Chaves: de convento e forte a hotel de charme

Pelo Forte de São Francisco, hoje um hotel de quatro estrelas, já passaram soldados e frades franciscanos.

Durante a Guerra Peninsular, em inícios do século XIX, o Exército francês ocupou o espaço, tendo sido expulso uns dias depois. Ainda antes, o convento tinha-se transformado em fortaleza de defesa durante a guerra da Restauranção da Independência, no século XVII.

Numa cidade raiana como é Chaves, histórias de invasões, resistência e tensão são comuns. Mais de 200 anos volvidos sobre a guerra contra os invasores franceses, o forte é agora local de passeio, descanso e paz. E, como explica Cátia Videira, diretora comercial do hotel, é «um excelente ponto de partida para explorar a região de Trás os Montes e Alto Douro».

O forte é monumento nacional em 1938, foi cedido à Câmara de Chaves em 1989». Como hotel – com projeto de arquitetura de Eduardo Coimbra Brito e Pedro Jalles Ferreira -, funciona desde 1997, tendo já sofrido diversas alterações. Quem olha de fora, para as longas e grossas muralhas dispostas para formarem uma estrela, como era usual no século XVII, não tem qualquer perceção de como é o espaço por dentro. Por isso, só quando se cruza a entrada é que o hóspede se depara com a grandiosidade do espaço. De um lado, está a receção que divide o largo espaço com o bar. No centro, uma estrutura granítica – que alberga uma lareira – e do outro lado um piano, dão ainda mais elegância a este espaço caraterizado por tons claros de conforto.

Para ir para os quartos é necessário atravessar o pátio exterior, o que permite descobrir-se a capela do antigo convento, do século XVII. Mesmo ao lado está a entrada para os pisos dos quartos – e para os claustros. Desde 2012 até ao ano passado, realizaram-se várias obras de adaptação do «às necessidades contemporâneas», diz Cátia. Principlamente no inteiror: os quartos, as áreas públicas e as salas de refeições, foram remodelados com o objetivo de acompanharem as tendências, principalmente dos hotéis de charme.

O hotel conta, atualmente, com 58 quartos – entre assotados, standard,premium e suítes júnior, além de áreas comuns como a piscina exterior (que vai reabrir em junho), uma sala de jogos, garrafeira e court de ténis.

Outra aposta do Forte de São Francisco é a restauração, assumidamente para dar a conhecer a cozinha da região transmontana. Há dois anos, a cozinheira Luísa Carvalho tomou conta do A Taverna, um dos dois restaurantes do hotel. A chouriça, a alheira, a linguiça, o salpicão, o chouriço de cabaça, entre outros petiscos da terra são servidos a todos, hóspedes ou não. Tem já clientes habituais, que vão lá pelos milhos, pelo arroz de cabidela ou pelo cabrito. E é também isto que o hotel deseja: público fiel.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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