado que começou com Manuel Pedro Guedes da Silva Fonseca, e que hoje, cinco gerações depois, continua na família.

Além dos vinhos, que levaram o nome da propriedade além fronteiras, também os oito hectares de jardins ao estilo vitoriano convidam a uma visita a passo lento, para descobrir todos os seus tesouros.

Comecemos pelos botânicos: mais de 114 espécies, de entre árvores exóticas e centenárias, como o cedro japonês, o cipreste dos pântanos ou a sequóia americana, uma alameda com mais de 90 tipos de camélias, um vale de fetos, labirintos de roseiras, mimosas, acácias e exemplares raros de carvalhos e pinheiros. Este fundo verde serve de cenário a construções que parecem saídas de filmes de fantasia, como a pequena e deliciosa Casa Romântica, a pitoresca Casa de Chá, instalada numa das ilhotas do lago, e a Torre das Cabras, com três pisos, onde se encontram as ditas.

Quinta da Aveleda. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)

 

Numa outra ilha sobressai uma grande janela de ângulo manuelina, monumento nacional, original de uma casa da zona ribeirinha do Porto, que foi demolida no século XIX. A peça terá sido oferecida por Tomás Sandeman, à altura proprietário da tal casa, a Manuel Pedro Guedes. Da janela, diz-se que terá pertencido à casa onde nasceu o Infante D. Henrique, sendo o único vestígio que resta do edifício, e até que dela se fez a aclamação oficial de D. João IV. À falta de registos que comprovem a veracidade destas histórias – além da discordância temporal -, de membros da realeza com ligação à quinta pode dizer-se com certeza que há uma mesa em granito nos jardins, agora coberta pelo musgo, onde almoçou o príncipe D. Luís Filipe, em 1901, numa visita à Aveleda.

Quinta da Aveleda (Fotografia: Artur Machado/GI)

 

Nestes jardins históricos, abraçados por mais de 100 hectares de vinhas, há ainda a descobrir várias fontes, a adega velha, onde envelhece a afamada aguardente da casa, a cozinha velha, a eira e a casa senhorial ainda hoje habitada pela família Guedes. Há um par de anos a aposta no enoturismo levou à transformação dos antigos escritórios num espaço multifunções, que acolhe a loja e a vinoteca, onde estão guardadas colheitas mais antigas e raras do portefólio Aveleda.

A loja
No final do passeio vale a pena passar na loja da quinta, onde se encontram vinhos, aguardentes, queijos, compotas caseiras, biscoitos artesanais e até bombons com ganache de aguardente Adega Velha (uma parceria com a Arcádia).

Loja Quinta da Aveleda (Fotografia: Pedro Correia/GI)

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend