Porto: abriu uma Padaria com arte fresquinha

A Padaria Águas Furtadas vende peças de arte, cerâmica e ilustração. Fotografia: Pedro Correia/GI
Padaria Águas Furtadas é como se chama esta loja de cerâmica, arte e ilustração, nascida no lugar de uma padaria, no Centro Histórico. Aqui já não se vende pão fresco, mas há mais com que nos alimentar.

Esta é uma loja onde convém ir com tempo para apreciar a oferta e o próprio espaço, onde funcionou, outrora, a padaria Padouro. Era uma padaria de bairro, em cujos fornos os vizinhos punham o cabrito a assar, na Páscoa. Hoje, guarda uma seleção de cerâmica, arte e ilustração, e funciona mais como galeria, mas democrática.

Não há inibição ao entrar neste lugar, onde tanto se encontra peças de cerâmica expostas no chão como em cima de antigas portas. Nas paredes surgem trabalhos artísticos e, espalhados um pouco por toda a parte, sacos de pano, livros, canecas, pregadeiras e outros objetos, com valores entre 2,50 euros (um autocolante) e 1250 euros (uma escultura).

Rute Arnóbio ficou encantada com esta casa «especial», em frente ao Mosteiro de São Bento da Vitória.
Fotografia: Pedro Correia/GI

Padaria Águas Furtadas é como se chama a loja, de portas abertas desde abril, num edifício que funciona como espaço de co-work e responde, justamente, pelo nome Padaria. Rute Arnóbio ficou encantada com esta casa «especial», em frente ao Mosteiro de São Bento da Vitória, e decidiu criar aí uma montra heterogénea com propostas escolhidas a dedo.

São peças de vários estilos, para gostos e sensibilidades distintos, sublinha ela, que esteve por detrás da criação, em 2005, da Águas Furtadas, loja dedicada ao design e ao artesanato nacionais que agora divide casa com outros projetos, no espaço Almada 13.

A cerâmica à venda na Padaria Águas Furtadas vem de diversas zonas do país (estão lá representadas marcas como a Casa Cubista, do Algarve, ou a Barru Pottery, do Alentejo), e os têxteis também são portugueses. A ilustração é de autores que estão a viver ou a produzir no Porto, e as obras de arte (que nesta primeira fase tiveram como tema a família) provêm de diferentes pontos da Europa. Em qualquer dos casos, há um contacto direto com o fornecedor.

«Sabemos a história da produção de cada objeto», assegura Rute. Por isso se sente à vontade para falar sobre cada um dos artigos que tem à venda. Há as cestas com burel no interior da Cesta – A Case of Baskets; os postais bem-humorados do Studio Flash, feitos por artistas belgas, numa garagem; os bolinhos da sorte em porcelana, com mensagem incluída, da MA Céramiste, da ceramista francesa Marie-Andrée Roberge; as fotografias antigas com aplicações de folha de ouro da artista Ingrid Dorner, também de França; ou as delicadas ilustrações da portuense Bárbara Amaral. Muitas maneiras, pois, de alimentar olhos sedentos de beleza e criatividade.

A ilustração é feita por artistas que estão a produzir no Porto.
Fotografia: Pedro Correia/GI

Faturas eletrónicas

Na padaria águas furtadas a comunicação faz-se sem papel. Dispensa-se os cartões-de-visita e as faturas não são impressas, mas seguem por via eletrónica.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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