No Bom de Sal há comida à portuguesa e em conta

Pratos do menu de almoço do restaurante Bom de Sal, no Porto. (Pedro Granadeiro/Global Imagens)
Américo Peneda entrou para o Bom de Sal como chef de cozinha, desenhando a ementa de comida tradicional pelo qual o restaurante se tornou conhecido. Agora é o seu proprietário.

O Bom de Sal abriu em 2013. O antigo proprietário Bernardino Gabriel contratou-me para tomar conta da cozinha”, lembra o chef que desde o início apostou na boa cozinha tradicional como identidade deste restaurante na baixa do Porto.

Quando em 2018 Bernardino saiu do projeto, o chef quis tomar o leme e “seguir com o barco”, como o próprio diz. “Era um sonho desde pequeno ter o meu próprio espaço para fazer as coisas à minha maneira”, conta o chef natural de Ovar que se iniciou cedo nas lides da restauração. “Aos 15 anos, comecei a trabalhar como empregado de mesa para ganhar um extra nas férias de verão”, conta. Correu cafés e bares na praia do Furadouro e aos 18 decidiu largar a escola.

A vontade de aprender a cozinhar surgiu quando trabalhava num restaurante “requintado”, que servia pratos elaborados “muito bonitos”. “Eu ficava curioso sobre como se fazia aquilo e meti na cabeça que queria completar os meus estudos. Inscrevi-me na Escola de Hotelaria e Turismo de Santa Maria da Feira”, lembra.

Estagiou no Algarve, depois na Madeira e quando acabou os estágios recebeu uma proposta para chefiar O Cantinho das Buganvílias, num resort na ilha de São Jorge, Açores. O chef lembra que o espaço era muito bonito, no meio da natureza. “Fui muito bem recebido, mas no inverno aquilo é muito parado”, diz. Voltou para o continente e foi para o Hotel D. Henrique.

“Trabalhar num hotel dá prestígio, mas a progressão da carreira é muito limitada, cortam-nos muito as pernas, somos só máquinas e não podemos pensar por nós”, diz. Por isso, não teve dúvidas quando recebeu a proposta para o Bom de Sal. “Queríamos fazer comida portuguesa, mas afastando-nos da ideia de ‘tasco’”.

(Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Aqui, a maior parte dos pratos – na carta – são para duas pessoas, como a posta de vitela, o bacalhau no forno com presunto e broa, ou o rosbife com redução de tinto. “Queremos que os clientes conheçam os nossos pratos mas que também provem as nossas tapas que, não fugindo ao tradicional, têm alguma modernidade, como a alheira em massa filo e molho agridoce, que é um sucesso ou a nossa morcela em cama de maçã, um prato da Beira”. Menos tradicionais são os pimentos piquillo recheados com marisco, gratinados, mas “toda a gente adora”.

Onde também gosta de experimentar é nos menus diários, servidos entre terça e sexta-feira ao almoço por 7,50 euros. “Temos pratos fixos no menu: bife de frango ou peru com arroz e legumes salteados, ou um bife de vitela (esse a 9 euros). Depois, temos mais uma sugestão – ou mais – de carne e outra de peixe”, conta. Filetes de peixe com arroz de tomate, robalo grelhado, hambúrguer de alheira, bacalhau desfiado com broa no forno e mesmo sugestões italianas, como massa matriciana, ou francesas (coq au vin) são algumas das propostas que vão variando.

A equipa do Bom de Sal, mais pequena do que já foi, devido à pandemia, conta com o precioso trabalho de Vânia Marques que de colega de trabalho que Américo conheceu quando integrou a equipa, se tornou parceira de vida. “Ela está comigo na cozinha ou então ajuda na sala, é o problema de fazer tudo bem”, ri o chef.

MENU

Menu do dia 7,50€
(9 euros o menu de bife de vitela)

Inclui sopa, pão, prato, bebida e café.
Especialidades: Bife de vitela com legumes salteados; alheira em massa filo e molho agridoce; filetes de peixe com arroz de tomate; bacalhau desfiado com broa; rosbife com redução de tinto.
Sobremesas: mousse de chocolate, panacotta com frutos do bosque, cheesecake, pudim abade de priscos.

Pratos de forno
Aos fins de semana, há, por encomenda, cabrito e vitela assada em forno de lenha. Quando entrar o outono, estes pratos vão estar sempre disponíveis aos sábados e domingos.

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